Pouco depois do aniversário de ‘ParaNorman’, chegou a hora de mais um momento celebratório dentro do universo stop-motion da Laika: ‘Kubo e as Cordas Mágicas’.
Facilmente uma das melhores animações da década passada – senão do século -, a produção foi lançada em 19 de agosto de 2016 nos cinemas mundiais e tornou-se um dos favoritos da crítica daquele ano, conquistando aclame universal e caindo no gosto popular. Apesar do fracasso de bilheteria (com fraca arrecadação de 75 milhões de dólares contra um orçamento de 60 milhões), o longa-metragem dirigido por Travis Knight levou para casa uma estatueta do BAFTA de Melhor Animação, além de ser indicado a duas categorias do Oscar.
Trazendo nomes como Charlize Theron, Art Parkinson, Ralph Fiennes, Rooney Mara e Matthew McConaughey ao elenco de dublagem, a história é centrada no jovem Kubo, um jovem garoto que, procurando saber mais sobre seu passado, invoca um espírito maligno que busca vingança. Ele, então, é obrigado a desvendar o mistério de seu falecido pai samurai e seu arsenal místico. Além disso, deve descobrir seus próprios poderes mágicos.
Para homenageá-lo, separamos uma breve lista com algumas curiosidades de bastidores, que você pode conferir abaixo:
- O Demônio Esqueleto, baseado no personagem Gashadokuro do folclore japonês, é o maior boneco já criado para uma animação em stop-motion, com nada menos que 5,5 metros de altura.
- Além de bonecos enormes, ‘Kubo e as Cordas Mágicas’ também quebrou outro recorde e se tornou o filme em stop-motion mais longo de todos os tempos, com 101 minutos (um a mais que ‘Coraline e o Mundo Secreto’, também dos estúdios Laika).
- Kubo (Parkinson) foi construído de modo a ter mais de 48 milhões de possibilidades de expressão facial – e um total de 23.187 protótipos de rosto foram criados para ele.
- Na versão com os comentários, Knight revelou que o filme é uma homenagem aos lendários diretores japoneses Akira Kurosawa e Hayao Miyazaki. Além disso, se inspirou na icônica banda de rock inglesa The Beatles (como visto na música dos créditos finais) para criar memórias pessoais à família de Kubo.
- O filme marcou a estreia de McConaughey no cenário animado. Na produção, ele interpretou tanto Hanzo (pai de Kubo) quanto Besouro (versão amaldiçoada de Hanzo, transformado em inseto).
- Na trama, Mara dá vida às maquiavélicas irmãs Karasu e Washi, lacaias do antagonista principal do longa (Raiden). Os nomes significam, respectivamente, corvo e águia, em japonês – o que faz sentido, considerando seus poderes e seus trajes que emulam asas de pássaros.
- O estelar elenco inclui dois vencedores do Oscar (Theron e McConaughey), além de três indicados à premiação (Mara, Brenda Vaccaro e Fienes).
- A identidade de Hanzo é sutilmente comentada várias vezes durante o filme. No começo, a mãe de Kubo fala que ele e o pai são bastante parecidos. Quando a Macaca diz a Kubo e a Besouro para não tocarem em nada na entrada do Templo de Ossos, ambos contrariam o pedido; ambos também gostam de brincar com a comida quando viajando pelo lago.
- A beleza do filme não foi algo fácil de ser construído: foram utilizadas nada menos que 145 mil fotografias para dar vida à produção.
- Durante o conflito final com seu avô, Kubo reconstrói o shamisen (instrumento musical japonês) com a corda do arco de seu pai, um cabelo de sua mãe e um cabelo próprio. Nesse momento, literal e simbolicamente, ele e seus pais são as três cordas que formam o instrumento: Kubo e as (duas) cordas mágicas.
- O motivo pelo qual Kubo não consegue se comunicar com o pai durante o festival das lanternas é porque, na verdade, Hanzo ainda está vivo (ainda que amaldiçoado e sem quaisquer memórias de quem é). Apenas no final do filme ele consegue ver os pais falecidos.