quarta-feira , 25 dezembro , 2024

Diretores revelam por que Guilherme de Pádua não participou do doc sobre o assassinato de Daniella Perez

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Na semana passada, chegou ao catálogo da HBO Max o documentário ‘Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez‘, que explora o crime cometido pelo ex-ator Guilherme de Pádua contra a atriz em 1992.

Na época, a filha da autora e produtora Gloria Perez tinha apenas 22 anos, e o crime chocou o país, o que levou à condenação de Guilherme a 19 anos por homicídio qualificado.



Dirigida por Tatiana Issa e Guto Barra, que também assina o roteiro, a produção reconstitui em cinco episódios os detalhes sobre o caso que impactou o Brasil. Agora, em entrevista ao site Splash, a dupla revelou porque Pádua não apareceu na série.

Issa e Barra revelaram que escolheram não dar mais espaço de imprensa ou de tela nem para Pádua, nem para sua cúmplice, Paula Peixoto (que, à época, era conhecia como Paula Thomaz).

Assista também:
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“Ao longo dos anos, eles tiveram muito espaço na imprensa. Eles ofereceram diferentes versões que foram mudando. Houve até situações em que prometeram ‘contar o que nunca foi contado’, mas nada acontecia. Somos um documentário, é diferente de jornalismo”, explicou Barra.

Issa acrescentou comentários à fala de Barra, dizendo que, caso eles colocassem os criminosos para contar suas versões, inúmeras mentiras seriam propagadas e disseminadas – e que isso tiraria a paz de uma família que já havia sofrido demais.

A decisão de não colocar a dupla no documentário também foi acatada a pedido de Gloria.

“Eu realmente não queria que fizessem a entrevista dos assassinos agora, mas isso também não veio na proposta deles. Tanto a Tatiana quanto o Guto, quando eles fizeram essa proposta, eles já fizeram não incluindo os depoimentos dos assassinos”, Gloria comentou. “Tudo o que eles disseram durante o processo está lá na série. É o que interessa. […] Hoje em dia, se você quiser saber como eles vão, é só abrir as redes sociais. Eles estão lá exibindo a sua impunidade. Não precisa agora perder tempo dando microfone. Seria dar palco a psicopata”.

Por outro lado, Pádua usou seu canal do YouTube para tentar dar voz a si mesmo, já que alega que a produção de parcial e que não foi procurado para dar seu depoimento.

Logo no início, ele tenta se justifica, dizendo:

“Surgiu a notícia de que eu teria bloqueado minhas redes sociais por saber deste seriado. Isso não é verdade, porque em maio de 2020, quando saí, ainda não sabia desse seriado. Alguém aí tinha notícia? Eu fiquei sabendo há seis meses, de surpresa, não fui procurado.”

Ele continua, falando que vai usar as redes sociais para se defender.

“Naquele tempo, estávamos no auge da pandemia. E, parece que o debate estava interditado. A animosidade estava grande, e a minha vida envolve várias dificuldades de comunicação. Por isso, esse pastor me disse isso. As redes sociais são muito úteis para mim, e a imprensa nunca me deu voz, porque um lado sempre me persegue e com toda a razão, eu entendo. Se eu estivesse no lugar delas, eu faria isso também. Mas, já que eu sou eu, preciso me defender. E as redes sociais são úteis para isso.”

Ao longo do vídeo, ele afirma que irá apresentar sua versão dos fatos e apresentar novas evidências sobre o crime com ajuda da ex-esposa e cúmplice, Paula Nogueira Thomaz.

“Eu consigo quebrar de forma devastadora algumas das teses que estão sendo apresentadas. A HBO, tão famosa, tão profissional, deu uma bobeira dessas, deixou essa lacuna para que um concorrente possa apresentar as provas, as evidências que estão sendo ocultadas de você que está assistindo essa série.”

Atualmente com 52 anos, depois de cumprir apenas sete anos da pena, Pádua é pastor da Igreja Batista da Lagoinha em sua cidade natal, Belo Horizonte, Minas Gerais, e diz que tem pensado cada vez menos no crime.

Dizendo-se triste e oprimido, ele reconhece que Gloria e toda a família de Daniella são quem mais sofrem com a perda.

“Não vou me fazer de vítima, mas [a situação] não é nada agradável. Já passei noites tentando consertar, mas não tem como consertar o passado”, relata.

Ainda assim, ele diz que não aceita como a história foi contada no documentário.

