sábado , 2 novembro , 2024

Dica do fim de semana | Filmes sobre a política americana

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É bem provável que o assunto “Eleições Americanas” tenha surgido no seu círculo de amizades ou tenha sido discutido em algum programa ou telejornal que você assistiu nesta semana. A interminável contagem de votos para definir o novo presidente dos Estados Unidos tem movido a internet e ainda pode durar muitos dias, já que se fala num possível pedido de recontagem. A política é complicada e cheia de vertentes. Por isso, a dica desse fim de semana são filmes que falam de forma séria ou bem humorada sobre as eleições americanas e as polêmicas nas quais os candidatos estão envolvidos. Confira!

Vice (2018)

Estrelando Christian Bale em mais uma atuação magistral, e com elenco recheado de grandes nomes, como Amy Adams, Steve Carell, Sam Rockwell, Alison Pill e Jesse Plemons, Vice conta a história da vida política de Dick Cheney (Bale), que começou no Partido Republicano e ficou marcada por um comportamento silencioso e por muitas manobras de bastidores, até que ele chegasse à vice-presidência dos EUA junto a George W. Bush (Rockwell). O filme, escrito e dirigido por Adam McKay, é genial por mostrar as extravagâncias e absurdos do mundo político americano sem perdoar as insanidades e falta de ética. O longa está disponível para aluguel na Apple TV.

 

Borat: Fita de Filme Seguinte (2020)

Sucesso nos anos 2000, Borat surgiu como um filme de paródia da própria sociedade americana. Gravado em segredo por um até então desconhecido Sacha Baron Cohen, o longa satirizava elementos cotidianos, mas principalmente políticos dos Estados Unidos. Em 2020, gravado de surpresa, a sequência foi lançada diretamente no Amazon Prime Video. E dado o caos político que o mundo vive, com toda essa polarização, era de se esperar que o filme viesse alfinetando a política americana. Não deu outra! Cheio de momentos assustadoramente reais, como as reações Republicanas à invasão de Borat vestido de Donald Trump a um comício, onde ele fala diversos absurdos e recebe apoio do público, até mesmo a um momento em que o advogado de Donald Trump e ex-prefeito de Nova York, Rudy Giuliani, vai para um quarto de hotel e dá a entender que teria relações com Tutar (Maria Bakalova), a “filha” de Borat, que se apresenta como uma repórter menor de idade. O longa é controverso e necessário para entender o porquê do extremismo político americano estar sendo tão comentado no mundo. Ele entra no mérito de provocar as duas vertentes políticas dos EUA, mas bota na ponta do lápis os motivos da forte rejeição que o atual presidente americano tem no cenário nacional e internacional. O filme está no catálogo do Amazon Prime Video.

 

Get Me Roger Stone (2017)

Baseado em um artigo da revista The New Yorker, este documentário mostra didaticamente que o maior combustível para se estar envolvido no contexto político americano é a sede pelo poder e pela vitória. Ele acompanha por cinco anos a trajetória do marqueteiro político de Donald Trump, Roger Stone, e como ele foi fundamental para moldar o cenário eleitoral como o conhecemos hoje. Repleto de declarações polêmicas do próprio Stone, que se define como um manipulador, o filme analisa a estrutura e veiculação de diversas campanhas políticas até para comparar com as estratégias do homem que dá título ao documentário. É interessante ver como o processo da pós-verdade, das fake news, não é algo novo no mundo político, e como ele pode ser usar – numa completa falta de ética e moral, claro – para ascender ao poder. É um documentário importantíssimo para entender sobre o comportamento de manada, as manipulações e de muitas estratégias políticas sujas que acontecem diariamente. O filme está na Netflix.

 

Eleição (1999)

Baseado num romance de Tom Perrotta, essa comédia adolescente tem muito mais a oferecer do que uma simples diversão de fim de semana. Estrelado por Matthew Broderick e Reese Witherspoon, o filme conta sobre a história de uma eleição presidencial de colégio que sai de um “evento” em que só há um concorrente para uma verdadeira disputa eleitoral com direito a apoio de outros poderes, como professores, e brinca bastante com o uso de influências de popularidade, apoios e manobras. O longa foi baseado nas eleições presidenciais americanas de 1992 e foi indicado ao Oscar por Melhor Roteiro Adaptado. Ele está disponível para aluguel na Apple TV.

