sábado , 28 dezembro , 2024

Elegemos os MELHORES personagens de ‘American Horror Story’

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Em 2011, Ryan Murphy e Brad Falchuk resolviam fornecer uma perspectiva mais dramática e mais sedutora para as clássicas histórias de terror que sempre povoaram o imaginário popular. E foi assim que a antologia American Horror Story nasceu, instantaneamente conquistando o afeto do público e levando para casa uma aclamação considerável por parte da crítica.

Entre acertos e erros, a produção não alcançaria o status que tem hoje apenas por uma competente narrativa: era preciso, também, que cada temporada trouxesse consigo personagens memoráveis e com arcos complexos e críveis que permitissem até o mais cético dos telespectadores ser drenado para a densa atmosfera dos episódios.



Com a estreia das oito primeiras temporadas na Amazon Prime, separamos as doze melhores personas a já aparecerem no panteão AHS, explicando o motivo por tais protagonistas ou coadjuvantes roubarem a atenção mais de uma vez.

Confira abaixo nossas escolhas e conte para nós qual o seu personagem favorito:

  1. MONTANA DUKE (‘1984’)

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A nona temporada de American Horror Story começou há algumas semanas, mas já se tornou uma das favoritas do público e da crítica – e não é por menos: além de entregar uma competente narrativa ambientada nos arrepiantes cenários dos slasher dos anos 1980, a iteração também abriu espaço para alguns personagens memoráveis e muito bem construídos, incluindo Montana Duke.

Se você achava que Billie Lourd não conseguiria sair de sua expressividade blasé das outras temporadas, sinto dizer que está enganado. Em ‘1984’, a atriz encarna com precisão e minúcia a jovem Montana, que aparentemente mostra-se como uma amiga mais rebelde dos outros monitores do Acampamento Redwood, mas logo revela ser uma problemática assassina sedenta por vingança.

  1. A CONDESSA (‘HOTEL’)

‘Hotel’ passou longe de agradar os fãs da antologia e, apesar de ter sido redescoberta alguns anos depois, ainda se configura como uma temporada de excessos – mesmo que sua beleza estética seja impecável. Felizmente, Ryan Murphy e Brad Falchuk conseguiram nos conquistar com personagens icônicos, sendo uma delas a perigosa e sedutora Condessa.

Também conhecida por Elizabeth, essa criatura de mais de 112 anos de idade é a proprietária do Hotel Cortez e é construída com uma bela complexidade. Marcada por inúmeras tragédias em sua considerável longa existência, ela é portadora de um misterioso vírus que a compele a sugar o sangue de pessoas inocentes para se manter viva. A Condessa foi interpretada com exímia proeza por Lady Gaga, que inclusive levou para casa o Globo de Ouro por sua performance.

  1. MOIRA O’HARA (‘MURDER HOUSE’)

American Horror Story começou em 2011 e prometia desconstruir os dramas sobrenaturais da televisão contemporânea ao nos convidar para conhecer a assustadora Murder House (Casa dos Assassinatos). E, em meio a seus fantasmagóricos residentes, uma delas que definitivamente nos chamou a atenção foi a femme fatale Moira O’Hara.

Apesar de sua triste história, Moira não é flor que se cheire. Ela, na verdade, se transforma em uma versão mais jovem de si mesma para seduzir Ben Harmon (Dylan McDermott) e deseja mais que tudo que seus ossos sejam encontrados e que ela possa encontrar salvação. Frances Conroy e Alexandra Breckenridge deram vida às duas versões da personagem.

  1. LIZ TAYLOR (‘HOTEL’)

Denis O’Hare tem uma extensa filmografia que o coloca como um dos camaleões da indústria do entretenimento contemporânea – e é por essa razão que não poderíamos deixar de colocá-lo na nossa lista. Depois de ter dado vida a vilões como o mordomo Spalding e ao falsário Stanley, O’Hare encontrou sua excelência ao interpretar à bartender Liz Taylor na quinta temporada da antologia.