“Você vai assistir uma série totalmente parcial, o que significa isso? Um trabalho de investigação, um jornalismo investigativo, ele pretende trazer à luz todas as evidências, as provas e apresentar as hipóteses, que cabem, com a dinâmica do que foi descoberto, com as provas, com as perícias. “, explicou. A HBO tinha condições de fazer uma coisa bastante completa e dar a nós, espectadores, o direito de fazermos a nossa própria análise, mas perdeu essa oportunidade.”

Por fim, ele diz que pode “trazer algumas coisas” sobre o caso, mas não diz exatamente o quê ou como vai fazer isso.

“Pode aguardar que eu vou trazer algumas coisas. Não é pra dizer ‘acredite na minha versão’, mas pra você mesmo pensar, né? Coisa que eles não estão fazendo, como aquela imprensa marrom, aquela imprensa que é tendenciosa que quer puxar a sardinha para um lado, essa série está totalmente baseada somente na versão da acusação.”

Assista ao vídeo e siga o CinePOP no YouTube:

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Em 1992, a atriz e bailarina Daniella Perez foi assassinada por Guilherme de Pádua e sua esposa, Paula Thomaz, em um crime cruelmente premeditado. A morte prematura da jovem de 22 anos mexeu com o País. O assassinato da Daniella, filha da autora e produtora brasileira, ganhadora do Emmy Internacional, Gloria Perez, ganhou notoriedade e ocupou as primeiras páginas dos jornais nacionais por anos.

Depois de três décadas, Gloria Perez revisita a busca pela verdade por trás desta história que mudou sua vida para sempre. A autora compartilha sua experiência conforme a produção apresenta, em registros inéditos, os detalhes das investigações e o julgamento deste caso de homicídio duplamente qualificado.

Como mãe da vítima, ela rastreou testemunhas, identificou evidências e ajudou a expor erros das autoridades brasileiras. Sua atuação foi fundamental para a resolução do caso, além de ter deixado um legado ao conseguir a alteração da legislação brasileira, passando a incluir homicídio qualificado dentro dos crimes hediondos.

Para o diretor e roteirista Guto Barra, a produção de true crime corrobora para a elucidação desta tragédia que marcou o Brasil. “Por meio de um minucioso trabalho de pesquisa, trazemos à luz a barbaridade do crime, com informações que não foram reveladas à época do assassinato.” Segundo Tatiana Issa, que dirigiu e trabalhou em conjunto com Guto, “o caso Daniella Perez inspira muitos sentimentos e sua retratação documental revela não apenas a Daniella quanto artista, filha e esposa, mas também a deficiência do sistema jurídico brasileiro.”

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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Na semana passada, chegou ao catálogo da HBO Max o documentário ‘Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez‘, que explora o crime cometido pelo ex-ator Guilherme de Pádua contra a atriz em 1992.

Na época, a filha da autora e produtora Gloria Perez tinha apenas 22 anos, e o crime chocou o país, o que levou à condenação de Guilherme a 19 anos por homicídio qualificado.

Dirigida por Tatiana Issa e Guto Barra, que também assina o roteiro, a produção reconstitui em cinco episódios os detalhes sobre o caso que impactou o Brasil. Agora, em entrevista ao site Splash, a dupla revelou porque Pádua não apareceu na série.

Issa e Barra revelaram que escolheram não dar mais espaço de imprensa ou de tela nem para Pádua, nem para sua cúmplice, Paula Peixoto (que, à época, era conhecia como Paula Thomaz).

“Ao longo dos anos, eles tiveram muito espaço na imprensa. Eles ofereceram diferentes versões que foram mudando. Houve até situações em que prometeram ‘contar o que nunca foi contado’, mas nada acontecia. Somos um documentário, é diferente de jornalismo”, explicou Barra.

Issa acrescentou comentários à fala de Barra, dizendo que, caso eles colocassem os criminosos para contar suas versões, inúmeras mentiras seriam propagadas e disseminadas – e que isso tiraria a paz de uma família que já havia sofrido demais.

A decisão de não colocar a dupla no documentário também foi acatada a pedido de Gloria.

“Eu realmente não queria que fizessem a entrevista dos assassinos agora, mas isso também não veio na proposta deles. Tanto a Tatiana quanto o Guto, quando eles fizeram essa proposta, eles já fizeram não incluindo os depoimentos dos assassinos”, Gloria comentou. “Tudo o que eles disseram durante o processo está lá na série. É o que interessa. […] Hoje em dia, se você quiser saber como eles vão, é só abrir as redes sociais. Eles estão lá exibindo a sua impunidade. Não precisa agora perder tempo dando microfone. Seria dar palco a psicopata”.

Por outro lado, Pádua usou seu canal do YouTube para tentar dar voz a si mesmo, já que alega que a produção de parcial e que não foi procurado para dar seu depoimento.

