sexta-feira , 22 novembro , 2024

Do Pior ao Melhor: 10 Filmes que Recontam a Origem de Histórias Consagradas

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Com a chegada de Robin Hood: A Origem aos cinemas, uma discussão foi levantada: Qual o motivo de Hollywood recontar a história de personagens ícones da cultura popular? A resposta pode estar na bilheteria e no receio de apostar em roteiros originais. De certo, apresentar um personagem já conhecido é um convite para o público revisitar suas memórias afetivas, vide as grandes expectativas de 2019: Dumbo e O Rei Leão.

Este ranking apresenta 10 filmes lançados na última década, exceto as obras de super-heróis, que buscaram trazer uma nova visão sobre um personagem, mas não agradaram tanto a crítica. Para fazer esta lista do pior ao melhor, a base de avaliação foi a nota do Rotten Tomatoes (RT) e os números de bilheterias do Box Office Mojo. Vindos da literatura ou do videogame, os filmes foram amados por uns – com direito a sequências – e odiados por outros. Vamos começar! 



  1. A Garota da Capa Vermelha (2011) – RT: 10% | Box Office Total: $$89,162,162

Talvez você nem se lembre, mas uma das histórias mais emblemáticas da idade contemporânea, Chapeuzinho Vermelho, ganhou sua versão moderna pelas mãos de Catherine Hardwicke, logo após filmar Crepúsculo (2008). As más línguas dizem que ela continuou filmando o mesmo filme, apenas com atores diferentes. A premissa da história dos irmãos Grimm é totalmente perdida. O objetivo era contar a origem da famosa fábula, no entanto, o filme torna-se um monótono triângulo amoroso.

  1. Robin Hood: A Origem (2018) –  RT: 13% | Box Office EUA: $5,095,000 (em dois dias)

O jovem Robin Hood, vivido por Taron Egerton, mal estreou e já quase encabeça a lista das piores adaptações clássicas. A culpa não é tanto por conta do ator, apesar de um Robin muchocho, mas pela produção sem esmero e as firulas do diretor Otto Bathurst. Para ter um ideia, o Príncipe dos Ladrões vivido por Russell Crowe (2010) obteve 43% de aprovação, enquanto Kevin Costner (1991) teve 51%. Ou a crítica está mais severa agora ou a qualidade está decaindo com o tempo.

  1. Hannibal, a origem do Mal (2007) – RT: 15% | Box Office Total: $82,169,884

Com a intenção de surfar no sucesso do personagem Hannibal Lecter, de Silêncio dos Inocentes (1991), e as suas continuações, o diretor Peter Webber (Moça Com Brinco de Pérola) teve a incumbência de explicar porque Hannibal tornou-se um canibal. Sem Anthony Hopkins ou Mads Mikkelsen, a história não encontrou o tom certo e saiu como uma medonha engabelação. A única coisa que a gente lembra é que Hannibal (Gaspard Ulliel) viu a sua irmãzinha ser comida por homens malvados e… tá aí a explicação. Apesar de tudo, o roteiro do filme é escrito por Thomas Harris, autor da série de livros de Hannibal.

  1. João e Maria: Caçadores de Bruxas (2013) – RT: 15% | Box Office Total: $226,349,749

Um ano após estrear como Gavião Arqueiro em Os Vingadores (2012), Jeremy Renner usou suas habilidades de arco e flecha nesta releitura do clássico infantil João e Maria. Com a ideia de transformar o trauma das crianças em uma arma de ataque, o longa de Tommy Wirkola abusa de efeitos visuais e objetos voadores, explorando ao máximo o 3D, mas esquece da construção dos personagens. Além do Vingador, a outra protagonista era Gemma Arterton. Alguém lembra o última filme da atriz? Pois é. Após sua terrível atuação, ela ainda apareceu em Aposta Máxima (2013), com Ben Affleck, mas seus outros trabalhos nunca mais chegaram ao Brasil.