Em conflito com sua orientação sexual e seu gênero, Liz nasceu no corpo de Nick Pryor e sempre se sentiu diferente dos outros. Ela costumava pegar os vestidos de sua mulher, levando-os em suas viagens e colocando-os quando estava sozinha em seu quarto de hotel. Não foi até cruzar caminho com a Condessa que Liz, cujo nome faz menção à lenda Elizabeth Taylor, aceitou quem realmente era, tornando-se uma das residentes e funcionárias do Hotel Cortez como gratidão à sua “salvadora”.

  1. MADAME DELPHINE LALAURIE (‘COVEN’)

Baseada em fatos reais, Madame Delphine LaLaurie foi uma socialite estadunidense que supostamente era uma assassina em série, tendo torturado e mutilado mais de noventa escravos negros. Ainda que sua história tenha sido exagerada ao longo do tempo, Murphy e Falchuk de fato não se importaram com os excessos místicos de sua personalidade e a trouxeram para o panteão televisivo com complexidade assustadora.

Kathy Bates fez sua estreia em AHS ao encarnar uma das maiores vilãs da produção – ficando irreconhecível em tela. Mergulhada em um quase arco de redenção, Delphine LaLaurie é uma daquelas personagens pela qual rezamos que se dê mal no final.

  1. BETTE E DOT TATTLER (‘FREAKSHOW’)

‘Freakshow’ tinha tudo para se tornar a melhor temporada da série, mas falhou em diversos aspectos – principalmente ao se livrar de seu melhor personagem, Twisty, nos primeiros episódios. Ainda que saturada de coadjuvantes e até mesmo protagonistas descartáveis, alguns deles emergiram em uma construção incrível e recheada de controvérsias e reviravoltas surpreendentes.

Uma delas (duas, no caso) foi Bette e Dot Tattler: as irmãs siamesas não são apenas marginalizadas por sua condição genética, entrando para o circo de Elsa Mars (Jessica Lange) como forma de sobreviverem, mas possuem sonhos um tanto quanto perigosos. Sarah Paulson encarnou as duas personagens e mostrou que uma das melhores atrizes de sua geração, fornecendo perspectivas totalmente opostas para Bette e Dot – e arrancando-nos lágrimas e suspiros do começo ao fim devido ao seu arco.

  1. FIONA GOODE (‘COVEN’)

Lange talvez seja a melhor atriz que já deu as caras em American Horror Story. A atriz fez sua estreia em ‘Murder House’ e apareceu como protagonista até ‘Freakshow’, reaparecendo em um breve episódio de ‘Apocalypse’. E, ainda que a temporada em si falhe, ela sempre se encontra em um patamar de perfeição artística e faz de tudo para nos vender seu personagem (por mais intragável que seja).

Fiona Goode é um desses casos: a bruxa Suprema de sua geração vive no pecaminoso e banal mundo dos vícios e é a principal responsável pela linhagem das feiticeiras de Salem ter decaído a um nível tão baixo. Querendo manter seu status, ela passa os últimos meses de sua conturbada vida em busca da próxima Suprema, desejando matá-la e, dessa forma, recuperar sua glória.

  1. CONSTANCE LANGDON (‘MURDER HOUSE’, ‘APOCALYPSE’)

Assim como Moira, Constance Langdon é outra das personagens de ‘Murder House’ que nos cativa desde sua primeira aparição. Constance é vizinha da família Harmon e, apesar da elegante postura e de sua construção como uma clássica Southern belle, ela esconde segredos sinistros de seu passado e está disposta a fazer qualquer coisa para reaver o casarão outrora sob sua tutela.

Constance, que também foi interpretada por Lange, assassinou seu marido ao suspeitar de uma possível traição com a empregada Moira. Não satisfeita o bastante, ela seduziu o bancário responsável pela escritura da casa e foi responsável pela morte de sua família. Ela também é mãe dos falecidos Tate (Evan Peters), fuzilado por um esquadrão da SWAT, e de Adelaide (Jamie Brewer), que morreu atropelada.

