quarta-feira , 25 dezembro , 2024

Crítica | Will Smith e Martin Lawrence estão de volta no DIVERTIDÍSSIMO ‘Bad Boys: Até o Fim’

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Em 1995, Will Smith e Martin Lawrence uniam forças para dar origem a uma das franquias de ação mais adoradas do cinema contemporânea, Bad Boys. Quase trinta anos mais tarde, a saga continua a ganhar novos capítulos e, neste último dia 06 de junho, o quarto capítulo, Bad Boys: Até o Fim’, chegou aos cinemas nacionais com a promessa de revitalizar a narrativa e mostrar que ainda há histórias que podem ser contadas, por mais que a fórmula ainda permaneça a mesma. E, para a alegria dos fãs de longa-data da série, o resultado do novo filme é bastante positivo e traz foco para elementos que, nas iterações anteriores, foram “deixadas de lado”, por assim dizer.

O enredo é uma sequência direta dos acontecimentos da história predecessora e traz os detetives Mike Lowery (Smith) e Marcus Burnett (Lawrence) investigando um caso de corrupção que envolve o falecido Capitão Conrad Howard (Joe Pantoliano) – que, para aqueles que não lembram, foi assassinado no longa de 2020. Recusando-se a acreditar que Conrad teria se envolvido com lavagem de dinheiro e com a máfia romena, a dupla embarca em uma perigosa missão para descobrir o que realmente está acontecendo e de que forma eles podem limpar o nome de um grande amigo e mentor cujo legado está sendo descaradamente manchado por pessoas de má índole.



Dois homens cumprimentando-se em frente ao rio.

Como podemos imaginar, não há muito de novo para se ver por aqui: Adil El Arbi e Bilall Farrah regressam à cadeira de direção após terem comandado Bad Boys para Sempre’ alguns anos atrás, mantendo-se fiéis à identidade repaginada que promoveram à franquia e, da mesma maneira, abrindo espaço para incursões divertidas e que dosam de forma correta uma dança entre ação, comédia e uma pitada de drama que esquadrinha camadas diferentes aos protagonistas. A dupla de cineastas demonstra uma paixão indiscutível pela saga, originalmente cunhada por Michael Bay, prestando homenagens através de ângulos de câmera e um apreço por explosões bem coreografadas – mas sem deixar que o imagético seja a força-motriz da história.

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Em outras palavras, El Arbi e Farrah investem esforços em uma espécie de aliança com os roteiristas Chris Bremner e Will Beall, apostando fichas em duas narrativas diferentes que convergem a um ponto em comum com a chegada do segundo ato. De um lado, o público é presenteado com um protagonismo mais significativo de Marcus – que, apesar de obviamente ser um dos personagens principais, existia como uma adjacência a Mike -, uma jogada exemplar que o transforma tanto no eixo da trama e no escape cômico; de outro, Eric Dane insurge como o mortal James McGrath, responsável por culpabilizar Conrad a fim de sair ileso de suas artimanhas condenáveis. Dane, conhecido por seu trabalho em produções como ‘Euphoria’ e ‘Grey’s Anatomy’, mostra-se confiante ao encarnar o antagonista do filme e diverte-se com uma construção clássica e atemporal que ajuda a engatar o ritmo no filme.

Dois detetives armados dentro de uma loja de conveniência.

Para além do trio supracitado, temos a presença de Vanessa Hudgens e Alexander Ludwig como Kelly e Dorn, dois especialistas da AMMO que se tornam dois dos únicos aliados de Marcus e Mike após eles descobrirem que as acusações de corrupção são de um trabalho interno; Paola Núñez reprisando seu papel como a Capitã Rita Secada, por mais que não tenha tanto tempo de tela assim; e Jacob Scipio fazendo um trabalho primoroso como Armando Aretas, filho de Mike que foi responsável pela morte de Conrad e começa a construir um conturbado relacionamento com o pai neste novo capítulo. Nesse tocante, o roteiro faz um trabalho complexo de garantir que as personas não apenas existam, mas tenham importância considerável para o desenrolar da narrativa e para a conclusão de cada bloco.

Um dos aspectos mais interessantes do projeto é a forma como a unidimensionalidade existente nas iterações anteriores é deixada de lado para um enfoque diferenciado nos traumas e nas angústias do Mike e Marcus: este, após ter uma experiência de quase morte, percebe que tem uma missão específica e sabe que os laços de amizade e companheirismo com seu parceiro fogem da cronologia que conhecem; aquele começa a demonstrar uma vulnerabilidade compulsória ao perceber que perdeu quase todas as pessoas que amava, sendo engolfado por ataques de pânico e crises existenciais que colocam em xeque seus próprios valores. E, de modo muito interessante, eles navegam por tais problemáticas em um misto de emoções que convida os espectadores a uma montanha-russa sentimental.

Dois homens em cenário colorido com luzes neon.

Bad Boys: Até o Fim’ é uma divertida e instigante entrada a uma franquia que tinha tudo para estar desgastada, mas que encontra formas de se reinventar capítulo após capítulo – e que abraça a apaixonante química entre Lawrence e Smith para criar mágica.

