sábado , 21 dezembro , 2024

‘Deu a Louca nos Monstros’ (1987) | Cult completa 35 anos e Ainda é a pedida perfeita para o dia das bruxas

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Todo cinéfilo que se preza é fã ou ao menos guarda um carinho especial por Os Goonies (1985), clássico atemporal da Sessão da Tarde. Produzido por Steven Spielberg, o filme de aventura juvenil é destes que vão sendo passados de geração para geração, assim como De Volta para o Futuro, Indiana Jones ou Star Wars, sem perder sua força mesmo tendo passado quase 40 anos de seu lançamento.

No caso de Os Goonies, o impressionante é ter conquistado tal status com apenas um filme. Outro objeto de culto atemporal são os monstros clássicos da sétima arte, que já estão mais do que impressos na cultura pop. Figuras emblemáticas como Drácula, Frankenstein e o Lobisomem, por exemplo, que qualquer um identificaria com apenas uma imagem. Agora, não seria demais se algum produtor tivesse a ideia de colocar os Goonies enfrentando esses monstros sobrenaturais? Bem, esse filme existe, foi lançado ainda nos anos 80, se chama Deu a Louca nos Monstros (The Monster Squad no original – ou Esquadrão dos Monstros) e você precisa conhecer!



Deu a Louca nos Monstros’ (The Monster Squad) é um cult dos anos 80 que precisa ser mais conhecido!

Escrito por Shane Black e Fred Dekker, duas mentes muito criativas dos anos 80, sendo responsáveis por produções como Máquina Mortífera, A Casa do Espanto e Noite de Arrepios, a ideia da dupla realmente foi criar um filme de aventura infanto-juvenil adicionando elementos de horror que os dois tanto amam. Para isso, no caminho da “galerinha do barulho”, os realizadores trouxeram figuras icônicas do cinema do gênero, hoje conhecidos como os monstros clássicos da Universal Pictures, que embora não tenham sido propriamente criados pelo estúdio (com os principais saindo de livros e de lendas antigas), sem dúvida foram eternizados na cultura popular graças às produções da década de 1930 do estúdio. Assim, Drácula, Frankenstein, Lobisomem, Múmia e o Monstro da Lagoa Negra se tornam o desafio de um grupo de cinco crianças.

O grande chamariz de The Monster Squad ainda nos dias de hoje sem dúvida são os efeitos visuais e a maquiagem usados na criação dos monstros – obra de um dos mais conceituados profissionais do gênero a ter passado em Hollywood: o saudoso Stan Winston. O artista falecido em 2008 foi o responsável pelos efeitos práticos e o visual de filmes como O Exterminador do Futuro (e sua continuação), Aliens – O Resgate e Jurassic Park, só para citar alguns. Após sua morte, seu estúdio segue em atividade, e permanece como um marco em Hollywood no segmento. Um dos fatos mais curiosos sobre a participação de Winston e sua equipe em Deu a Louca nos Monstros foi que seus funcionários precisaram ser divididos em duas equipes para o trabalho.

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A caracterização dos monstros ainda impressiona e parece saída de um filme de terror.

Acontece que na mesma época, a empresa de Winston havia sido contratada para criar os efeitos e maquiagem no filme O Predador (1987), com Arnold Schwarzenegger, para a 20th Century Fox. Apesar de contar com o nome do ator austríaco associado ao projeto – que ainda galgava para se tornar um astro internacional – parte da equipe do estúdio de Stan Winston considerava o trabalho em Deu a Louca nos Monstros mais importante e digno do time A da empresa, e o resto deslocado para O Predador seria em sua visão da época os que ficaram com o pior trabalho. Isso porque no primeiro, a equipe teria a chance de criar alguns dos monstros mais clássicos e icônicos do cinema de todos os tempos, enquanto no segundo, ao que tudo indicava, seria uma criação B de ficção científica.

O tempo provou o contrário, com O Predador ainda hoje lembrado como um dos filmes de ação mais queridos dos anos 80, enquanto Deu a Louca nos Monstros terminou rapidamente caindo na obscuridade. O que podemos dizer é que os efeitos práticos e a maquiagem do longa infanto-juvenil o elevou a um novo patamar, e fez a alegria de todas as crianças e adolescentes que puderam conferi-lo na época, como este que vos fala. Uma coisa que as crianças conseguem distinguir logo de cara é a qualidade e o cuidado visual de suas produções queridas. Ou o que soa “barato” e o que soa de alto nível.