  1. DR. OLIVER THREDSON (‘ASYLUM’)

American Horror Story: Asylum’ não é a melhor temporada da antologia de terror por poucas razões: além de uma sólida narrativa ambientada nos anos 1960 e de uma estética cênica muito bem estruturada do começo ao fim, o segundo ano da série nos apresentou aos melhores e mais explorados personagens do panteão – e, partindo desse princípio, não poderíamos deixar os vilões de fora da nossa lista.

Oliver Thredson (Zachary Quinto) é o clássico cavaleiro branco cuja sombria personalidade é mantida em segredo o máximo possível, sendo revelada em um momento de paz atmosférica. O psiquiatra contratado para trabalhar no Manicômio Briarcliff é, na verdade, o terrível serial killer Face Sangrenta, que passou a vida inteira sofrendo com o abandono da mãe e esfolava mulheres “inadequadas” para fazer móveis ou para modernizar sua máscara.

  1. IRMÃ JUDE (‘ASYLUM’)

Esse é o caso de uma personagem que amamos odiar e que, pouco depois, odiamos amá-la. A Irmã Jude, mais uma vez interpretada por Jessica Lange, é a freira-chefe encarregada da disciplina de Briarcliff. Sua bruta personalidade é resultado de uma vida boêmia que, eventualmente, ocasionou a morte de uma jovem criança.

Jude acredita piamente que doenças mentais é um eufemismo para “pecado”. Comprometida com sua nova missão, ela acredita que a instituição pode se transformar em um modelo de salvação – isso é, até ser acusada de assassinato e se tornar uma das pacientes. No final das contas, ela tenta fazer algo bom e tenta a todo custo ajudar Lana Winters (Paulson) a fugir daquele lugar e a contar para o mundo os podres daquele lugar. Ela encontra redenção em um último suspiro de vida e abraça a morte como uma velha amiga.

  1. LANA WINTERS (‘ASYLUM’, ‘ROANOKE’)

Paulson e Lange são uma dupla incomparável dentro do cânone de AHS, da mesma forma que esta interpretou Jude em ‘Asylum’, aquela protagonizou a segunda temporada como a jornalista lésbica Lana Winters, cuja sexualidade era condenável à época da narrativa. Não é surpresa que Lana é forçosamente admitida em Briarcliff e é submetida a terapias torturantes para se livrar de sua personalidade “transgressora”.

Porém, Lana também não é a própria perfeição da natureza. Após conseguir escapar daquele lugar e matar o Face Sangrenta, ela encontra fama ao lançar um livro sobre suas experiências como prisioneira da instituição, mergulhando num arco de anti-heroína até recuperar seu senso e voltar para resgatar Jude. Sua complexidade é deliciosamente construída – e até hoje não entendemos como ela não levou Emmy pela performance.

  1. IRMÃ MARY EUNICE (‘ASYLUM’, ‘FREAKSHOW’)

O Diabo em pessoa – literalmente.

‘Asylum’ é dotado de diversos personagens icônicos e memoráveis, mas nenhum deles é tão bem construído ou perigoso quando a Irmã Mary Eunice. Interpretada pela incrível habilidade sedutora de Lily Rabe, a noviça de Briarcliff era ingênua, submissa e fazia de tudo para agradar aos seus superiores – ainda que não concordasse com as atitudes da instituição.

Entretanto, as coisas mudam depois que Mary Eunice presencia uma sessão de exorcismo durante a qual o demônio em si sai do corpo de sua vítima e mergulha no santificado e perturbado corpo da freira. É a partir daí que as coisas ficam bastante complicadas: guiada pelas forças das trevas, ela se transforma em uma femme fatale e leva até o mais liberto dos homens a se render às volúpias da carne.

