Após uma publicação de Elon Musk no X/Twitter, grandes empresas como Disney, Comcast, Warner Bros Discovery, Paramount Global e Lions Gate Entertainment anunciaram que não irão mais veicular anúncios na rede social. O bilionário proprietário da plataforma, Elon Musk, se manifestou sobre o ocorrido.
De forma visivelmente irritada, Musk declarou que os anunciantes que retiraram seus investimentos do X/Twitter, estavam tentando “chantagear” a empresa, ameaçando levá-la à falência.
O bilionário então deixou uma mensagem direcionada aos grandes anunciantes, incluindo a Disney: “Vão se f***. Vão. Se. F***. Está claro?”, disse ele na quarta-feira no New York Times. Musk ainda criticou os anunciantes que estavam se fazendo parecer virtuosos enquanto eram “maléficos”.
Anteriormente, no New York Times, o CEO da Disney, Bob Iger, falou sobre a decisão de interromper os gastos com publicidade no X/Twitter. “Eu tenho muito respeito por Elon e pelo que ele realizou”, disse Iger. No entanto, dado “a posição [de Musk], de maneira bastante pública”, a Disney concluiu que sua associação com Musk e o X/Twitter “não era necessariamente positiva para nós”.
Ao ser questionado sobre isso, Musk disse que se uma empresa como a Disney “vai tentar me chantagear com publicidade”, não deveria anunciar no X/Twitter. “Ei, Bob, se você está na plateia, é assim que me sinto, não anuncie!”, disse Musk.
A polemica começou após Musk endossar uma teoria antissemita de substituição, escrevendo “Você disse a verdade real” — o que recebeu uma condenação da Casa Branca por sua “promoção abominável do ódio antissemita e racista”.
Musk, no New York Times, admitiu: “Eu não deveria ter respondido àquela pessoa específica… Basicamente, entreguei uma arma carregada para aqueles que me odeiam”, chamando-o de um dos posts “mais tolos” que já fez no X/Twitter.
Musk afirmou ter esclarecido seu comentário em postagens seguintes. Explicou que sua intenção era destacar que grupos perseguidos, financiados por organizações judaicas, estavam incitando ataques contra pessoas judias. “O que eu estava dizendo era que é imprudente apoiar grupos que desejam sua aniquilação”, disse Musk. Ele reiterou que não é antissemita e que, “quando muito, sou filossemita” ( grupo que possui interesse ou afeição pelo povo judeu).
Musk ainda afirmou: “Não tenho problema em ser odiado… odeie à vontade”, acrescentando que é “uma verdadeira fraqueza ser querido“. Musk disse a Sorkin (entrevistador do New York Times) que a única razão pela qual está ali é porque ele é um amigo. Enquanto isso, Musk disse que sua viagem esta semana a Israel, onde foi recebido pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, não foi “uma tour de desculpas”.