Nos últimos anos, a Disney tem variado bastante no desempenho de suas novas animações. Enquanto algumas já nasceram clássicos, como Frozen, há outras que tem gente que sequer sabe que existem, como Mundo Estranho. E assim foi a trajetória da Disney ao longo das décadas, alternando grandes sucessos com outras histórias que não cativavam tanto. Mesmo assim, há alguns desses filmes que não “bombaram” com o público que são verdadeiras joias da animação. Então, selecionamos cinco desses longas menos populares que merecem sua atenção neste fim de semana.
Ah sim, vale ressaltar que todas as animações citadas neste texto estão disponíveis no catálogo do Disney+. Confira lá!
As Peripécias de um Ratinho Detetive
Lançado na década de 1980, em que a Disney penava para emplacar um sucesso absoluto, As Peripécias de um Ratinho Detetive apelou para uma aventura de suspense inspirada no maior detetive da literatura britânica: Sherlock Holmes. O longa acompanha o excêntrico Basil, um rato detetive que divide com Sherlock a paixão pelos mistérios. Então, quando seu caminho se cruza com o de uma pequena garotinha, cujo pai foi sequestrado pelo Professor Ratagão (Vincent Price), ele parte em uma investigação bastante sombria para os padrões da Disney, envolvendo cabarés, lutas físicas e uma trama que planeja acabar com a vida da rainha caso Basil não tenha êxito em seu trabalho. Tudo isso ambientado na cinzenta e escura Londres de 1800 e vovô garoto.
Oliver e sua Turma
Último filme da Disney lançado antes da revolução causada por A Pequena Sereia (1989), que ditaria os rumos das animações da década de 1990, Oliver e sua Turma não deve ser o filme favorito de ninguém, mas é uma aventura musical muito divertida que explora um cenário não tão comum para a Disney: as ruas de Nova York. Nesse cenário urbano, o filme acompanha o jovem gatinho órfão, Oliver, que é acolhido por uma matilha de cães de rua que rivalizam com uma gangue de dobermans da máfia. Em meio às confusões dos dois, uma menina rica acaba encontrando o Oliver e decide adotá-lo. Sem saber da sorte grande do felino, o cães tentam resgatá-lo, mas tudo vira uma grande confusão nessa história sobre amizade, malandragem e estilo de vida nova-iorquino do século passado. É uma produção tão anos 80 que conta com músicas de Billy Joel (que dá voz ao Esperto) e Huey Lewis.
Atlantis: O Reino Perdido
Se a Disney viveu um sonho nos anos 90, o mesmo não pode ser dito da primeira década dos anos 2000. Enquanto DreamWorks, Pixar e Blue Sky revolucionavam o mercado com suas formas diferentes de contar histórias, a Disney tentou se adaptar, mas arrastando a estrutura narrativa que a levou ao topo na década passada, gerando algumas produções sem identidade e sem tanto apelo com o público. Mesmo assim, houve projetos que se salvaram e fizeram obras realmente boas, como essa aventura de fantasia sobre o reino perdido de Atlântida, que traz a estética steampunk para o mundo Disney junto a uma série de personagens carismáticos. A trama acompanha Milo (Michael J. Fox), um linguista que encontra cifras que indicam como chegar à lendária Atlântida. Assim, ele se une a um grupo de mercenários para embarcar em uma aventura pelas profundezas do oceano, onde ele encontrará e se apaixonará por esse reino perdido.
Irmão Urso
Esse filme não ser considerado um clássico incontestável Disney é um dos maiores mistérios da humanidade, porque ele traz o auge da estética do estúdio – com umas das mais belas animações 2D já feitas -, tem uma trama criativa e fascinante envolvendo os povos originários da América do Norte, traz personagens ridiculamente carismáticos e ostenta uma trilha sonora original mais uma vez comandada por um inspiradíssimo Phil Collins. A história acompanha Kenai, um jovem nativo-americano que ganha de sua anciã o totem do Urso do Amor. Ridicularizado por seus amigos e parentes, ele sai atrás do urso que roubou os peixes do grupo para provar que ele é homem. Só que essa caçada termina com mortes e consequências terríveis. No entanto, os espíritos ancestrais decidem dar a Kenai uma nova chance, transformando-o em urso. Então, para retornar a sua forma humana, ele precisa se reencontrar com os espíritos. Mas, para isso, ele vai acabar se envolvendo em uma jornada com o tagarela e adorável ursinho Koda. Repete comigo: Ko-da. É um filme que tinha tudo para nascer clássico, mas que inexplicavelmente não caiu nas graças do povo na época. O mais interessante é que tanto em inglês quanto em português, Kenai é vivido por grandes atores: Joaquin Phoenix e Selton Mello.
A Família do Futuro
Fechando a lista de hoje, mas não menos importante, temos A Família do Futuro. Esse filme é a definição perfeita de subestimado, porque seu visual exótico afastou muita gente, ainda mais em uma época na qual o 3D ainda buscava seu espaço nos cinemas do mundo, mas traz uma história poderosíssima de drama e aventura. A trama gira em torno do pequeno Louis, um órfão que sonha mais que tudo em ter uma família, só que suas trapalhadas causadas pelo amor à ciência fazem com que ninguém queira adotá-lo. Então, ele cria uma máquina capaz de recuperar memórias para tentar descobrir quem é sua mãe. O problema é que um terrível vilão do futuro vai usar essa máquina para o mal. Assim, o jovem Wilbur usa uma máquina do tempo para impedir que Louis deixe esse aparelho cair nas mãos erradas. Para isso, ele leva o menino para o futuro, onde ele vai descobrir como é ter uma família e que cometer erros faz parte de todo processo genial. Sério, se for assistir, já separe uns lencinhos.
Lembrando novamente que todos os filmes da lista estão no catálogo do Disney+.