quarta-feira, abril 24, 2024

Entre jóias falsas e verdadeiras: uma manhã usando o banheiro da casa da Hebe Camargo.

Impecável. Vibrante. Elegante. São as três palavras que nos vem em mente quando pensamos na apresentadora Hebe Camargo, falecida em 2012, e que completaria 90 anos agora em 2019, no dia 8 de março.

A convite da Warner Bros, que lança a biografia Hebe – A Estrela do Brasil nos cinemas nacionais em Setembro, a equipe do CinePop visitou a casa da apresentadora em São Paulo. Você imagina a oportunidade? Nem a gente.

E bem, a casa da Hebe, é, nada mais, como a imagem que a apresentadora passava ao apresentar seu programa nas noites de segunda lá no SBT: Impecável. Vibrante. Elegante.

Cercado de seguranças, desembarcamos de uma van, onde tudo parecia ser tão secreto, como uma operação super misteriosa dessas da polícia federal, Operação Gracinha seria o nome. E claro, a expectativa pairava no ar, nos momentos que estávamos à caminho da mansão onde a apresentadora morou. Ao chegar, o grupo de jornalistas que fazíamos parte, recebeu as instruções bem claras do time que nos aguardava na garagem: “Sem fotos e vídeo do interior da casa, nem do jardim”.

Num mundo de stories, snaps e check-ins, como nós mostraríamos para o mundo onde estamos? Apenas, com nossos olhos, e nossa memória, e claro, para vocês um pouco no texto. Assim, paramos na frente no casarão, todos em grupo, cercado por dois seguranças, tentando guardar na memória todos os detalhes.

A porta gigante, daquelas portas de rico sabe?, foi aberta e queixo no chão. Na medida que passamos o grande Hall de entrada, temos a visão de uma grande sala de estar, com uma escadaria gigante e um átrio lotado de peças antigas e caríssimas. “Toquei na mesa da sala de estar da Hebe” brinca um jornalista com o dedo, ao mesmo tempo longe, mas tão perto de uma mesa de madeira com detalhes em verde e ouro. Lindo demais.

O espaço é gigante, mas ficamos nem 40 segundos nele, pois marchamos para o jardim, propriedade adentro. A nossa esquerda, mais um cômodo gigante, uma área social, e à direita, um gramado verde musgo forte e uma mistura de lago com piscina. Queixo no chão novamente.

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Chegamos em outro cômodo, gigante como todos os outros, como se fosse uma grande casa da piscina, sabe daquelas de casa de novela global? Então, o evento seria lá. E essa parte da casa em si que já era enorme, era divida em outras três salas menores. Figurinos usados pela apresentadora em diferentes momentos de sua carreira eram expostos, assim como, uma penteadeira e outros móveis, todos eles com uma aparência de serem muito caros. Parecíamos elefantes gigantescos dentro de uma pequena loja de cristais.

A sala onde foi realizada o bate-papo com os produtores e a atriz Andrea Beltrão, que interpreta a Hebe nos cinemas, era um grande espaço de TV, com mais móveis gigantes, uma mesa de centro com livros e mais livros e estantes cheias de cacarecos, e fotos da Hebe com parentes e amigos.

A roteirista Carolina Kotscho, e os produtores do filme, junto com Claudio Pessutti, sobrinho da apresentadora, e a atriz Andrea Beltrão se juntam ao grupo de jornalistas para conversarem sobre a produção e apresentarem em primeira mão o trailer do longa.

O bate-papo foi bem mais interessante do que esperávamos ser efetivamente uma coletiva de imprensa, o ritmo descontraído é muito mais a cara do que a Hebe parecia ser como pessoa, mesmo com jóias caríssimas, dos sapatos de marca e as roupas de estilistas famosos, e essa talvez, seja a intenção dos produtores do filme, em que Hebe – A Estrela do Brasil, o público conheça a Hebe como a mulher que ela foi, mesmo que a apresentadora sempre aparecesse impecável e elegante dentro de casa, como afirmou Pessutti.

Holscho comenta sobre uma das curiosidades do filme Hebe – A Estrela do Brasil, foi a ideia foi utilizar as jóias reais da apresentadora para dar uma veracidade maior para as gravações, afinal o orçamento do filme jamais permitiria tal feito. Nenhuma seguradora quis bancar o valor, então, eles tratam as peças como materiais de set, jóias falsas e que eram transportados em mochilas surradas e pochetes.

O maior desafio enfrentado para o desenvolvimento de Hebe – A Estrela do Brasil foi qual o caminho iria ser seguido pelo roteiro. A trama irá se passar nos anos 80, e o filme irá tocar em vários momentos da vida da apresentadora, até mesmo alguns mais pessoais, e outros um mais pouco mais turbulentos.

No final, a recepção continuou dentro daquele cômodo gigante, onde pudemos viver uma parte minúscula da vida de Hebe Camargo. E claro, não perdemos a oportunidade de usar o banheiro, também gigante, e todo decorado por um papel de parede claro com flores e um um tom bem tropical. O espelho gigante preso na parede nos refletia uma realidade: “Estamos na p*rra da casa da Hebe Camargo!”

E ela, a nossa outra realidade, nos chamava de volta também, quando fazemos o caminho de volta pelos jardins e pela casa (gigante, impecável e elegante) de um dos maiores nomes da comunicação no Brasil. Terminamos o passeio e saímos de lá com a certeza que Hebe Camargo ainda vive e com a esperança que o filme mantenha a memória e o legado da grande apresentadora.

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