Recriar o clássico visual dos “monstros da Universal” foi o que atraiu os profissionais do estúdio de Stan Winston.

A trama começa como um filme de terror, com uma invasão no castelo de Drácula tendo Van Helsing à frente dos aldeões, os liderando para pôr um fim na criatura morta-viva maligna. A sequência original no roteiro seria bem maior e grandiosa, com direito a dirigíveis e pessoas montadas a cavalo neste ataque a Drácula, mas por razões orçamentárias a sequência de abertura precisou diminuir consideravelmente em sua escala. Este trecho é tão clássico que permeia a imaginação básica até mesmo de crianças que não são familiarizadas com elementos de terror. No meio do combate, uma virgem lê as escrituras de um livro e abre um portal, sugando tudo e todos para dentro dele. Cem anos se passam e agora estamos no tempo presente, isto é, o tempo presente de 1987.

É impossível não pensar em Os Goonies, que havia sido lançado há apenas dois anos, por mais que os criadores Dekker e Black se recusem a aceitar as comparações. O fato é que com o sucesso do citado filme das crianças aventureiras produzido por Steven Spileberg, todos os filmes que traziam essa dinâmica eram automaticamente comparados a ele. E aqui também temos um grupinho de pré-adolescentes. A diferença é que ao invés de serem aficionados por piratas e tesouros escondidos, a turminha aqui é ainda mais legal, porque são apaixonados por terror e monstros, daí o nome de seu clubinho – com direito a casa na árvore – “The Monster Squad”, o “esquadrão dos Monstros”.

O conceito de ‘Monster Squad’ é simples: Os Goonies vs. os Monstros clássicos da Universal.

Até mesmo seus integrantes guardam semelhança com os Goonies. Por exemplo, o líder do esquadrão monstro é Sean (Andre Gower), o Mikey da vez aqui – cujo nome pode até ter sido alusão ao intérprete Sean Astin. Seu melhor amigo é Patrick (Robby Kiger), que é a versão de Bocão (Mouth), papel de Corey Feldman, dadas as devidas proporções. Sem pensar muito, nestes filmes sempre tínhamos também o amigo gordinho, que sofria bullying, fosse Gordo (Chunk), papel de Jeff Cohen, ou Horace (papel de Brent Chalem – que infelizmente viria a falecer dez anos após o lançamento de Deu a Louca nos Monstros). Selando ainda mais o elo entre as duas obras está o fato de Mary Ellen Trainor, a mãe dos irmãos protagonistas Mikey e Brand em Goonies, ser também a mãe dos irmãos Sean e Phoebe neste filme aqui.

Curiosamente o título Monster Squad já havia sido usado em outra produção, mas não possui qualquer ligação com o filme de Dekker e Black. Bem, ou quase. Acontece que Stanley Ralph Ross, um dos criadores por trás do programa de sucesso Batman e Robin, dos anos 60 (aquele do POW, SOC, WHAM), desenvolveu um seriado nos mesmos moldes na década de 70. Mas, ao invés dos super-heróis da DC, o criador usaria como protagonistas os monstros clássicos da Universal, Drácula, Frankenstein e o Lobisomem combatendo criminosos e salvando o dia. Ou seja, os monstros eram os heróis nesta versão. Dez anos depois os mesmos personagens e o mesmo título era usado por Dekker e Black, subvertendo o conceito e trazendo crianças (os Goonies) para enfrentar as criaturas.

The Monster Squad’ original era um seriado dos anos 70 que trazia Drácula, Frankenstein e o Lobisomem como heróis.

