sexta-feira , 25 outubro , 2024

Curtiu ‘A Substância’? Conheça outros clássicos do Body Horror

A Substância’ é o novo sucesso cult da temporada. Um filme que definitivamente não é para todos os gostos, mas que vem dando o que falar – ao ponto de render comentários de especialistas sobre uma possível indicação a prêmios para a estrela veterana Demi Moore, que protagoniza o longa. Moore definitivamente se entrega de corpo e alma para a insanidade proposta pelo longa, em um dos mais intensos e empenhados desempenhos de sua carreira.

A Substância’ é totalmente fora da caixinha, mas o inegável é o trabalho minucioso da diretora francesa Coralie Fargeat (‘Vingança’) ao construir esse mundo particular em uma narrativa envolvente e que nos deixa imediatamente investidos. O filme se divide em duas partes. A primeira é uma crítica social afiada sobre etarismo na indústria do entretenimento – em especial voltado à mulher. A segunda parte é onde o filme ganha seus contornos de fantasia e terror, quando a tal substância do título entra em cena. É neste ponto que o longa se torna um “body horror”.

Se você nunca ouviu falar no termo “body horror”, ele é extremamente literal. Ou seja, “terror corpóreo”. É o tipo de filme que traz aflição, desconforto e agonia usando o corpo humano para tal. Sim, é o que nos causa “nojo”, geralmente associado a metamorfoses humanas em algum outro ser monstruoso. A repulsa e o grotesco também estão sempre em cena no subgênero.

E se você adorou a segunda metade de ‘A Substância’, abaixo listaremos alguns exemplares memoráveis do subgênero Body Horror para você colocar na lista e conhecer um pouco mais este tipo específico de filme. Confira.

A Mosca (1986)

Não dá para falar de Body Horror sem mencionar ‘A Mosca’. O filme é provavelmente o mais famoso do subgênero, e o primeiro que vem à mente dos cinéfilos quando nos referimos a tal termo. Aliás, ‘A Substância’ pega muitas influências do longa. E também não dá para falar de Body Horror sem falar no diretor de ‘A Mosca’, David Cronenberg, uma verdadeira sumidade no estilo. Neste filme, vemos a transformação gradual de um brilhante cientista em uma mosca humanoide após um experimento sair terrivelmente errado.

O Enigma de Outro Mundo (1982)

Um dos pré-requisitos para um eficiente Body Horror são efeitos especiais práticos de primeira. Ou seja, o povo da maquiagem e dos efeitos precisam criar algo crível para chocar a audiência. ‘A Mosca’ permanece um dos mais impressionantes. Outro que resistiu ao teste do tempo é ‘O Enigma de Outro Mundo’, de John Carpenter, um dos cult mais adorados dos anos 80. Aqui, cientistas no Ártico de deparam com um ser de outro planeta capaz de imitar a forma humana, criando assim um estado de paranoia completa, afinal você pode não ser você mesmo.

Titane (2021)

Saindo da década de 1980, para uma produção bem recente, aqui temos mais um exemplar comandado por uma talentosa jovem francesa. Julia Ducournau havia impressionado no circuito de festivais com sua estreia no impactante ‘Raw’, de 2016. Seu trabalho seguinte igualmente deu o que falar. ‘Titane’ traz um impressionante desempenho de Agathe Rousselle, no papel principal de Alexia, uma jovem com implantes metálicos em seu corpo, que com o passar do tempo começa a se identificar mais com uma máquina do que com uma humana, ao mesmo tempo em que seu corpo vai sofrendo tal modificação.

Seres Rastejantes (2006)

James Gunn se tornou um dos nomes mais badalados da cultura pop após ter feito três golaços com a trilogia ‘Guardiões da Galáxia’, da Marvel. Quando ressuscitou o título ‘Esquadrão Suicida’, a Warner percebeu que o cineasta não tinha como errar, e assim lhe deu carta branca para comandar uma nova fase do universo DC no cinema. E o lançamento será em 2025 com um novo ‘Superman’. Porém, muito tempo antes disso, Gunn entregou ‘Seres Rastejantes’, que reflete mais suas origens no terror e que fala vermes de outro planeta aterrorizando uma cidadezinha americana. Aqui, o Body Horror entra em cena com o personagem de Michael Rooker, que, infectado, começa a se tornar uma criatura grotesca.

