quarta-feira , 20 novembro , 2024

Dia do Trabalho | 10 Trabalhadores da ficção que mereciam um aumento de salário

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Ontem, 1º de maio, comemorou-se o Dia do Trabalho e do Trabalhador. Um dia para descansar, mas também para lembrar dos direitos trabalhistas conquistados com muita luta. E de luta, todo trabalhador entende, afinal, os desafios são muitos para conseguir manter o nível de produção. Para homenagear a cada um de vocês, trabalhadores do nosso Brasil (e também a galera que está procurando emprego), nós fizemos uma listinha com 10 personagens da ficção que são trabalhadores exemplares que, assim como você, mereciam um aumento de salário e mais reconhecimento dos chefes.

10 – Dante e Randal – ‘O Balconista



O filme é de 1994, mas o sentimento perdura. Dante (Brian O’Halloran) e Randal (Jeff Anderson) são dois atendentes em uma loja de conveniência que, mais que vender produtos, eles tornam o local um ambiente acolhedor – seja porque ficam perturbando os clientes, porque ficam discutindo filmes no meio do expediente ou porque se sentem tão à vontade, que decidem jogar hockey no telhado. É o tipo de loja que dá vontade de ser amigo dos caras e voltar sempre.

9 – Katherine – O Sorriso de Monalisa

Quando falamos de filmes emocionantes com professores, quase todo mundo lembra de ‘Sociedade dos Poetas Mortos’, mas que tal ver pensarmos neste ‘O Sorriso de Monalisa’ – a história de Katherine (Julia Roberts), uma professora recém-contratada para dar aula em uma faculdade só para mulheres. Lá, mais que ensinar sua matéria, ensina às alunas sobre direitos das mulheres, inspirando-as a serem melhores.

8 – Chicó e João Grilo – ‘O Auto da Compadecida

Chicó (Selton Mello) e João Grilo (Matheus Nachtergaele) tentam de tudo para conseguir um emprego e para se manter nele. Inventam todo tipo de rolo para se dar bem porque não são bem pagos pelas coisas que fazem. Recebessem melhor, talvez não se metessem em tantas confusões.

7 – Leeve – ‘A Voz Suprema do Blues’

Indicado ao Oscar de Melhor Ator, Leeve (Chadwick Boseman) era o melhor trompetista, capaz até mesmo de compor canções e criar arranjos mais dançantes para as músicas de Ma Rainey (Viola Davis), porém, nem ela nem a gravadora valorizaram o talento e a dedicação do rapaz. Merecia melhor pagamento pela gravação em estúdio e até mesmo uma carreira solo!

6 – Toda a família – ‘Parasita

Em se tratando de trabalho, toda a família de ‘Parasita’ merecia um salário melhor. Kim (Song Kang-ho), Ki-woo (Choi Woo-shik), Ki-jung (Park so-dam) e Chung-Sook (Jang Hye-jin) se doaram tanto para a família com quem trabalhavam que, poxa, se tivessem ganhado mais benefícios provavelmente nada do que aconteceu teria acontecido, né?

5 – Katherine – ‘Estrelas Além do Tempo

É claro que tanto Katherine (Taraji P. Henson) quanto suas amigas Dorothy (Octavia Spencer) e Mary (Janelle Monáe) deram duro na NASA, como cientistas matemáticas, mas Katherine literalmente foi responsável por todos os cálculos fundamentais para que a missão de enviar o homem ao espaço fosse bem-sucedida. Merecia um aumento, uma estátua e uma equipe só dela, para dizer o mínimo!

4 – Andrea – ‘O Diabo Veste Prada

Andrea (Anne Hathaway) comeu o pão que o diabo amassou (com o perdão do trocadilho) tentando agradar sua nova chefe, Miranda Presley (Meryl Streep). Aceitou todo tipo de assédio moral para manter o emprego e, embora tenha conseguido se libertar de toda essa pressão, deveria ter sido melhor reconhecida pela bam-bam-bam da moda.

3 – Chaplin – ‘Tempos Modernos

O personagem de Charlie Chaplin em ‘Tempos Modernos’ nem tem nome, mas o coitado trabalha demais! O clássico de 1936 retrata a maneira cruel como a indústria de reprodução em massa força seus funcionários a trabalharem horas a fio, com poucos intervalos, em movimentos repetitivos e eternos. Esse personagem merecia ter seus direitos trabalhistas reconhecidos!

2 – Val – ‘Que Horas Ela Volta?’

Val (Regina Casé) é um retrato da empregada doméstica que acumula mais funções do que foi contratada: além de dar conta da casa, limpar e cozinhar, ainda dispõe de apoio emocional para os filhos dos patrões, embora haja uma tênue linha que a faz não ser de fato parte da família. Merecia não só um aumento, mas um emprego que lhe exigisse menos!

1 – Ben – ‘Um Senhor Estagiário

Ben (Robert De Niro) é um estagiário de 80 anos que acaba de entrar para a empresa de Julie (Anne Hathaway). Ele pega café, dirige o carro, leva a filha de Julie na festinha, viaja a trabalho, ouve desabafos e até invade a casa da mãe da patroa para salvar o pescoço dela! Se tem alguém que merecia ser efetivado, era ele!

Menção Honrosa: William – ‘Um Dia de Fúria

William (Michael Douglas) merece nossa menção honrosa porque ele nem é o funcionário do mês, mas se tivessem sido mais empáticos com ele e não o tivessem demitido, ele não teria saído destruindo metade de Los Angeles. O cara é um botijão de pólvora prestes a explodir – se tivesse ao menos um emprego, provavelmente teria lidado melhor com as outras situações. Alguém se habilita a empregá-lo?

