domingo , 22 dezembro , 2024

Cultura Pop | Exposição ‘The Art of Banksy: Without Limits’ em São Paulo é Passeio Obrigatório

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Você provavelmente já ouviu falar de Banksy. Ou ao menos já deve ter visto uma de suas artes, mesmo sem saber que ele era o artista. Tendo surgido nas ruas londrinas na virada de milênio, o grafiteiro, que atende pelo nome de Banksy, tem como característica principal o anonimato: apesar de sua arte ter uma assinatura típica e ser reconhecida mundialmente, ninguém sabe como o artista Banksy se parece, ou mesmo ainda se é mais de uma pessoa, pois geralmente suas obras aparecem pelas ruas da cidade da noite para o dia, surpreendendo a quem passa. Com forte tom crítico e muita técnica, ao passar dos anos o expoente da street art foi ganhando espaço especial no coração das pessoas, influenciando e também criticando a própria cultura pop.



Desde fevereiro, a cidade de São Paulo recebe, pela primeira vez, uma exposição que já levou mais de 1.3 milhões de pessoas ao redor do mundo e que reúne trabalhos originais do artista, sob o nome ‘The Art of Banksy: Without Limits’, no estacionamento do shopping Eldorado. E como tudo o que é relevante para a cultura pop, é óbvio que nós, do Cinepop, fomos lá conferir para mostrar tudo para vocês.

Assista também:
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Dividida em 14 salas, a exposição, muito bem montada, consegue construir um panorama do trabalho de Banksy desde sua estreia até os tempos atuais, acompanhando cerca de 20 anos de carreira através de 160 obras. A exposição conta com artes em diversas técnicas, como litografia, instalações, esculturas, fotos, gravuras e materiais originais utilizado em diversas intervenções artísticas entre Inglaterra, Estados Unidos e Oriente Médio.

Dentre suas obras mais conhecidas mundialmente estão “Baloon Girl’, que é um estêncil de uma menina cujo balão escapa de suas mãos e que originalmente foi pintado em um muro na Palestina, e “Flower Thrower”, também uma crítica de guerra em que vemos um rapaz mascarado arremessando, ao invés de uma bomba ou qualquer objeto ameaçador, um buquê de flores. Esta é a arte estampa a logo da exposição.

Nesta exposição a pessoa é convidada a conhecer profundamente o trabalho do artista, mostrando particularmente seu ponto de vista crítico com relação ao capitalismo e ao sistema bélico que rege seu país natal, a Inglaterra. Um dos pontos mais interessantes é justamente quando Banksy começa a criticar a monarquia inglesa e a veneração à rainha, retratando-a com rosto de macaco; numa outra intervenção, o artista decidiu imprimir 20.000 libras em notas artísticas, que seria mais uma obra de arte, até ele se dar conta de que, na prática, estava falsificando dinheiro, e que as pessoas estavam gastando-o. Essa curiosidade pode ser vista em um curto vídeo que passa em uma das salas da exposição.

Nascido em meados dos anos 1970 em Bristol, na Inglaterra, também sua cidade é alvo de críticas. Há quem o considere um grande provocador, e Banksy certamente não é das pessoas mais queridas dentre aqueles que detêm o poder. Dentre seus alvos de crítica estão, por exemplo, dois símbolos do capitalismo estadunidense –  o rato Mickey e o palhaço Ronald McDonald –, que figuram em diversas artes e que já lhes rendeu alguns processos judiciais.

Isso não o impediu, porém, de em 2015 ocupar uma área de 10.000 m na cidade de Somerset, na Inglaterra, onde construiu um parque decadente ao qual deu o nome ‘Dimaland’ – que, como vocês podem imaginar, se assemelhava muito a um outro parque de diversões; entretanto, pelo olhar de Banksy, toda a felicidade era fingida neste parque da depressão. Na exposição o visitante poderá ver de perto uma das entradas deste falido parque.

No ano de 2010 o artista de rua foi considerado uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista Time. Talvez o próprio artista não almejasse esse título, pois sua arte está na rua para quem quiser vê-la, e, muitas vezes, até se apropriar dela. Um dos vídeos na exposição conta um pouco da residência que Banksy fez na cidade de Nova Iorque durante um mês, em que todas as noites ele fazia uma intervenção artística na cidade, o que criou uma verdadeira corrida por suas obras, fazendo com que algumas pessoas se apropriassem delas para vendê-las em leilão. Em outro vídeo podemos ver mais uma provocação do artista quando um de seus quadros mais famosos, o “Ballon Girl”, é leiloado e, tão logo o martelo é batido, o quadro se autodestrói, chocando a todos os presentes.

Agora, algumas dicas para quem vai ver a exposição: leve casaco – as salas são extremamente geladas, e quanto mais você vai se aproximando do final, mais fria elas vão ficando; vá com tempo; não se admire se você ficar mais de 3 horas observando as intervenções, pois além de totalmente instagramáveis, as histórias por trás de cada uma delas são extremamente interessante; procure os ratinhos, escondidos nos cantos das salas; vá com dinheiro, pois, além do ingresso caro, ao final você certamente irá querer comprar alguma coisa na lojinha da exposição, que possui canecas camisas bonés e outros itens colecionáveis do artista; por fim, programe-se pra ir o quanto antes, pois a exposição fica em cartaz apenas até o final de abril, e de segunda a quarta os ingressos são um pouquinho mais baratos. Ah! E se você é doador de sangue você paga meia entrada! Um programão imperdível para qualquer fã da cultura pop.

Serviço:

‘The Art of Banksy: Without Limits’

Local: estacionamento do Shopping Eldorado, São Paulo.

Horário: Segunda a sábado, de 10 às 22hs. Domingo e feriados, de 11 às 22hs.