 

Recontagem (2008)

Escrito e dirigido por Jay Roach, o homem por trás da franquia Austin Powers, Recontagem é um filme feito para TV que conta a história das eleições presidenciais americanas de 2000, que terminou na Suprema Corte após um pedido de recontagem de votos. Estrelado por Kevin Spacey, Laura Dern e John Hurt, o filme venceu 3 Emmy Awards, e se torna cada vez mais importante, porque explicita deficiências já conhecidas, mas ignoradas, do sistema eleitoral americano, como a possibilidade fraude das cédulas de papel e do design das mesmas, que confundia os idosos. Mesmo com toda a relevância atual deste longa, o maior destaque é a atuação de Laura Dern, que está MONSTRUOSA no papel de Katherine Harris. Esse filmaço está disponível no HBO GO.

 

Menção Desonrosa:

 

Os Candidatos (2012)

Mais um filme de Jay Roach na lista, Os Candidatos é um daqueles filmes de humor pastelão dos EUA. Protagonizado por Will Ferrell e Zach Galifinakis, o longa conta a história de um político experiente e cheio de polêmicas sexuais nas costas buscando a reeleição (Ferrell). No entanto, vendo que ele está próximo da queda, um grupo de empresários decide apoiar um novato e manipulável candidato vindo do ramo do turismo para bater de frente (Galifianakis). Nisso, eles começam a fazer campanhas cheias dos maiores absurdos políticos, como mentiras, acusações infundadas, traições e até mesmo um soco na cara de um bebê. O filme tem aquele famoso humor grosseirão que agrada muito a alguns, mas não é suportado por outros. Como devem ter reparado, defini esse filme como “menção desonrosa”, isso porque alguns absurdos que pareciam forçados até para a ficção acabaram acontecendo nas últimas eleições (não o soco no bebê, ainda bem). Então é isso. Se você gostar desse tipo de humor mais escrachado, Os Candidatos está disponível para aluguel no Looke, no Google Play e na Apple TV.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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É bem provável que o assunto “Eleições Americanas” tenha surgido no seu círculo de amizades ou tenha sido discutido em algum programa ou telejornal que você assistiu nesta semana. A interminável contagem de votos para definir o novo presidente dos Estados Unidos tem movido a internet e ainda pode durar muitos dias, já que se fala num possível pedido de recontagem. A política é complicada e cheia de vertentes. Por isso, a dica desse fim de semana são filmes que falam de forma séria ou bem humorada sobre as eleições americanas e as polêmicas nas quais os candidatos estão envolvidos. Confira!

Vice (2018)

Estrelando Christian Bale em mais uma atuação magistral, e com elenco recheado de grandes nomes, como Amy Adams, Steve Carell, Sam Rockwell, Alison Pill e Jesse Plemons, Vice conta a história da vida política de Dick Cheney (Bale), que começou no Partido Republicano e ficou marcada por um comportamento silencioso e por muitas manobras de bastidores, até que ele chegasse à vice-presidência dos EUA junto a George W. Bush (Rockwell). O filme, escrito e dirigido por Adam McKay, é genial por mostrar as extravagâncias e absurdos do mundo político americano sem perdoar as insanidades e falta de ética. O longa está disponível para aluguel na Apple TV.

 

Borat: Fita de Filme Seguinte (2020)

Sucesso nos anos 2000, Borat surgiu como um filme de paródia da própria sociedade americana. Gravado em segredo por um até então desconhecido Sacha Baron Cohen, o longa satirizava elementos cotidianos, mas principalmente políticos dos Estados Unidos. Em 2020, gravado de surpresa, a sequência foi lançada diretamente no Amazon Prime Video. E dado o caos político que o mundo vive, com toda essa polarização, era de se esperar que o filme viesse alfinetando a política americana. Não deu outra! Cheio de momentos assustadoramente reais, como as reações Republicanas à invasão de Borat vestido de Donald Trump a um comício, onde ele fala diversos absurdos e recebe apoio do público, até mesmo a um momento em que o advogado de Donald Trump e ex-prefeito de Nova York, Rudy Giuliani, vai para um quarto de hotel e dá a entender que teria relações com Tutar (Maria Bakalova), a “filha” de Borat, que se apresenta como uma repórter menor de idade. O longa é controverso e necessário para entender o porquê do extremismo político americano estar sendo tão comentado no mundo. Ele entra no mérito de provocar as duas vertentes políticas dos EUA, mas bota na ponta do lápis os motivos da forte rejeição que o atual presidente americano tem no cenário nacional e internacional. O filme está no catálogo do Amazon Prime Video.

