No dia de hoje (05), seis décadas atrás, Audrey Hepburn voltava a solidificar sua imagem como uma das artistas mais reconhecidas do cenário cinematográfico com a clássica comédia romântica ‘Bonequinha de Luxo’.
Lançado em 1961 e dirigido por Blake Edwards, a história é baseada no romance homônimo de Truman Capote e acompanha Holly Golightly, uma excêntrica e ingênua garota da café society que se apaixona por um escritor amador. Ganhando críticas bastante positivas e se tornando um sucesso de bilheteria (arrecadando US$14 milhões na época, o que equivale a quase US$130 milhões nos dias de hoje), o longa foi indicado a quatro categorias do Oscar, incluindo Melhor Atriz para Hepburn, e levou duas estatuetas para casa.
Para celebrar seu 60º aniversário, o CinePOP preparou uma breve lista com algumas curiosidade de bastidores.
Confira:
- O salário de Hepburn para o filme foi de US$750 mil, tornando-se a atriz mais bem paga de todas na época.
- De acordo com a descrição do romance de Capote, Holly Golightly deveria ter apenas dezenove anos quando conheceu Paul Varjak, interpretado por George Peppard. Entretanto, Hepburn tinha 31 quando a interpretou no filme.
- Apesar de não ser visível na câmera, centenas de curiosos observavem Hepburn durante a sequência de compras no começo do longa. Isso a deixou bastante nervosa e ela cometeu diversos erros. Não foi até um dos membros da equipe técnica se eletrocutar detrás das câmeras que ela respirou fundo e conseguiu completar a cena.
- Henry Mancini escreveu a música original “Moon River”, que conquistou a estatueta do Oscar, especificamente para Hepburn. Mais tarde, Mancini diria que, apesar de várias versões da canção terem sido feitas, a destinada a Audrey foi a melhor.
Não deixe de assistir:
- Durante uma reunião na pós-produção, pouco depois de uma exibição inicial do filme, um dos executivos da Paramount Pictures, em referência à música “Moon River”, disse: “bom, acho que a primeira coisa que podemos fazer é nos livrarmos dessa canção idiota”. Hepburn, então, se levantou e respondeu: “só por cima do meu cadáver!”.
- Capote imaginara a icônica Marilyn Monroe no papel de Holly. Eventualmente, a atriz havia sido contratada para o projeto, mas seu tutor de teatro, Lee Strasberg, disse que interpretar uma personagem daquele tipo não seria bom para a imagem dela. Entretanto, o filme se provou um enorme sucesso e Hepburn conquistaria indicações tanto ao Oscar quanto ao Globo de Ouro.
- O famoso vestido preto usado por Hepburn nas cenas iniciais do filme foi vendido por US$807 mil em dezembro de 2006, durante um leilão na Christie’s Auction House, em Londres, tornando-se a segunda peça mais cara a ser vendida. A primeira foi o Oscar de Melhor Filme de ‘…E o Vento Levou’.
- A contratação de Mickey Rooney para viver o personagem I.Y. Yunioshi, de descendência japonesa, causou bastante controvérsia ao longos dos anos. No documentário ‘Breakfast at Tiffany’s: The Making of a Classic’, Edwards disse que, quando o filme foi feito, não pensou nas implicações de elencar um ator europeu em um papel asiático, mas “olhando para trás, queria nunca ter feito isso… E daria tudo para conseguir reelencá-lo”.
- Apesar de Hepburn ser extremamente profissional durante as filmagens, suas inseguranças acerca de interpretar o papel de Holly a deixavam à beira dos nervos e muito estressada, resultando em uma considerável perda de peso que ela não precisava.
- Patricia Neal, que deu vida à senhorita Emily Eustace “2E” Failenson na produção, já conhecia Peppard antes de ambos estrelarem o longa e disse que ambos se davam muito bem durante os ensaios. Entretanto, Neal também revelou que trabalhar com Peppard durante as filmagens era insuportável.