Kenneth Branagh é conhecido por uma quantidade imensurável de papéis e projetos na indústria cinematográfica: além de ter estrelado e comandado inúmeras adaptações de William Shakespeare, ele participou da franquia ‘Harry Potter’ e dirigiu, por exemplo, o elogiado live-action ‘Cinderela’ e o primeiro capítulo da saga ‘Thor’, da Marvel Studios. Entretanto, uma de suas incursões mais ambiciosas foi o remake de ‘Assassinato no Expresso do Oriente’.
Baseado no romance homônimo da lendária Agatha Christie, a autora mais vendida no mundo, a produção começa como um luxuoso passeio de trem pela Europa rapidamente se desdobra em um dos mistérios mais elegantes, tensos e emocionantes já contados. A trama acompanha de treze estranhos presos em um trem, onde todos são suspeitos. É aí que o icônico detetive Hercule Poirot (Branagh) deve correr contra o tempo para resolver o quebra-cabeça antes que o assassino ataque novamente.
Contando com um elenco estelar, que trouxe às telonas nomes como Daisy Ridley, Leslie Odom Jr., Penélope Cruz, Judi Dench, Michelle Pfeiffer, Johnny Depp, Josh Gad, Olivia Colman e vários outros, o filme fez um estrondo gigante de bilheteria, arrecadando mais de US$350 milhões mundialmente, mas teve recepção mista por parte da crítica – apesar de cumprir com o proposto.
Em 2022, a produção completa cinco anos e, para celebrar seu vindouro aniversário, montamos uma breve lista trazendo algumas curiosidades de bastidores.
Confira:
- Branagh estava ciente da extravagância exagerada do bigode usado por Hercule Poirot, mas o justificou pelo fato de que havia quinze menções no romance original que faziam alusão ao bigode.
- Grandes telas com animações de cenários em movimento foram instalados no set de filmagens para criar o efeito visual de que o trem estava se mexendo. Gad, inclusive, sentiu enjoo em alguns momentos por causa disso.
- A veterana Jacqueline Bisset, que estrelou a clássica adaptação de 1974, disse a Branagh o quão exaustivo era rodar a cena estendida em que o assassino era revelado. Para evitar que os atores e as atrizes se sentissem assim, Branagh rodou sua perspectiva primeiro, cortando quando possível para mostrar a reação do elenco – e fazendo de tudo para que eles ficassem o menos possível no set durante cenas longas.
- O Expresso do Oriente passava por uma variedade de rotas. A mais “clássica” passava entre Paris e Istambul, através de Strasbourg, Munique, Viena, Budapeste e Bucareste. O filme, entretanto, retrata outra rota, que passa por Milão, Veneza, Belgrado e Sofia.
- Boa parte do elenco e dos extras são amigos próximos ou conhecidos de Branagh, com vários deles já tendo sido dirigidos por Branagh em projetos anteriores, co-estrelado projetos ao lado dele ou participado da companhia de teatro pertencente a ele.
- Um dia, Depp apareceu várias horas atrasado e de ressaca para rodar o filme. Branagh, então, foi até ele e disse: “eu espero que todos os meus atores estejam aqui na hora e bem preparados. Se isso é difícil para você, não tenho problema em encontrar outro ator”.
- Nos créditos finais, Pfeiffer canta a música “Never Forget”, que foi co-escrita pelo compositor Patrick Doyle e o próprio Branagh.
- Branagh realmente caminhou no topo de um trem de verdade para a cena em que Poirot faz o mesmo e, apesar de estar protegido por cabos de segurança, ele achou a experiência aterrorizante.
- Os doze passageiros que se sentam à frente do túnel e em uma longa mesa fazem alusão à pintura Renascentista ‘A Última Ceia’, de Leonardo Da Vinci.
- Pfeiffer apareceu no set meses antes do início das gravações, para construir o cabelo e o armário para sua personagem.