Natalie Portman se tornou uma das atrizes mais conhecidas de sua geração após encarnar uma série de personagens memoráveis no cinema – como Evey Hammond em ‘V de Vingança’, Padmé Amidala em ‘Star Wars’ e Nina Sayers em ‘Cisne Negro’. E, cinco anos atrás, Portman voltaria a dominar os holofotes com mais uma interpretaçao elogiada pelo público e pela crítica especializada: Jackie O., ex-primeira-drama dos Estados Unidos, na cinebiografia ‘Jackie’.
Dirigido por Pablo Larraín (que encabeçou o elogiado ‘Spencer’ neste ano) e com roteiro assinado por Noah Oppenheim, a trama acompanha Jacqueline Kennedy, que se torna viúva da noite para o dia e é obrigada a lidar com o trauma nos quatro dias posteriores ao assassinato de seu marido, o então presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy.
Trazendo nomes como Peter Sarsgaard, Greta Gerwig, Billy Crudup e John Hurt ao elenco, o longa-metragem foi ovacionado pela crítica especializada e conquistou quatro indicações ao Oscar, incluindo Melhor Atriz para Portman, além de ter arrecadado mais de US$36 milhões nas bilheterias mundiais (quatro vezes maior que o orçamento).
Celebrando seu aniversário de quinto anos, que se comemora no próximo dia 02 de dezembro, o CinePOP preparou uma breve lista com algumas curiosidades de bastidores, que você confere abaixo:
- Larraín estima que um terço das filmagens no longa-metragem foi feito em apenas uma tomada.
- O personagem de Crudup no longa, listado como O Jornalista nos créditos, deveria ser Theodore H. White, da revista LIFE, que conduziu uma entrevista real com Jacqueline Kennedy.
- Um dos desafios enfrentados por Portman para interpretar a personagem titular foi o dialeto distintivo, a dicção impecável e a voz sussurrante de Jackie. “Ela tinha uma voz incrível”, Portman revelou em uma entrevista. “Era realmente de outra era. Ela tinha um jeito de se apresentar, muito recatado, em que você pisca os olhos e fala com uma voz aspirada. Seu sotaque era chique, mas misturado a um sotaque de Nova York e um pouco britânico. Seu dialeto era uma combinação incomum de sons que eram completamente únicos a ela mesma.
- Depois de Portman ser escalado, Larraín pediu para que Oppenheim retirasse do roteiro quaisquer páginas que não continham cenas com Jackie Kennedy, visto que o diretor desejava que a produção fosse inteiramente sobre ela e sobre suas experiências. Dessa maneira, as 120 páginas do roteiro foram reduzidas para 100.
- O traje rosa verdadeiro utilizado por Jackie Kennedy quando John F. Kennedy foi assassinato está arquivado no estado de Maryland. Segundo desejos da família, ele não será exibido ao público até 2103.
- Originalmente, Darren Aronofsky (‘Cisne Negro’, ‘Réquiem para um Sonho’) seria o diretor do projeto, enquanto Rachel Weisz interpretaria Jackie O. Entretanto, ambos deixaram abandonaram as funções; Aronofsky permaneceu atado ao filme apenas como produtor.
- Jacqueline Kennedy forneceu duas entrevistas após a morte do marido, uma para a revista LIFE e outra para o historiador Arthur M. Schlesinger Jr., que gravou nada menos que oito horas com Jackie. Depois disso, ela nunca falou publicamente sobre esse trágico momento de sua vida. Entretanto, parte da transcrição das entrevistas foram re-editadas por Jackie, levando Portman a se perguntar o que ela queria manter sob segredo – e por que.
- As filmagens levaram apenas 23 dias para serem finalizadas em Paris, além de dez dias adicionais em Washington e em Baltimore.
- Larraín comentou sobre um momento assombroso de quando assistia a ‘A Tour of the White House’, de 1962, estrelando Jacqueline Kennedy: “de repente, quando Jackie está no Quarto Lincoln, ela começa a falar sobre o que aconteceu à viúva de Lincoln depois de ser assassinado”. Ele continua: “de uma maneira muito estranha, isso quase soa como uma premonição do que aconteceria a ela. Pareceu muito importante, para mim, incluir esse momento [no filme]”.
- Durante a cena em que Jackie (Portman) e Bobby (Sarsgaard) estão andando pelo cemitério em meio a uma densa névoa, Jackie fica com os sapatos de salto alto presos na grama alta. Portman improvisou a reação de Jackie na cena.