E eis que o famigerado 25 de maio, conhecido também como Dia do Orgulho Nerd ou Dia da Toalha, chegou. Sabe-se que nenhum mochileiro das galáxias que se preze sai sem a toalha ou desconhece a importância da mesma. Espero que hoje todos vocês possam desfrutar de uma Dinamite Pangaláctica enquanto fazem as nerdices que gostam e, claro, que estejam bebendo ela agora, assim como eu, enquanto escrevo este texto. Óbvio que se surgir a oportunidade, peguem uma carona com alguma nave (só precaução para que não sejam Vogons) e aproveitem para se alimentar no restaurante no fim do universo. E não se esqueçam: a resposta é 42.
Vamos ao texto: assim como todo nerd que se preze não sai de casa sem uma toalha na mochila e/ou bolsa, ele também precisa conhecer essas cinco séries de heróis que foram lançadas na TV/streaming recentemente. Portanto, separem os itens mais preciosos, abram o caderninho ou bloco de notas, e se preparem para maratonar.
Jessica Jones
Adaptada dos quadrinhos de Brian Michael Bendis e Michael Gaydos, a série criada por Melissa Rosenberg (Dexter), que teve a segunda temporada toda dirigida por mulheres, conta a história da detetive super-heroína mais estressada de Nova York. A produção, considerada uma das melhores no eixo Marvel/Netflix, fez uma das mais impactantes primeiras temporadas do canal de streaming, além de ser um marco na história dos projetos da casa ao trazer uma mulher como protagonista.
A primeira parte da história faz um trabalho impecável no quesito apresentação de narrativa, sem contar a direção que possui um olhar singular, só acrescentando positivamente. Mantendo as qualidades desta etapa, a segunda temporada ousa apresentar, finalmente, a origem dos poderes da detetive, além de contrastá-la com outros personagens e trazer os traumas passados à tona.
Quem dá vida a personagem é Krysten Ritter, que parece ter nascido para vive-la. Do outro lado ainda se tem Trish Walker a.k.a. Patricia Walker (Rachael Taylor), também conhecida como Hellcat nos quadrinhos, a qual torcemos para se tornar na terceira temporada. A produção de Rosenberg honra o selo MAX das HQs trazendo uma história madura, personagens bem construídos e interpretados. Sem contar que a “Trinity” está no elenco, Carrie-Anne Moss.
Legion
Criada por Noah Hawley (Fargo), Legion é um alívio para qualquer fã de super-heróis e séries de TV. A história contada é a do jovem David Haller (Dan Stevens), diagnosticado com esquizofrenia, que após um encontro inesperado descobre que, na verdade, possui poderes. A produção tem um elenco excelente que brilha por si só vivendo os personagens que formam a história, mas é Aubrey Plaza, interpretando Lenny Busker, quem rouba a cena e confunde até o próprio telespectador sobre quem de fato é.
É impressionante a riqueza da narrativa de Legion, revestida com plot twists, diálogos excepcionais e cenas de deixar qualquer um desejando mais e mais.
Ademais, a direção que acompanha a trama apresentada é uma das melhores já vistas em produções televisivas e sem contar a arte que faz um trabalho impecável com as cores. O tempo todo o espectador se sente na mente do protagonista, vivendo junto a ele as variadas situações em que se encontra devido aos poderes da mente (isso lembra alguém dos X-Men?).
Legion é, sem sombras de dúvidas, uma das melhores coisas para se assistir atualmente.
Raio Negro (Black Lightning)
Eu sei. Eu sei. Eu sei. A CW nem sempre acerta e quando é para errar, ela faz isto de forma impecável. Entretanto, na criação de Salim Akil (The Game) e Mara Brock Akil (Being Mary Jane), o canal merece o reconhecimento por ter acertado em grande estilo. A série que conta a história do primeiro herói afro-americano da DC Comics, tendo feito a primeira aparição em 1977, traz Cress Williams na pele do protagonista. Em uma espécie de time out, Jefferson Pierce se vê forçado a voltar a vestir o manto do herói após as filhas ficarem em perigo.
Os acontecimentos que se sucedem, entretanto, fazem com que ele retorne ao posto de vigilante e descubra conspirações maiores do que previa. A série tem um dos roteiros mais maduros dentro dos programas de herói da CW, o que é um alívio para qualquer apreciador do gênero, e conta com personagens excelentes. Anissa Pierce (Nafessa Williams), primeira heroína lésbica assumida dentro de um live-action de heróis, é uma das boas surpresas da primeira temporada e entrega um dos arcos mais interessantes. A relação da família Pierce como um todo é um personagem por si só na série.
Agora só resta torcer para que mantenham a qualidade e contratem uma nova equipe para coreografar as lutas.
The Gifted
Para quem me conhece sabe da decepção que tenho com a maioria das produções no universo dos X-Men. Felizmente, o ano de 2017 garantiu boas surpresas a todos que curtem os mutantes e presentearam-nos com Legion e The Gifted.
Criada por Matt Nix (Burn Notice), a série se passa alguns anos após o desaparecimento dos X-Men, em que mutantes são caçados por motivos mínimos e mantidos em prisões de alta segurança, onde muito mais do que ser mantido preso acontece. Quando o filho da família Strucker, Andy (Percy Hynes White) expõe os poderes, Caitlin (Amy Acker) e Reed (Stephen Moyer) se veem obrigados a pedir ajuda da resistência.
A produção tem como cerne mostrar a história dos mutantes e a luta da resistência para com o governo preconceituoso (e sociedade), além dos demais obstáculos que enfrentam pela frente, como portadores do gene X que acreditam em abordagens mais violentas. A criação de Nix é um deleite para os fãs da família X, além de contar com personagens já conhecidos dos quadrinhos como a filha do Magneto, Polaris (Emma Dumont). The Gifted foi, de fato, uma das melhores coisas da fall season 2017.
Wynonna Earp
Criada por Emily Andras (Lost Girl), a série que traz uma das melhores protagonistas femininas da atualidade é um presente para o público. Adaptada dos quadrinhos de Beau Smith, a produção conta a história da herdeira da maldição de Wyatt Earp, Wynonna (Melanie Scrofano), que ao retornar para a cidade onde cresceu, Purgatório, descobre-se no meio de um caos que não procurava. Com as habilidades e a famosa arma peacemaker, ela precisa batalhar com demônios e outras criaturas.
Andras não hesita em declarar a criação como feminista. Com personagens femininas que brilham, e caminham com os próprios pés, a série é um alívio para os fãs de heróis. É aquela água fresca depois de um dia no deserto. Com diálogos sensacionais, personagens marcantes e representatividade que não acaba mais, Wynonna Earp vem fazendo a diferença no gênero. E se a primeira temporada é excelente, a segunda consegue se superar em níveis que nem a gente poderia adivinhar previamente.
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Bom, galera, espero que este Dia da Toalha esteja sendo excelente para todos vocês. Caso assistam alguma destas séries, comentem abaixo, e se tiver alguma outra para indicar, falem aí também. Até a próxima!