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Bad Boys,Will Smith,Martin Lawrence

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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Em 1995, Will Smith e Martin Lawrence uniam forças para dar origem a uma das franquias de ação mais adoradas do cinema contemporânea, Bad Boys. Quase trinta anos mais tarde, a saga continua a ganhar novos capítulos e, neste último dia 06 de junho, o quarto capítulo, Bad Boys: Até o Fim’, chegou aos cinemas nacionais com a promessa de revitalizar a narrativa e mostrar que ainda há histórias que podem ser contadas, por mais que a fórmula ainda permaneça a mesma. E, para a alegria dos fãs de longa-data da série, o resultado do novo filme é bastante positivo e traz foco para elementos que, nas iterações anteriores, foram “deixadas de lado”, por assim dizer.

O enredo é uma sequência direta dos acontecimentos da história predecessora e traz os detetives Mike Lowery (Smith) e Marcus Burnett (Lawrence) investigando um caso de corrupção que envolve o falecido Capitão Conrad Howard (Joe Pantoliano) – que, para aqueles que não lembram, foi assassinado no longa de 2020. Recusando-se a acreditar que Conrad teria se envolvido com lavagem de dinheiro e com a máfia romena, a dupla embarca em uma perigosa missão para descobrir o que realmente está acontecendo e de que forma eles podem limpar o nome de um grande amigo e mentor cujo legado está sendo descaradamente manchado por pessoas de má índole.

Dois homens cumprimentando-se em frente ao rio.

Como podemos imaginar, não há muito de novo para se ver por aqui: Adil El Arbi e Bilall Farrah regressam à cadeira de direção após terem comandado Bad Boys para Sempre’ alguns anos atrás, mantendo-se fiéis à identidade repaginada que promoveram à franquia e, da mesma maneira, abrindo espaço para incursões divertidas e que dosam de forma correta uma dança entre ação, comédia e uma pitada de drama que esquadrinha camadas diferentes aos protagonistas. A dupla de cineastas demonstra uma paixão indiscutível pela saga, originalmente cunhada por Michael Bay, prestando homenagens através de ângulos de câmera e um apreço por explosões bem coreografadas – mas sem deixar que o imagético seja a força-motriz da história.

Em outras palavras, El Arbi e Farrah investem esforços em uma espécie de aliança com os roteiristas Chris Bremner e Will Beall, apostando fichas em duas narrativas diferentes que convergem a um ponto em comum com a chegada do segundo ato. De um lado, o público é presenteado com um protagonismo mais significativo de Marcus – que, apesar de obviamente ser um dos personagens principais, existia como uma adjacência a Mike -, uma jogada exemplar que o transforma tanto no eixo da trama e no escape cômico; de outro, Eric Dane insurge como o mortal James McGrath, responsável por culpabilizar Conrad a fim de sair ileso de suas artimanhas condenáveis. Dane, conhecido por seu trabalho em produções como ‘Euphoria’ e ‘Grey’s Anatomy’, mostra-se confiante ao encarnar o antagonista do filme e diverte-se com uma construção clássica e atemporal que ajuda a engatar o ritmo no filme.

Dois detetives armados dentro de uma loja de conveniência.

Para além do trio supracitado, temos a presença de Vanessa Hudgens e Alexander Ludwig como Kelly e Dorn, dois especialistas da AMMO que se tornam dois dos únicos aliados de Marcus e Mike após eles descobrirem que as acusações de corrupção são de um trabalho interno; Paola Núñez reprisando seu papel como a Capitã Rita Secada, por mais que não tenha tanto tempo de tela assim; e Jacob Scipio fazendo um trabalho primoroso como Armando Aretas, filho de Mike que foi responsável pela morte de Conrad e começa a construir um conturbado relacionamento com o pai neste novo capítulo. Nesse tocante, o roteiro faz um trabalho complexo de garantir que as personas não apenas existam, mas tenham importância considerável para o desenrolar da narrativa e para a conclusão de cada bloco.

Um dos aspectos mais interessantes do projeto é a forma como a unidimensionalidade existente nas iterações anteriores é deixada de lado para um enfoque diferenciado nos traumas e nas angústias do Mike e Marcus: este, após ter uma experiência de quase morte, percebe que tem uma missão específica e sabe que os laços de amizade e companheirismo com seu parceiro fogem da cronologia que conhecem; aquele começa a demonstrar uma vulnerabilidade compulsória ao perceber que perdeu quase todas as pessoas que amava, sendo engolfado por ataques de pânico e crises existenciais que colocam em xeque seus próprios valores. E, de modo muito interessante, eles navegam por tais problemáticas em um misto de emoções que convida os espectadores a uma montanha-russa sentimental.

Dois homens em cenário colorido com luzes neon.

Bad Boys: Até o Fim’ é uma divertida e instigante entrada a uma franquia que tinha tudo para estar desgastada, mas que encontra formas de se reinventar capítulo após capítulo – e que abraça a apaixonante química entre Lawrence e Smith para criar mágica.

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Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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