Logo no início, ele tenta se justifica, dizendo:

“Surgiu a notícia de que eu teria bloqueado minhas redes sociais por saber deste seriado. Isso não é verdade, porque em maio de 2020, quando saí, ainda não sabia desse seriado. Alguém aí tinha notícia? Eu fiquei sabendo há seis meses, de surpresa, não fui procurado.”

Ele continua, falando que vai usar as redes sociais para se defender.

“Naquele tempo, estávamos no auge da pandemia. E, parece que o debate estava interditado. A animosidade estava grande, e a minha vida envolve várias dificuldades de comunicação. Por isso, esse pastor me disse isso. As redes sociais são muito úteis para mim, e a imprensa nunca me deu voz, porque um lado sempre me persegue e com toda a razão, eu entendo. Se eu estivesse no lugar delas, eu faria isso também. Mas, já que eu sou eu, preciso me defender. E as redes sociais são úteis para isso.”

Ao longo do vídeo, ele afirma que irá apresentar sua versão dos fatos e apresentar novas evidências sobre o crime com ajuda da ex-esposa e cúmplice, Paula Nogueira Thomaz.

“Eu consigo quebrar de forma devastadora algumas das teses que estão sendo apresentadas. A HBO, tão famosa, tão profissional, deu uma bobeira dessas, deixou essa lacuna para que um concorrente possa apresentar as provas, as evidências que estão sendo ocultadas de você que está assistindo essa série.”

Atualmente com 52 anos, depois de cumprir apenas sete anos da pena, Pádua é pastor da Igreja Batista da Lagoinha em sua cidade natal, Belo Horizonte, Minas Gerais, e diz que tem pensado cada vez menos no crime.

Dizendo-se triste e oprimido, ele reconhece que Gloria e toda a família de Daniella são quem mais sofrem com a perda.

“Não vou me fazer de vítima, mas [a situação] não é nada agradável. Já passei noites tentando consertar, mas não tem como consertar o passado”, relata.

Ainda assim, ele diz que não aceita como a história foi contada no documentário.

“Você vai assistir uma série totalmente parcial, o que significa isso? Um trabalho de investigação, um jornalismo investigativo, ele pretende trazer à luz todas as evidências, as provas e apresentar as hipóteses, que cabem, com a dinâmica do que foi descoberto, com as provas, com as perícias. “, explicou. A HBO tinha condições de fazer uma coisa bastante completa e dar a nós, espectadores, o direito de fazermos a nossa própria análise, mas perdeu essa oportunidade.”

Por fim, ele diz que pode “trazer algumas coisas” sobre o caso, mas não diz exatamente o quê ou como vai fazer isso.

“Pode aguardar que eu vou trazer algumas coisas. Não é pra dizer ‘acredite na minha versão’, mas pra você mesmo pensar, né? Coisa que eles não estão fazendo, como aquela imprensa marrom, aquela imprensa que é tendenciosa que quer puxar a sardinha para um lado, essa série está totalmente baseada somente na versão da acusação.”

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Em 1992, a atriz e bailarina Daniella Perez foi assassinada por Guilherme de Pádua e sua esposa, Paula Thomaz, em um crime cruelmente premeditado. A morte prematura da jovem de 22 anos mexeu com o País. O assassinato da Daniella, filha da autora e produtora brasileira, ganhadora do Emmy Internacional, Gloria Perez, ganhou notoriedade e ocupou as primeiras páginas dos jornais nacionais por anos.

Depois de três décadas, Gloria Perez revisita a busca pela verdade por trás desta história que mudou sua vida para sempre. A autora compartilha sua experiência conforme a produção apresenta, em registros inéditos, os detalhes das investigações e o julgamento deste caso de homicídio duplamente qualificado.

Como mãe da vítima, ela rastreou testemunhas, identificou evidências e ajudou a expor erros das autoridades brasileiras. Sua atuação foi fundamental para a resolução do caso, além de ter deixado um legado ao conseguir a alteração da legislação brasileira, passando a incluir homicídio qualificado dentro dos crimes hediondos.

Para o diretor e roteirista Guto Barra, a produção de true crime corrobora para a elucidação desta tragédia que marcou o Brasil. “Por meio de um minucioso trabalho de pesquisa, trazemos à luz a barbaridade do crime, com informações que não foram reveladas à época do assassinato.” Segundo Tatiana Issa, que dirigiu e trabalhou em conjunto com Guto, “o caso Daniella Perez inspira muitos sentimentos e sua retratação documental revela não apenas a Daniella quanto artista, filha e esposa, mas também a deficiência do sistema jurídico brasileiro.”

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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