O Disney+ registrou uma queda significativa no número total de assinantes no primeiro trimestre de 2023, perdendo 4 milhões de assinantes nos primeiros três meses do ano, conforme relatado em uma carta aos investidores.
A empresa atribuiu parte dessa perda ao Disney+ Hotstar, na Índia, que perdeu os direitos de streaming de partidas ao vivo de críquete, sua principal atração no país.
Além disso, houve uma perda de 300 mil assinantes nos Estados Unidos, representando uma queda de apenas 1%.
No entanto, o streaming conseguiu ganhar 900 mil novos assinantes internacionalmente, excluindo o Disney+ Hotstar, resultando em um aumento geral de 2% no número de assinantes.
Ainda assim, a queda nos números totais de assinantes é motivo de preocupação para a plataforma de streaming.
Enquanto isso, a Disney anunciou planos para remover “certos conteúdos” de seu catálogo do serviço de streaming e reduzir a produção de originais, seguindo uma estratégia semelhante à adotada pela Warner Bros. Discovery na HBO Max, ou, futuramente, Max.
O objetivo é economizar entre US$ 1,5 bilhão e US$ 1,8 bilhão em impostos.
Christine McCarthy, diretora financeira da Disney, afirmou que a revisão do conteúdo no serviço de streaming visa alinhar-se às mudanças estratégicas na curadoria de conteúdo.
“Estamos no processo de revisão do conteúdo em nossos serviços, para nos alinharmos com as mudanças estratégicas em nossa abordagem à curadoria de conteúdo”
Já o CEO Bob Iger enfatizou a importância de produzir conteúdos que impulsionem o crescimento do Disney+ e que sejam mais seletivos no investimento em marketing.
“Percebemos que fizemos muito conteúdo que não está necessariamente impulsionando o subcrescimento [do Disney+],” disse Iger. “Seremos mais cirúrgicos, não vamos gastar muito dinheiro comercializando coisas que não terão impacto nos resultados.”
Essas medidas visam otimizar a oferta do Disney+ e melhorar sua eficiência financeira, focando em conteúdos que realmente agreguem valor e impulsionem o crescimento da plataforma.