Com orçamento de US$12 milhões e com distribuição da TriStar Pictures (subsidiária da Columbia / Sony) nos EUA, Deu a Louca nos Monstros estreava em seu país de origem no dia 14 de agosto de 1987, com pretensões de acertar grande seu público-alvo no fim do verão americano antes da volta às aulas. Talvez o filme tivesse sido mais abraçado na época caso tivesse lançamento próximo ao dia das bruxas naquele ano. Seja como for, o longa enfrentou a concorrência pesada de filmes como Os Garotos Perdidos, Robocop – O Policial do Futuro, Mestres do Universo (o filme do He-Man), La Bamba e 007 – Marcado para a Morte, todos já em cartaz fazendo barulho nas bilheterias. Fora isso, no mesmo fim de semana estreavam sucessos como Namorada de Aluguel e Sem Saída (com Kevin Costner), que deixaram The Monster Squad comendo poeira. O filme infelizmente fracassou, com um faturamento total de US$3.769 milhões. Um dos fatores que talvez tenham contribuído para este fracasso foi a falta de foco em seu público-alvo, em um filme que deveria ser mirado aos pequenos, mas que conta com cenas verdadeiramente desconcertantes, violentas e impróprias para menores – garantindo assim uma censura PG-13 ao filme, ou seja, menores de 13 anos desacompanhados não entram.

Deu a Louca nos Monstros’ é mirado às crianças e adolescentes, mas é intenso demais para eles.

Com as videolocadoras, o status de cult do filme foi apenas crescendo. Depois disso vieram as exibições na TV aberta, onde este que vos fala pôde conferir pela primeira vez e se apaixonar pelo longa ainda na infância. Afinal que menino não morreria de amores por esta combinação? Deu a Louca nos Monstros ainda é celebrado até hoje anualmente. Em seu aniversário de 20 anos, em 2007, o longa recebeu um lançamento caprichado em DVD duplo nos EUA. E em seu aniversária de 30 anos, em 2017, um documentário foi lançado, escrito e dirigido por Andre Gower, o protagonista Sean, intitulado Wolfman’s Got Nards, referência à frase mais icônica do filme – quando Horace chuta o lobisomem… nos países baixos. O documentário de 1h30min possui entrevistas com basicamente todos os envolvidos com o filme, incluindo os atores e os criadores Dekker e Black, sendo uma pedida indispensável para os fãs. O documentário é em sua totalidade uma grande carta de amor e mostra a paixão que as pessoas ainda reservam ao longa. Como dizem os realizadores: “é como jogar uma bola de basquete em 1987 e vê-la entrar na cesta vinte anos depois”.

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Todo cinéfilo que se preza é fã ou ao menos guarda um carinho especial por Os Goonies (1985), clássico atemporal da Sessão da Tarde. Produzido por Steven Spielberg, o filme de aventura juvenil é destes que vão sendo passados de geração para geração, assim como De Volta para o Futuro, Indiana Jones ou Star Wars, sem perder sua força mesmo tendo passado quase 40 anos de seu lançamento.

No caso de Os Goonies, o impressionante é ter conquistado tal status com apenas um filme. Outro objeto de culto atemporal são os monstros clássicos da sétima arte, que já estão mais do que impressos na cultura pop. Figuras emblemáticas como Drácula, Frankenstein e o Lobisomem, por exemplo, que qualquer um identificaria com apenas uma imagem. Agora, não seria demais se algum produtor tivesse a ideia de colocar os Goonies enfrentando esses monstros sobrenaturais? Bem, esse filme existe, foi lançado ainda nos anos 80, se chama Deu a Louca nos Monstros (The Monster Squad no original – ou Esquadrão dos Monstros) e você precisa conhecer!

Deu a Louca nos Monstros’ (The Monster Squad) é um cult dos anos 80 que precisa ser mais conhecido!

Escrito por Shane Black e Fred Dekker, duas mentes muito criativas dos anos 80, sendo responsáveis por produções como Máquina Mortífera, A Casa do Espanto e Noite de Arrepios, a ideia da dupla realmente foi criar um filme de aventura infanto-juvenil adicionando elementos de horror que os dois tanto amam. Para isso, no caminho da “galerinha do barulho”, os realizadores trouxeram figuras icônicas do cinema do gênero, hoje conhecidos como os monstros clássicos da Universal Pictures, que embora não tenham sido propriamente criados pelo estúdio (com os principais saindo de livros e de lendas antigas), sem dúvida foram eternizados na cultura popular graças às produções da década de 1930 do estúdio. Assim, Drácula, Frankenstein, Lobisomem, Múmia e o Monstro da Lagoa Negra se tornam o desafio de um grupo de cinco crianças.