Tusk – A Transformação (2014)

Até mesmo o diretor Kevin Smith decidiu molhar os pés no subgênero do Body Horror com ‘Tusk’, longa que se tornou um cult querido. Acredite se quiser, mas a ideia para o longa surgiu de um podcast, no qual o cineasta inventava a tal história insana. Ele conseguiu realiza-la em filme, contando sobre um entrevistador saindo dos EUA para o Canadá, a fim de ouvir uma história para lá de louca de um idoso. Muito cuidado com o que você deseja. Com uma atuação brilhante do saudoso Michael Parks como o idoso, ele decide transformar o entrevistador, através de uma série de cirurgias, em um leão marinho.

Viagens Alucinantes (1980)

Voltando para a década de 1980 (casa de alguns dos mais memoráveis Body Horrors do cinema), a obra do diretor Ken Russell é um interessante conto sobre ciência e regressão. Assim como em ‘A Mosca’, o saudoso William Hurt interpreta um cientista tão obcecado com sua própria teoria, que resolve se tornar cobaia de seu experimento de privação em um tanque sensorial. O sobrenatural e a ciência se encontram, quando o homem erudito viaja em uma jornada ao passado, em sua própria mente, se tornando um antepassado primitivo.

O Mistério do Cesto (1982)

O exemplar mais trash da lista, ‘Basket Case’ serviu de forte influência para ‘A Substância’, em especial no design de sua criatura final. Um clássico cult do terror, ‘O Mistério do Cesto’ conta a história de Duane (Kevin VanHentenryck), um jovem retraído e estranho, que vive para cima e para baixo com um misterioso cesto de palha. Ao longo, descobrimos a verdade bizarra sobre o objeto: ele guarda seu irmão gêmeo com má formação, que não passa de uma cabeça e dois braços – mas é extremamente agressivo e homicida.

Re-Animator – A Hora dos Mortos Vivos (1985)

Depois de David Cronenberg, um dos diretores mais devotos ao Body Horror dos anos 80 é Stuart Gordon, que não por menos se dedicou a adaptar as obras do romancista do terror fantástico H.P. Lovecraft, como por exemplo ‘Do Além’ (1986). No ano anterior, Gordon lançaria seu primeiro longa, que se tornou também seu filme mais famoso: o cult ‘Re-Animator’. Na trama com vibe de ‘Frankenstein’, cientistas descobrem uma forma de reanimarem os mortos, trazendo-os de volta à vida, mesmo que sejam apenas pedaços de corpos desmembrados, como uma cabeça falante, por exemplo.

A Cor que Caiu do Espaço (2019)

Por falar em Lovecraft, aqui temos um dos filmes mais recentes a adaptar uma de suas obras para as telonas. Quem estrela é Nicolas Cage, em um dos longas considerados de sua nova boa-fase no cinema. Cage vive um pai de família entrando em contato com uma entidade de outro planeta caída em sua propriedade rural. O ser é uma energia de luz que reflete a cor púrpura. É claro que ao tocar sua pele no ser, logo o sujeito e sua família irão começar a se tornar criaturas horrendas e insanas.

Hellraiser – Renascido do Inferno (1987)

Representante máximo do “cinema podreira” dos anos 80, no melhor sentido da palavra, o ‘Hellraiser’ original jamais será equiparado por alguma sequência ou refilmagem, sendo um dos longas mais grotescos não apenas da década, como também de todos os tempos. Como dito acima, ajuda e muito o fato do longa britânico ter tido à sua disposição uma equipe de maquiagem e efeitos práticos extremamente competente, que conseguiram, entre outras coisas, ressuscitar um ser humano desde uma mucosa até um esqueleto ensanguentado, depois um corpo com os músculos à mostra. Além da criação dos Cenobitas, entidades sadomasoquistas do inferno.

A Sociedade dos Amigos do Diabo (1989)

Um dos cults de terror dos anos 80 que começou a cair na boca dos fãs nos últimos tempos, ‘Society’ (no título original) é uma sátira à depravação social da alta classe. Quem estrela é Billy Warlock (S.O.S. Malibu), que vive um jovem se deparando com seu pior pesadelo. Ele descobre que seus pais ricos fazem parte de uma sociedade secreta, que não são apenas esnobes endinheirados, mas sim uma diferente espécie. Juntos eles realizam orgias em um culto repugnante, em um Body Horror único, que fez muito mais sucesso na Europa do que nos EUA em sua época de lançamento.

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