quarta-feira , 20 novembro , 2024

Elenco de ‘Mais que Amigos’ fala sobre a importância do filme para os dias de hoje [COLETIVA]

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Cuidado: spoilers da trama à frente.

Em alguns dias, a Universal Pictures irá lançar a comédia romântica LGBTQIA+ Mais que Amigos nos cinemas nacionais – a primeira produção queer de um grande estúdio em que o elenco inteiro é formado por membros da comunidade.



A trama acompanha uma uma amizade improvável entre dois homens que lentamente se apaixonam pelo outro. Em um clube gay em uma noite qualquer, Bobby Leiber (Billy Eichner) esbarra em Aaron (Luke Macfarlane) – que está sem uma camisa. Os dois começam a conversar e acabam construindo um relacionamento sobre sua superioridade sarcástica sobre a insipidez dos gays do clube que os cercam. Aaron é um advogado corporativo, mas fora de contato com a cultura queer e política – fazendo com que Bobby duvide seriamente se Aaron é realmente gay. Inicialmente, não há exatamente muita química ou conexão entre os dois, exceto em seu desconforto compartilhado com a vulnerabilidade. Mas com o tempo passando, os dois acabam se abrindo para si mesmos, contando sobre suas vidas, aspirações e vulnerabilidades.

Recentemente, tivemos o prazer de conversar com o elenco do filme, incluindo Macfarlane, TS MadisonJim RashDot-Marie JonesMiss Lawrence. Também pudemos conversar com o diretor Nicholas Stoller e com o roteirista e protagonista Billy Eichner (que você confere aqui).

Um dos principais pontos em relação ao longa-metragem é o fato de ser a primeira produção de um grande estúdio a contar com um elenco totalmente LGBTQIA+ e que abraçasse os múltiplos espectros da comunidade. Quando questionada sobre a importância do projeto, Jones respondeu:

“Eu acho que há muita deturpação, mas, neste filme, sinto que… Digo, o elenco inteiro é LGBTQIA+ e a representação que vemos, para os mais novos… Eu queria ter tido isso 25, 30 anos atrás, porque nos daria uma sensação de confiança: ‘eu me vi e preciso aceitar mais quem eu sou e como eu fui criada e feita’. E ficar bem com isso, não sentir medo e se sentir rejeitada. Isso é algo que amo sobre o filme, a inclusão e todos os LGBTQIA+ sendo representados. Eu amo isso”.

Jones ganhou fama ao participar da adorada série ‘Glee’ como a Treinadora Beiste. A atriz falou sobre a recepção da série pelo público brasileiro e de que forma Beiste se conecta com Cherry (personagem que interpreta em Mais que Amigos).

“Devo dizer que nunca tive uma experiência igual a quando eu estava em ‘Glee’. Os fãs brasileiros são incríveis e eles ainda entram em contato. O amor deles pelo show e pelos personagens é arrebatador, e acho que, em ‘Glee’, [o criador] Ryan [Murphy] atinge o público através de cada episódio e das tramas. Já em Mais que Amigos, é lindamente mostrado como a comunidade LGBTQIA+ se une. Vão assistir, é hilário; encontre sua comunidade, leve-a para ver, ria, chore e apenas amem e apoiem uns aos outros, porque é o que temos”, ela falou.

Rash, que dá vida a Robert na comédia, também não é um rosto desconhecido e estrelou outra série muito conhecida, ‘Community’, sobre a qual também falou na coletiva.

“Eu tive a sorte de participar por seis incríveis anos de ‘Community’, o que era, de certa maneira, uma família. E é isso o que Mais que Amigos é, é uma família diferente, da qual tenho muito orgulho de fazer parte. Me sinto muito orgulhoso de fazer parte de um filme em que podemos ser quem somos. Então, se há algo que os une, é o fato de existir uma família e se divertir, conhecer um ao outro e amar um ao outro”.

Na produção, Bobby é construído de um jeito bastante relacionável com aqueles que querem encontrar algum tipo de relacionamento, principalmente dentro da comunidade queer. E é claro que todos nós conhecemos alguém igual a ele, incluindo Madison e Lawrence, que inclusive deram conselhos para quem quer se envolver com outras pessoas.

“Eu conheço uma mulher heterossexual que é igual a [Bobby]. E eu sempre digo a ela: ‘querida, o homem dos seus sonhos não vai aparecer, porque as pessoas vêm com problemas. O homem perfeito não vai estar lá fora, você vai ter que construí-lo. E, sabe, pare de reclamar sobre essas coisas. Um homem não gosta de gente que reclama. Vá lá, faça o que tem que fazer, e ele vai aparecer’”, Madison disse.

Lawrence completa: “definitivamente, há vários Bobbys no mundo. Meu conselho para as pessoas que querem qualquer tipo de relacionamento e amor é mostrar autenticidade e honrar quem você é e o seu interior. E não esperar nada menos de seu parceiro”.

A dupla falou sobre a importância de um filme como esses para a atualidade, dizendo que já era hora do mainstream ter uma produção estrelada inteiramente por LGBTQIA+.

“A primeira coisa que pensei foi: ‘já era hora’. Já era hora de nos representarmos e contar as nossas histórias no cinema e na televisão”, Lawrence falou.

“Pensei a mesma coisa”, Madison acrescenta. “Já passou do tempo. Não deveria ter demorado tanto para acontecer, mas as coisas acontecem no momento em que precisam”.

Além de Eichner, Macfarlane estrela o longa-metragem e dá vida a Aaron, um homem padrão que trabalha em um escritório testamentário e que não sabe como ser quem realmente é, independente do que as pessoas vão achar. Durante a entrevista, Macfarlane disse que teve liberdade considerável para infundir o personagem com suas próprias experiências, rasgando elogios para a conduta de Eichner.

“Billy foi muito generoso em me oferecer algumas incursões sobre o personagem e ele também me permitiu ter a própria visão [de Aaron]. É intimidador estar em cena com a pessoa que escreveu o roteiro, mas acho que ele confiou em mim e, no processo de audição, descobrimos que tínhamos química. Ele permitiu que eu fosse eu mesmo o máximo possível, mas, dentro do contexto do roteiro, realmente tem que ser sobre o nosso relacionamento. Não me senti pressionado em fazer coisas que ele queria que eu fizesse; caso contrário, eu não teria ficado tão livre para me apaixonar por ele nas telas. Sempre me senti apoiado por Billy”, ele disse.

Lembrando que Mais que Amigos chega aos cinemas nacionais em 06 de outubro.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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A trama acompanha uma uma amizade improvável entre dois homens que lentamente se apaixonam pelo outro. Em um clube gay em uma noite qualquer, Bobby Leiber (Billy Eichner) esbarra em Aaron (Luke Macfarlane) – que está sem uma camisa. Os dois começam a conversar e acabam construindo um relacionamento sobre sua superioridade sarcástica sobre a insipidez dos gays do clube que os cercam. Aaron é um advogado corporativo, mas fora de contato com a cultura queer e política – fazendo com que Bobby duvide seriamente se Aaron é realmente gay. Inicialmente, não há exatamente muita química ou conexão entre os dois, exceto em seu desconforto compartilhado com a vulnerabilidade. Mas com o tempo passando, os dois acabam se abrindo para si mesmos, contando sobre suas vidas, aspirações e vulnerabilidades.

Recentemente, tivemos o prazer de conversar com o elenco do filme, incluindo Macfarlane, TS MadisonJim RashDot-Marie JonesMiss Lawrence. Também pudemos conversar com o diretor Nicholas Stoller e com o roteirista e protagonista Billy Eichner (que você confere aqui).

Um dos principais pontos em relação ao longa-metragem é o fato de ser a primeira produção de um grande estúdio a contar com um elenco totalmente LGBTQIA+ e que abraçasse os múltiplos espectros da comunidade. Quando questionada sobre a importância do projeto, Jones respondeu:

“Eu acho que há muita deturpação, mas, neste filme, sinto que… Digo, o elenco inteiro é LGBTQIA+ e a representação que vemos, para os mais novos… Eu queria ter tido isso 25, 30 anos atrás, porque nos daria uma sensação de confiança: ‘eu me vi e preciso aceitar mais quem eu sou e como eu fui criada e feita’. E ficar bem com isso, não sentir medo e se sentir rejeitada. Isso é algo que amo sobre o filme, a inclusão e todos os LGBTQIA+ sendo representados. Eu amo isso”.