O grande chamariz de The Monster Squad ainda nos dias de hoje sem dúvida são os efeitos visuais e a maquiagem usados na criação dos monstros – obra de um dos mais conceituados profissionais do gênero a ter passado em Hollywood: o saudoso Stan Winston. O artista falecido em 2008 foi o responsável pelos efeitos práticos e o visual de filmes como O Exterminador do Futuro (e sua continuação), Aliens – O Resgate e Jurassic Park, só para citar alguns. Após sua morte, seu estúdio segue em atividade, e permanece como um marco em Hollywood no segmento. Um dos fatos mais curiosos sobre a participação de Winston e sua equipe em Deu a Louca nos Monstros foi que seus funcionários precisaram ser divididos em duas equipes para o trabalho.

A caracterização dos monstros ainda impressiona e parece saída de um filme de terror.

Acontece que na mesma época, a empresa de Winston havia sido contratada para criar os efeitos e maquiagem no filme O Predador (1987), com Arnold Schwarzenegger, para a 20th Century Fox. Apesar de contar com o nome do ator austríaco associado ao projeto – que ainda galgava para se tornar um astro internacional – parte da equipe do estúdio de Stan Winston considerava o trabalho em Deu a Louca nos Monstros mais importante e digno do time A da empresa, e o resto deslocado para O Predador seria em sua visão da época os que ficaram com o pior trabalho. Isso porque no primeiro, a equipe teria a chance de criar alguns dos monstros mais clássicos e icônicos do cinema de todos os tempos, enquanto no segundo, ao que tudo indicava, seria uma criação B de ficção científica.

O tempo provou o contrário, com O Predador ainda hoje lembrado como um dos filmes de ação mais queridos dos anos 80, enquanto Deu a Louca nos Monstros terminou rapidamente caindo na obscuridade. O que podemos dizer é que os efeitos práticos e a maquiagem do longa infanto-juvenil o elevou a um novo patamar, e fez a alegria de todas as crianças e adolescentes que puderam conferi-lo na época, como este que vos fala. Uma coisa que as crianças conseguem distinguir logo de cara é a qualidade e o cuidado visual de suas produções queridas. Ou o que soa “barato” e o que soa de alto nível.

Recriar o clássico visual dos “monstros da Universal” foi o que atraiu os profissionais do estúdio de Stan Winston.

A trama começa como um filme de terror, com uma invasão no castelo de Drácula tendo Van Helsing à frente dos aldeões, os liderando para pôr um fim na criatura morta-viva maligna. A sequência original no roteiro seria bem maior e grandiosa, com direito a dirigíveis e pessoas montadas a cavalo neste ataque a Drácula, mas por razões orçamentárias a sequência de abertura precisou diminuir consideravelmente em sua escala. Este trecho é tão clássico que permeia a imaginação básica até mesmo de crianças que não são familiarizadas com elementos de terror. No meio do combate, uma virgem lê as escrituras de um livro e abre um portal, sugando tudo e todos para dentro dele. Cem anos se passam e agora estamos no tempo presente, isto é, o tempo presente de 1987.

É impossível não pensar em Os Goonies, que havia sido lançado há apenas dois anos, por mais que os criadores Dekker e Black se recusem a aceitar as comparações. O fato é que com o sucesso do citado filme das crianças aventureiras produzido por Steven Spileberg, todos os filmes que traziam essa dinâmica eram automaticamente comparados a ele. E aqui também temos um grupinho de pré-adolescentes. A diferença é que ao invés de serem aficionados por piratas e tesouros escondidos, a turminha aqui é ainda mais legal, porque são apaixonados por terror e monstros, daí o nome de seu clubinho – com direito a casa na árvore – “The Monster Squad”, o “esquadrão dos Monstros”.

O conceito de ‘Monster Squad’ é simples: Os Goonies vs. os Monstros clássicos da Universal.