 

Get Me Roger Stone (2017)

Baseado em um artigo da revista The New Yorker, este documentário mostra didaticamente que o maior combustível para se estar envolvido no contexto político americano é a sede pelo poder e pela vitória. Ele acompanha por cinco anos a trajetória do marqueteiro político de Donald Trump, Roger Stone, e como ele foi fundamental para moldar o cenário eleitoral como o conhecemos hoje. Repleto de declarações polêmicas do próprio Stone, que se define como um manipulador, o filme analisa a estrutura e veiculação de diversas campanhas políticas até para comparar com as estratégias do homem que dá título ao documentário. É interessante ver como o processo da pós-verdade, das fake news, não é algo novo no mundo político, e como ele pode ser usar – numa completa falta de ética e moral, claro – para ascender ao poder. É um documentário importantíssimo para entender sobre o comportamento de manada, as manipulações e de muitas estratégias políticas sujas que acontecem diariamente. O filme está na Netflix.

 

Eleição (1999)

Baseado num romance de Tom Perrotta, essa comédia adolescente tem muito mais a oferecer do que uma simples diversão de fim de semana. Estrelado por Matthew Broderick e Reese Witherspoon, o filme conta sobre a história de uma eleição presidencial de colégio que sai de um “evento” em que só há um concorrente para uma verdadeira disputa eleitoral com direito a apoio de outros poderes, como professores, e brinca bastante com o uso de influências de popularidade, apoios e manobras. O longa foi baseado nas eleições presidenciais americanas de 1992 e foi indicado ao Oscar por Melhor Roteiro Adaptado. Ele está disponível para aluguel na Apple TV.

 

Recontagem (2008)

Escrito e dirigido por Jay Roach, o homem por trás da franquia Austin Powers, Recontagem é um filme feito para TV que conta a história das eleições presidenciais americanas de 2000, que terminou na Suprema Corte após um pedido de recontagem de votos. Estrelado por Kevin Spacey, Laura Dern e John Hurt, o filme venceu 3 Emmy Awards, e se torna cada vez mais importante, porque explicita deficiências já conhecidas, mas ignoradas, do sistema eleitoral americano, como a possibilidade fraude das cédulas de papel e do design das mesmas, que confundia os idosos. Mesmo com toda a relevância atual deste longa, o maior destaque é a atuação de Laura Dern, que está MONSTRUOSA no papel de Katherine Harris. Esse filmaço está disponível no HBO GO.

 

Menção Desonrosa:

 

Os Candidatos (2012)

Mais um filme de Jay Roach na lista, Os Candidatos é um daqueles filmes de humor pastelão dos EUA. Protagonizado por Will Ferrell e Zach Galifinakis, o longa conta a história de um político experiente e cheio de polêmicas sexuais nas costas buscando a reeleição (Ferrell). No entanto, vendo que ele está próximo da queda, um grupo de empresários decide apoiar um novato e manipulável candidato vindo do ramo do turismo para bater de frente (Galifianakis). Nisso, eles começam a fazer campanhas cheias dos maiores absurdos políticos, como mentiras, acusações infundadas, traições e até mesmo um soco na cara de um bebê. O filme tem aquele famoso humor grosseirão que agrada muito a alguns, mas não é suportado por outros. Como devem ter reparado, defini esse filme como “menção desonrosa”, isso porque alguns absurdos que pareciam forçados até para a ficção acabaram acontecendo nas últimas eleições (não o soco no bebê, ainda bem). Então é isso. Se você gostar desse tipo de humor mais escrachado, Os Candidatos está disponível para aluguel no Looke, no Google Play e na Apple TV.

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