  1. Peter Pan (2015) – RT: 27% | Box Office Total: $128,388,320

Com a presença de Hugh Jackman (O Favorito) e Rooney Mara (A Pé Ele Não Vai Longe), era difícil imaginar que os pontos não dariam liga, mas sempre que um diretor exagera na apresentação, o resultado é frustrante. Revisitado algumas vezes pelo cinema, Peter Pan sempre rendeu boas histórias, tal qual Em Busca da Terra do Nunca (2004), com índice de 84% no RT. Até Hook, a Volta do Capitão Gancho (1991), de Steven Spielberg, tem uma avaliação maior que esta versão rock de Joe Wright (O Destino de uma Nação).

  1. Rei Arthur: A Lenda da Espada (2017) – RT: 31% | Box Office Total: $148,675,066

Assim como no recém-lançado Robin Hood, a lenda do Rei Arthur (Charlie Hunnam) ganhou uma versão mais dinâmica no ano passado, sob o comando de Guy Ritchie. O que não agradou – tanto o público quanto a crítica – foi a remontagem focada nas lutas e longe da composição histórica. Aliás, grande parte destas novas adaptações acredita muito mais na ação do que no desenvolvimento de um bom roteiro. Essa escolha, entretanto, destitui o ambiente já criado do personagem e, consequentemente, desagrada os fãs dos cavaleiros da távola redonda.

  1. A Lenda de Tarzan (2016) – RT: 36% | Box Office Total: $356,700,357

Com o sucesso de Alexander Skarsgård (True Blood) e Margot Robbie (O Lobo de Wall Street) em trabalhos anteriores, os produtores acreditaram que recontar a lenda do Tarzan em um espetáculo visual inédito seria uma ótima aposta. Por um lado, a bilheteria pagou o filme, mas não chegou a dar tanto lucro. Já segundo a crítica, os grandes tropeços foram as atuações mornas dos protagonistas e os furos de roteiro. Este é mais um exemplo de atenção à forma em detrimento ao conteúdo.

  1. Branca de Neve e o Caçador (2012) – RT: 48% | Box Office Total: $396,592,829

Da infância à juventude, uma das mais famosas princesas da Disney dividiu a opinião dos críticos. Com um visual semelhante a trilogia de O Senhor dos Anéis (2001-2003), o diretor Rupert Sanders coloca uma armadura na princesa vivida por Kristen Stewart e compõe uma boa jornada do herói, neste caso o caçador (Chris Hemsworth). Vale ainda destacar a digna vilã de Charlize Theron, responsável por emplacar a sequência O Caçador e a Rainha do Gelo (2016). O tom demasiado sombrio, entretanto, incomodou os espectadores mais adeptos à história de amor e à camaradagem ressaltadas nas versões anteriores.

  1. Tomb Raider: A Origem (2018) – RT: 51% | Box Office Total: $273,821,715

Com a mudança de Angelina Jolie para Alicia Vikander,  a heroína dos videogames retorna à sua infância e ao início da sua juventude para revelar suas verdadeiras motivações e o passado do seu pai. Na versão do norueguês Roar Uthaug, a construção da Lara Croft perpassa todo o filme até ela se descobrir uma lutadora. Além de substituir a identificação do público com a versão de Angelina, o desafio do reboot era mostrar uma origem inspiradora para a personagem ter ser tornado tão combativa.

  1. Planeta dos Macacos: A Origem (2011) – RT: 81% | Box Office Total: $481,801,049

Quando você já achava que contar a origem das histórias era um erro, eis que surge Caesar (Andy Serkis) no seu caminho. Tudo bem que neste caso não é um personagem em si, mas toda uma teoria de como os macacos tomaram o Planeta Terra dos humanos. Sendo uma pré-sequel do clássico Planeta dos Macacos (1968) – com 88% no RT -,  a obra de Rupert Wyatt constrói perfeitamente a semente para a futura hecatombe. O projeto conta ainda com as continuações Planeta dos Macacos: O Confronto (2014) – com 90% de aprovação – , e Planeta dos Macacos: A Guerra (2017), com 93% no RT.

O que você achou desta lista? Deixe um comentário sobre o que você concorda, discorda e qual outro filme poderia estar aqui.

