Ser selecionado para a mostra competitiva de um dos maiores festivais de cinema do mundo é muito semelhante a uma indicação ao Globo de Ouro e outros prêmios. Em outras palavras, os 20 selecionados para a disputa pelo Urso de Ouro, no Festival de Berlim, são nomeados às lauréas, tal como os 10 títulos competindo pelo Oscar de Melhor Filme na 96.ª cerimônia dos Academy Awards, realizada no dia 10 de março.
Feita a comparação, é possível pensar que esta seleção é muito bem executada entre centenas de filmes enviados para participar, mas nem sempre o resultado é satisfatório. Os responsáveis por esta triagem são os dirigentes do evento Mariette Rissenbeek e Carlo Chatrian, desde 2020 à frente da Berlinale. Contudo a dupla será substituída por Tricia Tuttle, ex-diretora do BFI – London Film Festival, a partir do próximo ano.
A decisão do melhor filme é do júri presidido pela atriz Lupita Nyong’o, no entanto, os jornalistas durante a cobertura dão os seus pareceres e notas para cada uma das produções. Apresentados todos os filmes, entre os dias 15 e 23 de fevereiro, confira o ranking do pior ao melhor de acordo com as notas dos críticos disponibilizadas pelo agregador de textos Rotten Tomatoes.
Os critérios de desempate são os números de críticas, ou seja, quanto mais críticas, maior a posição no ranking. Oito filmes não possuem ainda nenhuma crítica negativa na plataforma, portanto, temos 40% da seleção impecável aos olhos dos jornalistas presentes. Quem sabe o primeiro da lista não seja o grande vencedor da competição?
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Confira o ranking abaixo:
20. Another End (Outro Fim); de Piero Messina; RT: 27% – 11 críticas
“Um filme que parece ter sido escrito com um final específico em mente e que sacrifica seus personagens e temas para conseguir isso“, crítica de Serena Seghedoni, no Loud and Clear Reviews.
19. Black Tea (Chá Preto), de Abderrahmane Sissako; RT: 33% – 6 críticas
18. Suspended Time (Fora do Tempo), de Olivier Assayas; RT: 62% – 13 críticas
17. L’ Empire (O Império), de Bruno Dumont; RT: 63% – 8 críticas
16. Gloria!, de Margherita Vicario; RT: 66% – 3 críticas
15. Who I Belong To (A Quem Eu Pertenço), de Meryam Joobeur; RT: 66% – 3 críticas
14. From Hilde, With Love (De Hilde, com amor), de Andreas Dresen; RT: 80% – 5 críticas
13. Pepe, de Nelson Carlos De Los Santos Arias; RT: 80% – 5 críticas
12. A Traveler’s Needs (As Necessidades de um Viajante), de Hong Sangsoo; RT: 85% – 8 críticas
11. A Different Man (Um Homem Diferente), de Aaron Schimberg; RT: 85% – 34 críticas
10. Small Things Like These (Coisas Pequenas Como Essas), de Tim Mielants; RT: 88% – 16 críticas
9. La Cocina (A Cozinha),de Alonso Ruizpalacios; RT: 90% – 10 críticas
8. Shambhala, de Min Bahadur Bham; RT: 100% – 1 crítica
7. Dying (Sterben/ Morrendo), de Matthias Glasner; RT: 100% – 2 críticas
6. Architecton (Arquiteto), de Victor Kossakovsky; RT: 100% – 4 críticas
5. Langue Étrangère (Língua Estrangeira), de Claire Burger; RT: 100% – 5 críticas
4. Sons (Filhos), de Gustav Möller; RT: 100% – 5 críticas
3. The Devil’s Bath (O Banho do Diabo), de Veronika Franz & Severin Fiala; RT: 100% – 6 críticas
2. My Favourite Cake, de Maryam Moghaddam; RT: 100% – 7 críticas
1. Dahomey, de Mati Diop; RT: 100% – 9 críticas
“Parece uma contribuição importante para uma conversa contínua sobre o legado do colonialismo em África e para o espinhoso tema da restituição e repatriação do património cultural para o país de origem“, crítica de Wendy Ide, no Screen International.