Em entrevista ao Los Angeles Times, Denis Villeneuve (‘Duna’) explicou por que decidiu banir o uso de telefones nos sets de seus filmes.
O diretor expressou sua opinião sobre a tecnologia, sobre o quanto ela pode ser viciante, e ressaltou a necessidade de sua equipe e atores de estarem completamente presentes durante suas filmagens.
“Cinema é um ato de presença. Quando um pintor pinta, ele precisa estar absolutamente focado na cor que está aplicando na tela. É o mesmo quando um dançarino faz um movimento. Sendo diretor, você precisa fazer isso com a equipe e todos que precisam estar focados e completamente presentes, ouvindo uns aos outros. Então telefones são banidos nos meus sets desde o primeiro dia. É proibido. Quando você diz ‘corta’, você não quer ver alguém em seu telefone, olhando para sua conta no Facebook.”
Sobre sua própria relação com a tecnologia, ele completa: “Sou como todos os outros. Há algo muito viciante sobre poder acessar qualquer informação, qualquer música, qualquer livro. É compulsivo. É como uma droga. Sou muito tentado a me desconectar. Seria libertador.”
Anteriormente, o cineasta havia comentado sobre a possibilidade de ‘Duna‘ ganhar um terceiro filme: “‘Messias’ está em andamento. Se fizermos um novo filme, ele precisa ser autêntico e relevante. Se eu fizer Duna: Messias, será porque o filme será melhor do que a Parte Dois. Caso contrário, não farei”.
‘O Messias de Duna’, escrito por Frank Herbert, é o segundo romance da série de ficção científica. Ele revela um lado mais humano de seus personagens, além de aprofundar e estender o universo de Duna, aliando discussões políticas, filosóficas e religiosas à épica história de poder, vingança e redenção.