Apenas dois dias após a criticada ordem executiva de Donald Trump, proibindo viagens aos Estados Unidos de imigrantes oriundos de sete países (todos com maioria muçulmana), o presidente norte-americano realizou uma sessão de cinema na Casa Branca de ‘Procurando Dory’.
A intérprete de Dory, a apresentadora Ellen Degeneres, aproveitou a ocasião para afirmar na abertura de seu programa, nesta terça-feira (31), que espera que a experiência tenha lhe ensinado uma lição.
Nos primeiros minutos de seu programa, Ellen abordou as questões relacionadas ao banimento de imigrantes de origem muçulmana, utilizando o roteiro de ‘Procurando Dory’ para ilustrar o assunto.
“Como eu disse, eu não quero entrar no mérito da política, então não vou falar sobre a proibição de viajar. Eu só vou falar sobre o nada político e bem familiar, vencedor do prêmio People’s Choice Award, ‘Procurando Dory’”.
Degeneres continuou explanando o enredo da animação da Pixar, associando a trama com a atual situação política americana:
“Dory mora na Austrália e seus pais moram na América. Eu não sei a qual religião eles pertencem, mas seu pai [interpretado por Eugene Levy] soa um pouco judeu. Não importa. Dory chega na América com seus amigos Marlin e Nemo e acaba ficando ‘presa’ no Instituto Vida Marinha, atrás de uma grande parede. Todos eles têm que passar por cima da parede, e você não vai acreditar, mas essa parede não tem quase nenhum efeito em mantê-los fora”. Ela continuou: “Mesmo que Dory entre na América, ela acaba separada de sua família, mas os outros animais a ajudam. Animais que nem precisam dela. Animais que não têm nada em comum com ela. Eles a ajudam, mesmo que sejam de cores completamente diferentes. Porque isso é o que você faz quando você vê alguém em necessidade – você os ajuda.
Ellen concluiu :“Então é isso que eu espero que todos os que estão assistindo ‘Procurando Dory’ tenham aprendido’.
Confira o vídeo com o monólogo da apresentadora, sem legendas: