Uma das mais talentosas atrizes da atualidade, com mais de 20 filmes na carreira, a carioca Carol Castro se tornou um rosto bastante conhecido não só nas novelas mas também no cinema. Com diversos papéis complexos e desafiadores na carreira, inclusive a personagem Clara de Ainda Somos os Mesmos, um dos filmes exibidos no Bonito CineSur 2024 (o outro foi Passagrana), a atriz marcou presença nessa segunda edição do Festival que acontece na belíssima e turística cidade de Bonito, no Mato Grosso do Sul.
Durante o evento, antes da exibição de um dos projetos que participa, o Cinepop conseguiu entrevistá-la, e, além dos filmes exibidos no festival, falamos também sobre Jogo Cruzado nova série da Disney, onde viverá uma jornalista esportiva:
Carol, qual a importância para os realizadores com mais um festival de cinema se consolidando como essa linda segunda edição do Bonito CineSur? Você já conhecia o festival e a cidade? Tá gostando?
Carol Castro: “É minha primeira vez aqui em Bonito. Eu sempre quis conhecer. Enfim conseguir vir, tô com dois filmes na programação do Bonito CineSur desse ano (Ainda Somos os Mesmos e Passagrana). É sensacional ter mais um festival de cinema no Brasil. Simplesmente mais um polo se abrindo. A gente está falando de uma cidade super turística que não tem cinema ainda, torço pra que tenha um dia. É um festival aberto ao público, levando arte e cultura pra quem não tem acesso. É uma super sensação de dever cumprido. Estou bem feliz com tudo isso. Torço pra que tenha uma vida muito longa esse festival.”
Você tá com dois filmes aqui no Bonito CineSur. Vamos falar primeiro de ‘Ainda Somos os Mesmos’. Que personagem difícil, ein? Como foi a preparação para essa personagem? É baseada em alguma pessoa real que esteve lá naquela situação na embaixada da Argentina no Chile?
Carol Castro: “A história toda é verídica. Conheci o Paulo Nascimento (diretor) no filme Férias Trocadas, aí ele me falou desse projeto, me mostrou o roteiro, me contou a história do melhor amigo dele que viveu essa experiência e que depois faleceu de covid. Ele sentiu que era uma missão contar essa história. A minha personagem, Clara, tem uma história bem mais pesada do que aconteceu ali no filme. Esse projeto me interessou desde o princípio, exatamente por ser uma história real, ser cinema independente, e a Clara ser uma personagem completamente complexa. Eu me envolvi tanto nesse projeto que virei produtora associada. É um filme muito denso pode ser até difícil de assistir pra quem viveu essa época.
*Conheça a história do filme ‘Ainda Somos os Mesmos’ e leia nossa crítica*
Você também está em ‘Passagrana’, novo filme que está chegando em breve aos cinemas e depois aos streamings da Disney. O que você pode contar desse projeto pra gente?
Carol Castro: “Esse filme foi muito interessante. Eu conheci o Ravel (diretor do filme) em Insânia (série disponível na Disney Plus) e eu ia fazer uma outra personagem no filme. No meio do caminho mudou tudo, ai ele me fez um novo convite: para interpretar eu mesma! Foi muito divertido de fazer e eu tô do lado da dona Irene Ravache, e eu vi no olho dela o brilho de estar fazendo algo completamente diferente de tudo que ela já tenha feito principalmente no cinema. Os meninos que fazem os protagonistas são sensacionais, a Giovanna Grigio que é um talento também, a Luciana Paes que eu amo, tem participação do Marco Luque, tem o Caco Ciocler! Eu tô muito curiosa pra assistir também e ver o resultado.”
*Conheça a história do filme ‘Passagrana’ e leia nossa crítica*
Você também está em outro projeto da Disney, ‘Jogo Cruzado’, estrelada por você e o José Loreto. Como foi interpretar essa jornalista esportiva nesse universo muitas vezes machista?
Carol Castro: “Essa série foi muito bacana. Eu fiz teste pra ela. Quando eu vi que rolou, pensei: que legal! É um universo que acho muito interessante. Eu cheguei a cogitar cursar a faculdade de jornalismo. Uma professora minha dizia que eu escrevia muito bem, me apoiava para essa direção. Então, pude colocar uma parte do meu sonho em campo e conhecer esse universo através da Daniela Boaventura (Jornalista da ESPN) que foi uma referência pra mim. Fiquei a acompanhando. Ela me falou que até hoje, mesmo estando enturmada, que os companheiros de trabalho dela a respeitam, mas em alguns momentos ela sente que tem que se impor. A mulher tem que andar aqueles quilômetros extras sempre em várias profissões mas principalmente numa profissão como essa. E a minha personagem, a Isa, é uma bomba relógio! Ela tem uma inteligência absurda, um preparo absurdo, mas ela não consegue segurar o destempero dela. Ela sofre do sincericídio.”