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Ontem, 1º de maio, comemorou-se o Dia do Trabalho e do Trabalhador. Um dia para descansar, mas também para lembrar dos direitos trabalhistas conquistados com muita luta. E de luta, todo trabalhador entende, afinal, os desafios são muitos para conseguir manter o nível de produção. Para homenagear a cada um de vocês, trabalhadores do nosso Brasil (e também a galera que está procurando emprego), nós fizemos uma listinha com 10 personagens da ficção que são trabalhadores exemplares que, assim como você, mereciam um aumento de salário e mais reconhecimento dos chefes.

10 – Dante e Randal – ‘O Balconista

O filme é de 1994, mas o sentimento perdura. Dante (Brian O’Halloran) e Randal (Jeff Anderson) são dois atendentes em uma loja de conveniência que, mais que vender produtos, eles tornam o local um ambiente acolhedor – seja porque ficam perturbando os clientes, porque ficam discutindo filmes no meio do expediente ou porque se sentem tão à vontade, que decidem jogar hockey no telhado. É o tipo de loja que dá vontade de ser amigo dos caras e voltar sempre.

9 – Katherine – O Sorriso de Monalisa

Quando falamos de filmes emocionantes com professores, quase todo mundo lembra de ‘Sociedade dos Poetas Mortos’, mas que tal ver pensarmos neste ‘O Sorriso de Monalisa’ – a história de Katherine (Julia Roberts), uma professora recém-contratada para dar aula em uma faculdade só para mulheres. Lá, mais que ensinar sua matéria, ensina às alunas sobre direitos das mulheres, inspirando-as a serem melhores.

8 – Chicó e João Grilo – ‘O Auto da Compadecida

Chicó (Selton Mello) e João Grilo (Matheus Nachtergaele) tentam de tudo para conseguir um emprego e para se manter nele. Inventam todo tipo de rolo para se dar bem porque não são bem pagos pelas coisas que fazem. Recebessem melhor, talvez não se metessem em tantas confusões.

7 – Leeve – ‘A Voz Suprema do Blues’

Indicado ao Oscar de Melhor Ator, Leeve (Chadwick Boseman) era o melhor trompetista, capaz até mesmo de compor canções e criar arranjos mais dançantes para as músicas de Ma Rainey (Viola Davis), porém, nem ela nem a gravadora valorizaram o talento e a dedicação do rapaz. Merecia melhor pagamento pela gravação em estúdio e até mesmo uma carreira solo!

6 – Toda a família – ‘Parasita

Em se tratando de trabalho, toda a família de ‘Parasita’ merecia um salário melhor. Kim (Song Kang-ho), Ki-woo (Choi Woo-shik), Ki-jung (Park so-dam) e Chung-Sook (Jang Hye-jin) se doaram tanto para a família com quem trabalhavam que, poxa, se tivessem ganhado mais benefícios provavelmente nada do que aconteceu teria acontecido, né?

5 – Katherine – ‘Estrelas Além do Tempo

É claro que tanto Katherine (Taraji P. Henson) quanto suas amigas Dorothy (Octavia Spencer) e Mary (Janelle Monáe) deram duro na NASA, como cientistas matemáticas, mas Katherine literalmente foi responsável por todos os cálculos fundamentais para que a missão de enviar o homem ao espaço fosse bem-sucedida. Merecia um aumento, uma estátua e uma equipe só dela, para dizer o mínimo!

4 – Andrea – ‘O Diabo Veste Prada

Andrea (Anne Hathaway) comeu o pão que o diabo amassou (com o perdão do trocadilho) tentando agradar sua nova chefe, Miranda Presley (Meryl Streep). Aceitou todo tipo de assédio moral para manter o emprego e, embora tenha conseguido se libertar de toda essa pressão, deveria ter sido melhor reconhecida pela bam-bam-bam da moda.

3 – Chaplin – ‘Tempos Modernos

O personagem de Charlie Chaplin em ‘Tempos Modernos’ nem tem nome, mas o coitado trabalha demais! O clássico de 1936 retrata a maneira cruel como a indústria de reprodução em massa força seus funcionários a trabalharem horas a fio, com poucos intervalos, em movimentos repetitivos e eternos. Esse personagem merecia ter seus direitos trabalhistas reconhecidos!

2 – Val – ‘Que Horas Ela Volta?’

Val (Regina Casé) é um retrato da empregada doméstica que acumula mais funções do que foi contratada: além de dar conta da casa, limpar e cozinhar, ainda dispõe de apoio emocional para os filhos dos patrões, embora haja uma tênue linha que a faz não ser de fato parte da família. Merecia não só um aumento, mas um emprego que lhe exigisse menos!

1 – Ben – ‘Um Senhor Estagiário

Ben (Robert De Niro) é um estagiário de 80 anos que acaba de entrar para a empresa de Julie (Anne Hathaway). Ele pega café, dirige o carro, leva a filha de Julie na festinha, viaja a trabalho, ouve desabafos e até invade a casa da mãe da patroa para salvar o pescoço dela! Se tem alguém que merecia ser efetivado, era ele!

Menção Honrosa: William – ‘Um Dia de Fúria

William (Michael Douglas) merece nossa menção honrosa porque ele nem é o funcionário do mês, mas se tivessem sido mais empáticos com ele e não o tivessem demitido, ele não teria saído destruindo metade de Los Angeles. O cara é um botijão de pólvora prestes a explodir – se tivesse ao menos um emprego, provavelmente teria lidado melhor com as outras situações. Alguém se habilita a empregá-lo?

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Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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