Ela é poderosa, mortal e movida por uma aura súcuba que até hoje não foi superada. E, como se não bastasse, a personagem é vestida de corpo e alma por Rabe em uma das melhores performances de sua carreira.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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Em 2011, Ryan Murphy e Brad Falchuk resolviam fornecer uma perspectiva mais dramática e mais sedutora para as clássicas histórias de terror que sempre povoaram o imaginário popular. E foi assim que a antologia American Horror Story nasceu, instantaneamente conquistando o afeto do público e levando para casa uma aclamação considerável por parte da crítica.

Entre acertos e erros, a produção não alcançaria o status que tem hoje apenas por uma competente narrativa: era preciso, também, que cada temporada trouxesse consigo personagens memoráveis e com arcos complexos e críveis que permitissem até o mais cético dos telespectadores ser drenado para a densa atmosfera dos episódios.

Com a estreia das oito primeiras temporadas na Amazon Prime, separamos as doze melhores personas a já aparecerem no panteão AHS, explicando o motivo por tais protagonistas ou coadjuvantes roubarem a atenção mais de uma vez.

Confira abaixo nossas escolhas e conte para nós qual o seu personagem favorito:

  1. MONTANA DUKE (‘1984’)

A nona temporada de American Horror Story começou há algumas semanas, mas já se tornou uma das favoritas do público e da crítica – e não é por menos: além de entregar uma competente narrativa ambientada nos arrepiantes cenários dos slasher dos anos 1980, a iteração também abriu espaço para alguns personagens memoráveis e muito bem construídos, incluindo Montana Duke.

Se você achava que Billie Lourd não conseguiria sair de sua expressividade blasé das outras temporadas, sinto dizer que está enganado. Em ‘1984’, a atriz encarna com precisão e minúcia a jovem Montana, que aparentemente mostra-se como uma amiga mais rebelde dos outros monitores do Acampamento Redwood, mas logo revela ser uma problemática assassina sedenta por vingança.

  1. A CONDESSA (‘HOTEL’)

‘Hotel’ passou longe de agradar os fãs da antologia e, apesar de ter sido redescoberta alguns anos depois, ainda se configura como uma temporada de excessos – mesmo que sua beleza estética seja impecável. Felizmente, Ryan Murphy e Brad Falchuk conseguiram nos conquistar com personagens icônicos, sendo uma delas a perigosa e sedutora Condessa.

Também conhecida por Elizabeth, essa criatura de mais de 112 anos de idade é a proprietária do Hotel Cortez e é construída com uma bela complexidade. Marcada por inúmeras tragédias em sua considerável longa existência, ela é portadora de um misterioso vírus que a compele a sugar o sangue de pessoas inocentes para se manter viva. A Condessa foi interpretada com exímia proeza por Lady Gaga, que inclusive levou para casa o Globo de Ouro por sua performance.

  1. MOIRA O’HARA (‘MURDER HOUSE’)

American Horror Story começou em 2011 e prometia desconstruir os dramas sobrenaturais da televisão contemporânea ao nos convidar para conhecer a assustadora Murder House (Casa dos Assassinatos). E, em meio a seus fantasmagóricos residentes, uma delas que definitivamente nos chamou a atenção foi a femme fatale Moira O’Hara.

Apesar de sua triste história, Moira não é flor que se cheire. Ela, na verdade, se transforma em uma versão mais jovem de si mesma para seduzir Ben Harmon (Dylan McDermott) e deseja mais que tudo que seus ossos sejam encontrados e que ela possa encontrar salvação. Frances Conroy e Alexandra Breckenridge deram vida às duas versões da personagem.

  1. LIZ TAYLOR (‘HOTEL’)

Denis O’Hare tem uma extensa filmografia que o coloca como um dos camaleões da indústria do entretenimento contemporânea – e é por essa razão que não poderíamos deixar de colocá-lo na nossa lista. Depois de ter dado vida a vilões como o mordomo Spalding e ao falsário Stanley, O’Hare encontrou sua excelência ao interpretar à bartender Liz Taylor na quinta temporada da antologia.

