quarta-feira, agosto 20, 2025
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    Do “zapear” ao streaming gratuito: como a Samsung TV Plus está reinventando a experiência de ver TV no Brasil

    Ligar a televisão e dar de cara com um canal tocando um filme, uma série ou o noticiário — tudo isso sem precisar assinar, baixar, nem fazer login. Parece coisa do passado? Pois essa cena está mais atual do que nunca.

    Esse é o princípio do modelo FAST (Free Ad-Supported Television), que combina a lógica da antiga TV aberta com a agilidade do streaming e a diversidade da internet. E durante a Rio2C 2025, evento realizado no Rio de Janeiro, um painel com executivos da Samsung TV Plus e da Pluto TV mostrou como esse modelo já virou realidade no Brasil — e o que explica sua popularização tão rápida.

    O consumidor não quer mais fricção — só quer ver TV

    “As pessoas não querem saber se é FAST, SVOD, AVOD, VOD… Elas só querem sentar no sofá, pegar o controle e ver o que gostam. E, para elas, isso se chama televisão”, resumiu Aline Jabbour, diretora sênior do Samsung TV Plus para a América Latina.

    A executiva reforçou um ponto que apareceu diversas vezes ao longo do painel: a reinvenção da TV não passa por siglas ou definições técnicas, mas sim pela experiência do público. Se antes a discussão era sobre telas — celular, tablet, notebook — hoje o centro das atenções voltou para onde sempre esteve: a televisão da sala.

    Bombando no Brasil

    Dados apresentados ao longo do painel indicam que o público brasileiro já abraçou o modelo FAST, mesmo sem seque conhecer a sigla. De acordo com uma pesquisa realizada pela OMDIA, divulgada no mesmo dia em outro painel, dois dos dez aplicativos de vídeo mais acessados do Brasil são serviços FAST: Pluto TV e Samsung TV Plus.

    “Isso mostra que o hábito está formado. As pessoas já ligam a TV e assistem a esses canais sem nem pensar duas vezes”, afirmou Aline. E a curva de crescimento é visível: “Há quatro anos, esse assunto era tratado em painéis pequenos, quase escondidos nos eventos. Hoje, temos um dia inteiro na Rio2C dedicado só ao FAST”.

    De “repositório de catálogo” à programação ao vivo

    Se antes o FAST era visto como um lugar para reaproveitar conteúdos de arquivo — com canais temáticos exibindo séries antigas e reality shows repetidos —, hoje ele já oferece transmissões ao vivo, noticiário e até eventos esportivos em tempo real.

    “O CazéTV, por exemplo, transmitiu as Olimpíadas ao vivo na Samsung TV Plus. Isso muda completamente a percepção de valor”, comentou Aline. “A gente rompeu a ideia de que FAST é só conteúdo evergreen ou de segunda linha. Hoje, temos esporte, notícia, programação infantil, filmes e séries — tudo com curadoria”.

    TV Aberta, só que melhor

    O modelo colaborativo entre plataformas também foi um dos destaques do painel. A Pluto TV, da Paramount Global, é uma das parceiras do Samsung TV Plus, com canais disponíveis dentro da plataforma da marca coreana.

    “A gente não se vê como concorrente. Somos parte de um ecossistema. Ter canais da Pluto dentro da Samsung TV Plus é bom para todo mundo: mais visibilidade para o conteúdo, mais opções para o público e mais oportunidades de monetização para os anunciantes”, disse Aline.

    Fabrício Proti, vice-presidente sênior da Paramount América Latina e responsável pela Pluto TV no Brasil, reforçou o valor da parceria: “É uma forma de dar escala. O conteúdo da Pluto precisa chegar às pessoas. E a TV é o principal veículo para isso”.

    O salto do mobile para a TV conectada

    Durante os anos de popularização do streaming, o consumo de vídeo migrou fortemente para dispositivos móveis. Mas essa curva começa a se inverter: “Quatro anos atrás, o consumo era majoritariamente em web e mobile. Hoje, graças à Samsung, ele é majoritariamente na TV conectada”, afirmou Aline.

    Esse movimento também mudou a forma como o público interage com o conteúdo: a duração média das sessões aumentou e a televisão voltou a ser um ponto de encontro nas casas.

    “Com o Buds Entertainment, a Samsung levou o streaming para um novo patamar de qualidade. A experiência na TV se tornou tão boa que o tempo de visualização dobrou. Isso transforma a indústria”, apontou Fabrício.

    A volta do coletivo: TV como espaço de encontro

    A nostalgia apareceu no palco — mas de forma bem concreta. “Quem lembra de chegar no fim do dia e ver o jornal ou novela com todo mundo na sala? Esse comportamento não acabou. A gente só ganhou mais opções”, disse Aline.

    A executiva destacou que o ser humano continua tendo momentos individuais e coletivos de consumo: “Às vezes, quero ver sozinha uma série que meu marido não curte. Mas tem hora que eu quero sentar com todo mundo e assistir algo que todo mundo já viu mil vezes. Isso também é entretenimento”.

    Fabrício completou: “A internet deu liberdade de escolha. Mas a TV conectada trouxe de volta o prazer de assistir junto. Hoje, a indústria está redescobrindo o valor disso”.

    Modelo FAST: gratuito, mas rentável

    Uma dúvida recorrente sobre o modelo FAST é: quem paga essa conta? A resposta é simples: os anunciantes.

    “Nada é realmente gratuito. Mas o consumidor hoje está mais disposto a aceitar publicidade em troca de acesso fácil e sem custo ao conteúdo”, explicou Aline. Fabrício acrescentou que o mercado publicitário também amadureceu: “As marcas entenderam o potencial do FAST e estão investindo mais. O número de anunciantes e campanhas cresce mais de 20% ao ano”.

    O futuro já está na sala

    O painel encerrou com uma mensagem clara: a televisão continua sendo o epicentro da experiência audiovisual — só que agora mais aberta, acessível e inteligente.

    “O consumidor quer conteúdo bom, onde quer que ele esteja. Não importa mais se é da Warner, da Pluto ou da Samsung. O que importa é encontrar com facilidade e ter uma boa experiência”, disse Aline. Fabrício concordou: “No fim do dia, tudo é conteúdo. E quem entregar esse conteúdo de forma simples, vai vencer”.

    **O que é FAST?**
    FAST é a sigla para Free Ad-Supported Television. São plataformas de streaming com canais e programação contínua, financiadas por anúncios, sem necessidade de assinatura. Exemplo: Samsung TV Plus e Pluto TV.

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