Preços: A partir de R$70,00 (meia-entrada).

Adquira seus ingressos aqui.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Você provavelmente já ouviu falar de Banksy. Ou ao menos já deve ter visto uma de suas artes, mesmo sem saber que ele era o artista. Tendo surgido nas ruas londrinas na virada de milênio, o grafiteiro, que atende pelo nome de Banksy, tem como característica principal o anonimato: apesar de sua arte ter uma assinatura típica e ser reconhecida mundialmente, ninguém sabe como o artista Banksy se parece, ou mesmo ainda se é mais de uma pessoa, pois geralmente suas obras aparecem pelas ruas da cidade da noite para o dia, surpreendendo a quem passa. Com forte tom crítico e muita técnica, ao passar dos anos o expoente da street art foi ganhando espaço especial no coração das pessoas, influenciando e também criticando a própria cultura pop.

Desde fevereiro, a cidade de São Paulo recebe, pela primeira vez, uma exposição que já levou mais de 1.3 milhões de pessoas ao redor do mundo e que reúne trabalhos originais do artista, sob o nome ‘The Art of Banksy: Without Limits’, no estacionamento do shopping Eldorado. E como tudo o que é relevante para a cultura pop, é óbvio que nós, do Cinepop, fomos lá conferir para mostrar tudo para vocês.

Dividida em 14 salas, a exposição, muito bem montada, consegue construir um panorama do trabalho de Banksy desde sua estreia até os tempos atuais, acompanhando cerca de 20 anos de carreira através de 160 obras. A exposição conta com artes em diversas técnicas, como litografia, instalações, esculturas, fotos, gravuras e materiais originais utilizado em diversas intervenções artísticas entre Inglaterra, Estados Unidos e Oriente Médio.

Dentre suas obras mais conhecidas mundialmente estão “Baloon Girl’, que é um estêncil de uma menina cujo balão escapa de suas mãos e que originalmente foi pintado em um muro na Palestina, e “Flower Thrower”, também uma crítica de guerra em que vemos um rapaz mascarado arremessando, ao invés de uma bomba ou qualquer objeto ameaçador, um buquê de flores. Esta é a arte estampa a logo da exposição.

Nesta exposição a pessoa é convidada a conhecer profundamente o trabalho do artista, mostrando particularmente seu ponto de vista crítico com relação ao capitalismo e ao sistema bélico que rege seu país natal, a Inglaterra. Um dos pontos mais interessantes é justamente quando Banksy começa a criticar a monarquia inglesa e a veneração à rainha, retratando-a com rosto de macaco; numa outra intervenção, o artista decidiu imprimir 20.000 libras em notas artísticas, que seria mais uma obra de arte, até ele se dar conta de que, na prática, estava falsificando dinheiro, e que as pessoas estavam gastando-o. Essa curiosidade pode ser vista em um curto vídeo que passa em uma das salas da exposição.

Nascido em meados dos anos 1970 em Bristol, na Inglaterra, também sua cidade é alvo de críticas. Há quem o considere um grande provocador, e Banksy certamente não é das pessoas mais queridas dentre aqueles que detêm o poder. Dentre seus alvos de crítica estão, por exemplo, dois símbolos do capitalismo estadunidense –  o rato Mickey e o palhaço Ronald McDonald –, que figuram em diversas artes e que já lhes rendeu alguns processos judiciais.

Isso não o impediu, porém, de em 2015 ocupar uma área de 10.000 m na cidade de Somerset, na Inglaterra, onde construiu um parque decadente ao qual deu o nome ‘Dimaland’ – que, como vocês podem imaginar, se assemelhava muito a um outro parque de diversões; entretanto, pelo olhar de Banksy, toda a felicidade era fingida neste parque da depressão. Na exposição o visitante poderá ver de perto uma das entradas deste falido parque.

No ano de 2010 o artista de rua foi considerado uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista Time. Talvez o próprio artista não almejasse esse título, pois sua arte está na rua para quem quiser vê-la, e, muitas vezes, até se apropriar dela. Um dos vídeos na exposição conta um pouco da residência que Banksy fez na cidade de Nova Iorque durante um mês, em que todas as noites ele fazia uma intervenção artística na cidade, o que criou uma verdadeira corrida por suas obras, fazendo com que algumas pessoas se apropriassem delas para vendê-las em leilão. Em outro vídeo podemos ver mais uma provocação do artista quando um de seus quadros mais famosos, o “Ballon Girl”, é leiloado e, tão logo o martelo é batido, o quadro se autodestrói, chocando a todos os presentes.

Agora, algumas dicas para quem vai ver a exposição: leve casaco – as salas são extremamente geladas, e quanto mais você vai se aproximando do final, mais fria elas vão ficando; vá com tempo; não se admire se você ficar mais de 3 horas observando as intervenções, pois além de totalmente instagramáveis, as histórias por trás de cada uma delas são extremamente interessante; procure os ratinhos, escondidos nos cantos das salas; vá com dinheiro, pois, além do ingresso caro, ao final você certamente irá querer comprar alguma coisa na lojinha da exposição, que possui canecas camisas bonés e outros itens colecionáveis do artista; por fim, programe-se pra ir o quanto antes, pois a exposição fica em cartaz apenas até o final de abril, e de segunda a quarta os ingressos são um pouquinho mais baratos. Ah! E se você é doador de sangue você paga meia entrada! Um programão imperdível para qualquer fã da cultura pop.

Serviço:

‘The Art of Banksy: Without Limits’

Local: estacionamento do Shopping Eldorado, São Paulo.

Horário: Segunda a sábado, de 10 às 22hs. Domingo e feriados, de 11 às 22hs.

Preços: A partir de R$70,00 (meia-entrada).

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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