Em conflito com sua orientação sexual e seu gênero, Liz nasceu no corpo de Nick Pryor e sempre se sentiu diferente dos outros. Ela costumava pegar os vestidos de sua mulher, levando-os em suas viagens e colocando-os quando estava sozinha em seu quarto de hotel. Não foi até cruzar caminho com a Condessa que Liz, cujo nome faz menção à lenda Elizabeth Taylor, aceitou quem realmente era, tornando-se uma das residentes e funcionárias do Hotel Cortez como gratidão à sua “salvadora”.

  1. MADAME DELPHINE LALAURIE (‘COVEN’)

Baseada em fatos reais, Madame Delphine LaLaurie foi uma socialite estadunidense que supostamente era uma assassina em série, tendo torturado e mutilado mais de noventa escravos negros. Ainda que sua história tenha sido exagerada ao longo do tempo, Murphy e Falchuk de fato não se importaram com os excessos místicos de sua personalidade e a trouxeram para o panteão televisivo com complexidade assustadora.

Kathy Bates fez sua estreia em AHS ao encarnar uma das maiores vilãs da produção – ficando irreconhecível em tela. Mergulhada em um quase arco de redenção, Delphine LaLaurie é uma daquelas personagens pela qual rezamos que se dê mal no final.

  1. BETTE E DOT TATTLER (‘FREAKSHOW’)

‘Freakshow’ tinha tudo para se tornar a melhor temporada da série, mas falhou em diversos aspectos – principalmente ao se livrar de seu melhor personagem, Twisty, nos primeiros episódios. Ainda que saturada de coadjuvantes e até mesmo protagonistas descartáveis, alguns deles emergiram em uma construção incrível e recheada de controvérsias e reviravoltas surpreendentes.

Uma delas (duas, no caso) foi Bette e Dot Tattler: as irmãs siamesas não são apenas marginalizadas por sua condição genética, entrando para o circo de Elsa Mars (Jessica Lange) como forma de sobreviverem, mas possuem sonhos um tanto quanto perigosos. Sarah Paulson encarnou as duas personagens e mostrou que uma das melhores atrizes de sua geração, fornecendo perspectivas totalmente opostas para Bette e Dot – e arrancando-nos lágrimas e suspiros do começo ao fim devido ao seu arco.

  1. FIONA GOODE (‘COVEN’)

Lange talvez seja a melhor atriz que já deu as caras em American Horror Story. A atriz fez sua estreia em ‘Murder House’ e apareceu como protagonista até ‘Freakshow’, reaparecendo em um breve episódio de ‘Apocalypse’. E, ainda que a temporada em si falhe, ela sempre se encontra em um patamar de perfeição artística e faz de tudo para nos vender seu personagem (por mais intragável que seja).

Fiona Goode é um desses casos: a bruxa Suprema de sua geração vive no pecaminoso e banal mundo dos vícios e é a principal responsável pela linhagem das feiticeiras de Salem ter decaído a um nível tão baixo. Querendo manter seu status, ela passa os últimos meses de sua conturbada vida em busca da próxima Suprema, desejando matá-la e, dessa forma, recuperar sua glória.

  1. CONSTANCE LANGDON (‘MURDER HOUSE’, ‘APOCALYPSE’)

Assim como Moira, Constance Langdon é outra das personagens de ‘Murder House’ que nos cativa desde sua primeira aparição. Constance é vizinha da família Harmon e, apesar da elegante postura e de sua construção como uma clássica Southern belle, ela esconde segredos sinistros de seu passado e está disposta a fazer qualquer coisa para reaver o casarão outrora sob sua tutela.

Constance, que também foi interpretada por Lange, assassinou seu marido ao suspeitar de uma possível traição com a empregada Moira. Não satisfeita o bastante, ela seduziu o bancário responsável pela escritura da casa e foi responsável pela morte de sua família. Ela também é mãe dos falecidos Tate (Evan Peters), fuzilado por um esquadrão da SWAT, e de Adelaide (Jamie Brewer), que morreu atropelada.