Até mesmo seus integrantes guardam semelhança com os Goonies. Por exemplo, o líder do esquadrão monstro é Sean (Andre Gower), o Mikey da vez aqui – cujo nome pode até ter sido alusão ao intérprete Sean Astin. Seu melhor amigo é Patrick (Robby Kiger), que é a versão de Bocão (Mouth), papel de Corey Feldman, dadas as devidas proporções. Sem pensar muito, nestes filmes sempre tínhamos também o amigo gordinho, que sofria bullying, fosse Gordo (Chunk), papel de Jeff Cohen, ou Horace (papel de Brent Chalem – que infelizmente viria a falecer dez anos após o lançamento de Deu a Louca nos Monstros). Selando ainda mais o elo entre as duas obras está o fato de Mary Ellen Trainor, a mãe dos irmãos protagonistas Mikey e Brand em Goonies, ser também a mãe dos irmãos Sean e Phoebe neste filme aqui.

Curiosamente o título Monster Squad já havia sido usado em outra produção, mas não possui qualquer ligação com o filme de Dekker e Black. Bem, ou quase. Acontece que Stanley Ralph Ross, um dos criadores por trás do programa de sucesso Batman e Robin, dos anos 60 (aquele do POW, SOC, WHAM), desenvolveu um seriado nos mesmos moldes na década de 70. Mas, ao invés dos super-heróis da DC, o criador usaria como protagonistas os monstros clássicos da Universal, Drácula, Frankenstein e o Lobisomem combatendo criminosos e salvando o dia. Ou seja, os monstros eram os heróis nesta versão. Dez anos depois os mesmos personagens e o mesmo título era usado por Dekker e Black, subvertendo o conceito e trazendo crianças (os Goonies) para enfrentar as criaturas.

The Monster Squad’ original era um seriado dos anos 70 que trazia Drácula, Frankenstein e o Lobisomem como heróis.

Com orçamento de US$12 milhões e com distribuição da TriStar Pictures (subsidiária da Columbia / Sony) nos EUA, Deu a Louca nos Monstros estreava em seu país de origem no dia 14 de agosto de 1987, com pretensões de acertar grande seu público-alvo no fim do verão americano antes da volta às aulas. Talvez o filme tivesse sido mais abraçado na época caso tivesse lançamento próximo ao dia das bruxas naquele ano. Seja como for, o longa enfrentou a concorrência pesada de filmes como Os Garotos Perdidos, Robocop – O Policial do Futuro, Mestres do Universo (o filme do He-Man), La Bamba e 007 – Marcado para a Morte, todos já em cartaz fazendo barulho nas bilheterias. Fora isso, no mesmo fim de semana estreavam sucessos como Namorada de Aluguel e Sem Saída (com Kevin Costner), que deixaram The Monster Squad comendo poeira. O filme infelizmente fracassou, com um faturamento total de US$3.769 milhões. Um dos fatores que talvez tenham contribuído para este fracasso foi a falta de foco em seu público-alvo, em um filme que deveria ser mirado aos pequenos, mas que conta com cenas verdadeiramente desconcertantes, violentas e impróprias para menores – garantindo assim uma censura PG-13 ao filme, ou seja, menores de 13 anos desacompanhados não entram.

Deu a Louca nos Monstros’ é mirado às crianças e adolescentes, mas é intenso demais para eles.

Com as videolocadoras, o status de cult do filme foi apenas crescendo. Depois disso vieram as exibições na TV aberta, onde este que vos fala pôde conferir pela primeira vez e se apaixonar pelo longa ainda na infância. Afinal que menino não morreria de amores por esta combinação? Deu a Louca nos Monstros ainda é celebrado até hoje anualmente. Em seu aniversário de 20 anos, em 2007, o longa recebeu um lançamento caprichado em DVD duplo nos EUA. E em seu aniversária de 30 anos, em 2017, um documentário foi lançado, escrito e dirigido por Andre Gower, o protagonista Sean, intitulado Wolfman’s Got Nards, referência à frase mais icônica do filme – quando Horace chuta o lobisomem… nos países baixos. O documentário de 1h30min possui entrevistas com basicamente todos os envolvidos com o filme, incluindo os atores e os criadores Dekker e Black, sendo uma pedida indispensável para os fãs. O documentário é em sua totalidade uma grande carta de amor e mostra a paixão que as pessoas ainda reservam ao longa. Como dizem os realizadores: “é como jogar uma bola de basquete em 1987 e vê-la entrar na cesta vinte anos depois”.

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