quarta-feira , 20 novembro , 2024

Crítica | Carol

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Nomeado a cinco categorias na próxima cerimônia do Globo de Ouro (e com grandes chances de ser indicado também em algumas categorias no Oscar do ano que vem), o novo trabalho do cineasta californiano Todd Haynes (Não Estou Lá) pode ser, desde já, considerado um grande hino ao amor em uma época recheada de preconceito. No papel título, a sensacional atriz britânica Cate Blanchett que mais uma vez deve levar para casa a estatueta de Melhor Atriz no próximo Oscar por mais esse impecável trabalho. Completando o elenco, e em atuações acima da média também, Rooney Mara e Kyle Chandler.

Baseado no livro The Price of Salt (1952), de Patricia Highsmith, Carol é ambientado na década de 50 e conta a história de Carol Aird (Cate Blanchett) uma elegante mulher que vive um casamento de aparências, para os outros diz ainda ser casada mas sua relação com o pai de sua única filha, Harge Aird (Kyle Chandler), já acabou faz tempo. Tendo um histórico de relacionamentos com outras mulheres, Carol se aproxima de encontrar novamente um grande amor quando conhece a vendedora Therese Belivet (Rooney Mara) com quem tem uma linda e inesquecível história de amor.



Uma coisa importante antes de alguns pontos de análise do filme: A personagem principal não é só Carol, Therese Belivet (Rooney Mara) rouba a cena em vários momentos! Descendente de tchecos, Therese é delicada, observadora e que segue seus instintos sem medos. Pelos olhos dessa última, na verdade, que vamos conhecendo as dificuldades da época e grande parte dos ‘clímaxs’ estamos sempre na ótica dessa. Quando as duas estão em cena, o que para nossa sorte são muitas vezes, a troca de olhares entre elas é sempre fulminante, há um interesse forte e recíproco, contido em cada gesto, cada atitude de que vemos ao longo dos 118 minutos de projeção. Blanchett e Mara simplesmente se entregam de corpo e alma em seus papéis.

Carol é uma forte personagem, uma mulher à frente de seu tempo, que causa um verdadeiro e peculiar impacto com sua presença. Quando uma questão jurídica chamada Cláusula da moralidade é presente na trama, vemos um dos maiores absurdos da justiça norte-americana, fruto do preconceito de uma época que não respeitava o amor entre pessoas do mesmo sexo. Mandante desse processo contra Carol, Harge Aird, interpretado pelo ótimo Kyle Chandler, que, entre um drink e outro, não admite perder a esposa, ainda mais para outra mulher, assim, a confronta o tempo inteiro. Pena que o filme não vai muito profundamente nesse briga de emoções, dariam ótimas cenas que deixariam a personagem melhor compreendida.

O longa-metragem, que estreia dia 14 de janeiro no Brasil, concorreu à Palma de Ouro no Festival de Cannes neste ano e deve, merecidamente, ganhar muitos prêmios em festivais mundo à fora. Além da história muito bonita, uma adaptação muito profunda e interessante, Blanchett e Mara simplesmente valem o ingresso. Belo filme!

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Baseado no livro The Price of Salt (1952), de Patricia Highsmith, Carol é ambientado na década de 50 e conta a história de Carol Aird (Cate Blanchett) uma elegante mulher que vive um casamento de aparências, para os outros diz ainda ser casada mas sua relação com o pai de sua única filha, Harge Aird (Kyle Chandler), já acabou faz tempo. Tendo um histórico de relacionamentos com outras mulheres, Carol se aproxima de encontrar novamente um grande amor quando conhece a vendedora Therese Belivet (Rooney Mara) com quem tem uma linda e inesquecível história de amor.

Uma coisa importante antes de alguns pontos de análise do filme: A personagem principal não é só Carol, Therese Belivet (Rooney Mara) rouba a cena em vários momentos! Descendente de tchecos, Therese é delicada, observadora e que segue seus instintos sem medos. Pelos olhos dessa última, na verdade, que vamos conhecendo as dificuldades da época e grande parte dos ‘clímaxs’ estamos sempre na ótica dessa. Quando as duas estão em cena, o que para nossa sorte são muitas vezes, a troca de olhares entre elas é sempre fulminante, há um interesse forte e recíproco, contido em cada gesto, cada atitude de que vemos ao longo dos 118 minutos de projeção. Blanchett e Mara simplesmente se entregam de corpo e alma em seus papéis.

Carol é uma forte personagem, uma mulher à frente de seu tempo, que causa um verdadeiro e peculiar impacto com sua presença. Quando uma questão jurídica chamada Cláusula da moralidade é presente na trama, vemos um dos maiores absurdos da justiça norte-americana, fruto do preconceito de uma época que não respeitava o amor entre pessoas do mesmo sexo. Mandante desse processo contra Carol, Harge Aird, interpretado pelo ótimo Kyle Chandler, que, entre um drink e outro, não admite perder a esposa, ainda mais para outra mulher, assim, a confronta o tempo inteiro. Pena que o filme não vai muito profundamente nesse briga de emoções, dariam ótimas cenas que deixariam a personagem melhor compreendida.

O longa-metragem, que estreia dia 14 de janeiro no Brasil, concorreu à Palma de Ouro no Festival de Cannes neste ano e deve, merecidamente, ganhar muitos prêmios em festivais mundo à fora. Além da história muito bonita, uma adaptação muito profunda e interessante, Blanchett e Mara simplesmente valem o ingresso. Belo filme!

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