  1. DR. OLIVER THREDSON (‘ASYLUM’)

American Horror Story: Asylum’ não é a melhor temporada da antologia de terror por poucas razões: além de uma sólida narrativa ambientada nos anos 1960 e de uma estética cênica muito bem estruturada do começo ao fim, o segundo ano da série nos apresentou aos melhores e mais explorados personagens do panteão – e, partindo desse princípio, não poderíamos deixar os vilões de fora da nossa lista.

Oliver Thredson (Zachary Quinto) é o clássico cavaleiro branco cuja sombria personalidade é mantida em segredo o máximo possível, sendo revelada em um momento de paz atmosférica. O psiquiatra contratado para trabalhar no Manicômio Briarcliff é, na verdade, o terrível serial killer Face Sangrenta, que passou a vida inteira sofrendo com o abandono da mãe e esfolava mulheres “inadequadas” para fazer móveis ou para modernizar sua máscara.

  1. IRMÃ JUDE (‘ASYLUM’)

Esse é o caso de uma personagem que amamos odiar e que, pouco depois, odiamos amá-la. A Irmã Jude, mais uma vez interpretada por Jessica Lange, é a freira-chefe encarregada da disciplina de Briarcliff. Sua bruta personalidade é resultado de uma vida boêmia que, eventualmente, ocasionou a morte de uma jovem criança.

Jude acredita piamente que doenças mentais é um eufemismo para “pecado”. Comprometida com sua nova missão, ela acredita que a instituição pode se transformar em um modelo de salvação – isso é, até ser acusada de assassinato e se tornar uma das pacientes. No final das contas, ela tenta fazer algo bom e tenta a todo custo ajudar Lana Winters (Paulson) a fugir daquele lugar e a contar para o mundo os podres daquele lugar. Ela encontra redenção em um último suspiro de vida e abraça a morte como uma velha amiga.

  1. LANA WINTERS (‘ASYLUM’, ‘ROANOKE’)

Paulson e Lange são uma dupla incomparável dentro do cânone de AHS, da mesma forma que esta interpretou Jude em ‘Asylum’, aquela protagonizou a segunda temporada como a jornalista lésbica Lana Winters, cuja sexualidade era condenável à época da narrativa. Não é surpresa que Lana é forçosamente admitida em Briarcliff e é submetida a terapias torturantes para se livrar de sua personalidade “transgressora”.

Porém, Lana também não é a própria perfeição da natureza. Após conseguir escapar daquele lugar e matar o Face Sangrenta, ela encontra fama ao lançar um livro sobre suas experiências como prisioneira da instituição, mergulhando num arco de anti-heroína até recuperar seu senso e voltar para resgatar Jude. Sua complexidade é deliciosamente construída – e até hoje não entendemos como ela não levou Emmy pela performance.

  1. IRMÃ MARY EUNICE (‘ASYLUM’, ‘FREAKSHOW’)

O Diabo em pessoa – literalmente.

‘Asylum’ é dotado de diversos personagens icônicos e memoráveis, mas nenhum deles é tão bem construído ou perigoso quando a Irmã Mary Eunice. Interpretada pela incrível habilidade sedutora de Lily Rabe, a noviça de Briarcliff era ingênua, submissa e fazia de tudo para agradar aos seus superiores – ainda que não concordasse com as atitudes da instituição.

Entretanto, as coisas mudam depois que Mary Eunice presencia uma sessão de exorcismo durante a qual o demônio em si sai do corpo de sua vítima e mergulha no santificado e perturbado corpo da freira. É a partir daí que as coisas ficam bastante complicadas: guiada pelas forças das trevas, ela se transforma em uma femme fatale e leva até o mais liberto dos homens a se render às volúpias da carne.

Ela é poderosa, mortal e movida por uma aura súcuba que até hoje não foi superada. E, como se não bastasse, a personagem é vestida de corpo e alma por Rabe em uma das melhores performances de sua carreira.

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