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Letícia Alassë
Crítica de Cinema desde 2012, jornalista e pesquisadora sobre comunicação, cultura e psicanálise. Mestre em Cultura e Comunicação pela Universidade Paris VIII, na França e membro da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine). Nascida no Rio de Janeiro e apaixonada por explorar o mundo tanto geograficamente quanto diante da tela.

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Este ranking apresenta 10 filmes lançados na última década, exceto as obras de super-heróis, que buscaram trazer uma nova visão sobre um personagem, mas não agradaram tanto a crítica. Para fazer esta lista do pior ao melhor, a base de avaliação foi a nota do Rotten Tomatoes (RT) e os números de bilheterias do Box Office Mojo. Vindos da literatura ou do videogame, os filmes foram amados por uns – com direito a sequências – e odiados por outros. Vamos começar! 

  1. A Garota da Capa Vermelha (2011) – RT: 10% | Box Office Total: $$89,162,162

Talvez você nem se lembre, mas uma das histórias mais emblemáticas da idade contemporânea, Chapeuzinho Vermelho, ganhou sua versão moderna pelas mãos de Catherine Hardwicke, logo após filmar Crepúsculo (2008). As más línguas dizem que ela continuou filmando o mesmo filme, apenas com atores diferentes. A premissa da história dos irmãos Grimm é totalmente perdida. O objetivo era contar a origem da famosa fábula, no entanto, o filme torna-se um monótono triângulo amoroso.

  1. Robin Hood: A Origem (2018) –  RT: 13% | Box Office EUA: $5,095,000 (em dois dias)

O jovem Robin Hood, vivido por Taron Egerton, mal estreou e já quase encabeça a lista das piores adaptações clássicas. A culpa não é tanto por conta do ator, apesar de um Robin muchocho, mas pela produção sem esmero e as firulas do diretor Otto Bathurst. Para ter um ideia, o Príncipe dos Ladrões vivido por Russell Crowe (2010) obteve 43% de aprovação, enquanto Kevin Costner (1991) teve 51%. Ou a crítica está mais severa agora ou a qualidade está decaindo com o tempo.

  1. Hannibal, a origem do Mal (2007) – RT: 15% | Box Office Total: $82,169,884

Com a intenção de surfar no sucesso do personagem Hannibal Lecter, de Silêncio dos Inocentes (1991), e as suas continuações, o diretor Peter Webber (Moça Com Brinco de Pérola) teve a incumbência de explicar porque Hannibal tornou-se um canibal. Sem Anthony Hopkins ou Mads Mikkelsen, a história não encontrou o tom certo e saiu como uma medonha engabelação. A única coisa que a gente lembra é que Hannibal (Gaspard Ulliel) viu a sua irmãzinha ser comida por homens malvados e… tá aí a explicação. Apesar de tudo, o roteiro do filme é escrito por Thomas Harris, autor da série de livros de Hannibal.

  1. João e Maria: Caçadores de Bruxas (2013) – RT: 15% | Box Office Total: $226,349,749

Um ano após estrear como Gavião Arqueiro em Os Vingadores (2012), Jeremy Renner usou suas habilidades de arco e flecha nesta releitura do clássico infantil João e Maria. Com a ideia de transformar o trauma das crianças em uma arma de ataque, o longa de Tommy Wirkola abusa de efeitos visuais e objetos voadores, explorando ao máximo o 3D, mas esquece da construção dos personagens. Além do Vingador, a outra protagonista era Gemma Arterton. Alguém lembra o última filme da atriz? Pois é. Após sua terrível atuação, ela ainda apareceu em Aposta Máxima (2013), com Ben Affleck, mas seus outros trabalhos nunca mais chegaram ao Brasil.

  1. Peter Pan (2015) – RT: 27% | Box Office Total: $128,388,320

Com a presença de Hugh Jackman (O Favorito) e Rooney Mara (A Pé Ele Não Vai Longe), era difícil imaginar que os pontos não dariam liga, mas sempre que um diretor exagera na apresentação, o resultado é frustrante. Revisitado algumas vezes pelo cinema, Peter Pan sempre rendeu boas histórias, tal qual Em Busca da Terra do Nunca (2004), com índice de 84% no RT. Até Hook, a Volta do Capitão Gancho (1991), de Steven Spielberg, tem uma avaliação maior que esta versão rock de Joe Wright (O Destino de uma Nação).