Jones ganhou fama ao participar da adorada série ‘Glee’ como a Treinadora Beiste. A atriz falou sobre a recepção da série pelo público brasileiro e de que forma Beiste se conecta com Cherry (personagem que interpreta em Mais que Amigos).

“Devo dizer que nunca tive uma experiência igual a quando eu estava em ‘Glee’. Os fãs brasileiros são incríveis e eles ainda entram em contato. O amor deles pelo show e pelos personagens é arrebatador, e acho que, em ‘Glee’, [o criador] Ryan [Murphy] atinge o público através de cada episódio e das tramas. Já em Mais que Amigos, é lindamente mostrado como a comunidade LGBTQIA+ se une. Vão assistir, é hilário; encontre sua comunidade, leve-a para ver, ria, chore e apenas amem e apoiem uns aos outros, porque é o que temos”, ela falou.

Rash, que dá vida a Robert na comédia, também não é um rosto desconhecido e estrelou outra série muito conhecida, ‘Community’, sobre a qual também falou na coletiva.

“Eu tive a sorte de participar por seis incríveis anos de ‘Community’, o que era, de certa maneira, uma família. E é isso o que Mais que Amigos é, é uma família diferente, da qual tenho muito orgulho de fazer parte. Me sinto muito orgulhoso de fazer parte de um filme em que podemos ser quem somos. Então, se há algo que os une, é o fato de existir uma família e se divertir, conhecer um ao outro e amar um ao outro”.

Na produção, Bobby é construído de um jeito bastante relacionável com aqueles que querem encontrar algum tipo de relacionamento, principalmente dentro da comunidade queer. E é claro que todos nós conhecemos alguém igual a ele, incluindo Madison e Lawrence, que inclusive deram conselhos para quem quer se envolver com outras pessoas.

“Eu conheço uma mulher heterossexual que é igual a [Bobby]. E eu sempre digo a ela: ‘querida, o homem dos seus sonhos não vai aparecer, porque as pessoas vêm com problemas. O homem perfeito não vai estar lá fora, você vai ter que construí-lo. E, sabe, pare de reclamar sobre essas coisas. Um homem não gosta de gente que reclama. Vá lá, faça o que tem que fazer, e ele vai aparecer’”, Madison disse.

Lawrence completa: “definitivamente, há vários Bobbys no mundo. Meu conselho para as pessoas que querem qualquer tipo de relacionamento e amor é mostrar autenticidade e honrar quem você é e o seu interior. E não esperar nada menos de seu parceiro”.

A dupla falou sobre a importância de um filme como esses para a atualidade, dizendo que já era hora do mainstream ter uma produção estrelada inteiramente por LGBTQIA+.

“A primeira coisa que pensei foi: ‘já era hora’. Já era hora de nos representarmos e contar as nossas histórias no cinema e na televisão”, Lawrence falou.

“Pensei a mesma coisa”, Madison acrescenta. “Já passou do tempo. Não deveria ter demorado tanto para acontecer, mas as coisas acontecem no momento em que precisam”.

Além de Eichner, Macfarlane estrela o longa-metragem e dá vida a Aaron, um homem padrão que trabalha em um escritório testamentário e que não sabe como ser quem realmente é, independente do que as pessoas vão achar. Durante a entrevista, Macfarlane disse que teve liberdade considerável para infundir o personagem com suas próprias experiências, rasgando elogios para a conduta de Eichner.

“Billy foi muito generoso em me oferecer algumas incursões sobre o personagem e ele também me permitiu ter a própria visão [de Aaron]. É intimidador estar em cena com a pessoa que escreveu o roteiro, mas acho que ele confiou em mim e, no processo de audição, descobrimos que tínhamos química. Ele permitiu que eu fosse eu mesmo o máximo possível, mas, dentro do contexto do roteiro, realmente tem que ser sobre o nosso relacionamento. Não me senti pressionado em fazer coisas que ele queria que eu fizesse; caso contrário, eu não teria ficado tão livre para me apaixonar por ele nas telas. Sempre me senti apoiado por Billy”, ele disse.

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