  1. Rei Arthur: A Lenda da Espada (2017) – RT: 31% | Box Office Total: $148,675,066

Assim como no recém-lançado Robin Hood, a lenda do Rei Arthur (Charlie Hunnam) ganhou uma versão mais dinâmica no ano passado, sob o comando de Guy Ritchie. O que não agradou – tanto o público quanto a crítica – foi a remontagem focada nas lutas e longe da composição histórica. Aliás, grande parte destas novas adaptações acredita muito mais na ação do que no desenvolvimento de um bom roteiro. Essa escolha, entretanto, destitui o ambiente já criado do personagem e, consequentemente, desagrada os fãs dos cavaleiros da távola redonda.

  1. A Lenda de Tarzan (2016) – RT: 36% | Box Office Total: $356,700,357

Com o sucesso de Alexander Skarsgård (True Blood) e Margot Robbie (O Lobo de Wall Street) em trabalhos anteriores, os produtores acreditaram que recontar a lenda do Tarzan em um espetáculo visual inédito seria uma ótima aposta. Por um lado, a bilheteria pagou o filme, mas não chegou a dar tanto lucro. Já segundo a crítica, os grandes tropeços foram as atuações mornas dos protagonistas e os furos de roteiro. Este é mais um exemplo de atenção à forma em detrimento ao conteúdo.

  1. Branca de Neve e o Caçador (2012) – RT: 48% | Box Office Total: $396,592,829

Da infância à juventude, uma das mais famosas princesas da Disney dividiu a opinião dos críticos. Com um visual semelhante a trilogia de O Senhor dos Anéis (2001-2003), o diretor Rupert Sanders coloca uma armadura na princesa vivida por Kristen Stewart e compõe uma boa jornada do herói, neste caso o caçador (Chris Hemsworth). Vale ainda destacar a digna vilã de Charlize Theron, responsável por emplacar a sequência O Caçador e a Rainha do Gelo (2016). O tom demasiado sombrio, entretanto, incomodou os espectadores mais adeptos à história de amor e à camaradagem ressaltadas nas versões anteriores.

  1. Tomb Raider: A Origem (2018) – RT: 51% | Box Office Total: $273,821,715

Com a mudança de Angelina Jolie para Alicia Vikander,  a heroína dos videogames retorna à sua infância e ao início da sua juventude para revelar suas verdadeiras motivações e o passado do seu pai. Na versão do norueguês Roar Uthaug, a construção da Lara Croft perpassa todo o filme até ela se descobrir uma lutadora. Além de substituir a identificação do público com a versão de Angelina, o desafio do reboot era mostrar uma origem inspiradora para a personagem ter ser tornado tão combativa.

  1. Planeta dos Macacos: A Origem (2011) – RT: 81% | Box Office Total: $481,801,049

Quando você já achava que contar a origem das histórias era um erro, eis que surge Caesar (Andy Serkis) no seu caminho. Tudo bem que neste caso não é um personagem em si, mas toda uma teoria de como os macacos tomaram o Planeta Terra dos humanos. Sendo uma pré-sequel do clássico Planeta dos Macacos (1968) – com 88% no RT -,  a obra de Rupert Wyatt constrói perfeitamente a semente para a futura hecatombe. O projeto conta ainda com as continuações Planeta dos Macacos: O Confronto (2014) – com 90% de aprovação – , e Planeta dos Macacos: A Guerra (2017), com 93% no RT.

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Crítica de Cinema desde 2012, jornalista e pesquisadora sobre comunicação, cultura e psicanálise. Mestre em Cultura e Comunicação pela Universidade Paris VIII, na França e membro da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine). Nascida no Rio de Janeiro e apaixonada por explorar o mundo tanto geograficamente quanto diante da tela.

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