terça-feira , 5 novembro , 2024

Entrevista com o dublador Wellington Lima – das animações ‘Dragon Ball Z’, ‘Uma Família da Pesada’ e ‘Pokemon’

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Wellington Lima é um ator, dublador e diretor de dublagem. Na carreira há cerca de 20 anos, tem muitos personagens marcantes em seu currículo, sendo a voz de, principalmente vilões em filmes, séries, desenhos e animes. Well se destacou principalmente por seus trabalhos como Majin Boo de Dragon Ball Z e Stweie de Family Guy (Uma Família da Pesada). Confira a entrevista exclusiva do CinePOP com Wellington Lima:

CinePOP: Primeiramente obrigado pelo feedback! Você tem muitos personagens marcantes em sua carreira de dublador como, por exemplo, o Majin Boo (Dragon Ball), Stewie (Family Guy) e Professor Carvalho (Pokemon). Você é mais reconhecido pelos fãs por qual trabalho?

Wellington Lima: Isso depende muito da época. Eu diria que sou reconhecido por Majin Boo, Stewie Griffin, Dohko de Libra, Dr Foreman e Agente Mahone. Esses são o Top 5.

CP: Por falar no vilão de Dragon Ball Z, foi um alívio quando o personagem passou por uma transformação e fez com que você forçasse menos a voz, já que na forma gorda, em tese, te exigia mais em relação ao trabalho vocal? 

WL: Sim! Minha voz  é grave, então fazer a voz aguda (falsete) é muito difícil pra mim. Fazer uma frase é moleza, mas uma temporada inteira é muito difícil. Então, pra fazer o Boo gordo eu saí da minha zona de conforto. Foi difícil.

CP: “Vou te comer” e “vou te transformar em biscoito de chocolate” são frases que até hoje te perseguem? 

WL: Sim!! “vou te comer” vai marcar pro resto da vida. Inclusive foi o nome de um episódio. Sempre pendem pra eu falar.

CP: Dragon Ball é uma série de décadas e isso fez com que você trabalhasse muito tempo com uma equipe fixa como o Wendel Bezerra e a Tânia Gaidarji, por exemplo. Inclusive você é padrinho da filha do dublador de Goku. Até hoje sua relação com os dubladores de Dragon Ball é boa, uma relação forte de amizade?

WL: A minha relação com os dubladores é profissional. Obviamente eu tenho mais afinidade com alguns, isso é super normal. A minha relação profissional com a maioria dos dubladores é bem legal.

CP: Apesar do quarteto formado pelas Tartarugas Ninja ter um viés cômico, seu personagem, o vilão Destruidor tinha uma postura séria. Como era passar este contraste ao dublar no desenho?

WL: Adoro fazer vilão! O Destruidor é maravilhoso.  O típico vilão que sempre se dá mal no final (risos). Foi muito prazeroso. Pena que não fui convidado para fazer o filme.

CP: Além de atuar como dublador, você também é Diretor de Dublagem. É uma tarefa mais difícil?

WL: Ser diretor é muito legal, adoro dirigir e adora dublar, ou seja, não tem “mais fácil”. Claro que dirigir é mais trabalhoso. Você tem que assistir o programa inteiro, estudar o texto, adaptar-se, escalar o elenco e tal. Dublar é “só “chegar, dublar e ir embora”.

CP: Entre seus trabalhos, você se fez presente em Cavaleiros do Zodíaco, Dragon Ball, Pokemon e Naruto, talvez os quatro animes que mais fizeram sucesso no Brasil. Com isso, boa parte do seu público é de otakus, fãs de animes. Como é o relacionamento com eles em eventos?

WL: O meu relacionamento com os otakus é sensacional! Já me apresentei no Brasil inteiro, do Oiapoque ao Chuí, e o carinho que recebo é absurdo. Procuro , na medida do possível, interagir com a galera.

CP: Você gosta de acompanhar os episódios de algum desenho, anime ou série que  fez?

WL: Posso dizer que sou fã. É óbvio que acabo gostando das coisas que eu faço. Eu adoooooro Dragon Ball, The family Guy, Atirador, Dr House, Bungo Stray Dogs e muitas outras séries que dirigi. Sou um profissional dedicado e que trabalha com amor.

CP: Em seu currículo há também séries populares como The Walking Dead e Prison Break em que você atuou como dublador. Há muita diferença em dublar para um desenho/anime se comparado a um trabalho de dublagem em live-action como séries e filmes?

WL: São linguagens diferentes.  Dublar Seres Humanos é realismo, não tem muito o que criar, pois você tem que interpretar bem e eu tento seguir o que o original faz.  Desenho dá pra brincar mais, criar mais.

CP: Já conhecia Family Guy antes de ser apresentado ao desenho para dublar? Foi um susto ver o conteúdo, à época, incomum, com muito humor negro?

WL: Não conhecia. Fui chamado pro teste e achei estranho dublar um bebê! (risos). Ganhei o teste e conforme fui gravando passei a conhecer a série.  Eu só sinto muito a série ser censurada pelo distribuidor. Não podemos falar  tudo que eles falam.

CP: Como é dublar games? Um de seus personagens é o Kano de Mortal Kombat. A experiência é diferente?

WL: Adoro fazer! Game não é dublagem, é localização, ou seja, você grava sem nenhuma imagem, a gente só ouve o original e grava na sequência.  Ver o resultado final depois de pronto é sempre surpreendente.

CP: Como você avalia o trabalho de dublagem atualmente no Brasil?

 WL: A dublagem no Brasil, como todas as profissões, tem um trabalho ótimo, bom, regular, mal e péssimo. Assim como acontece com todas as profissões, cabe ao consumidor exigir um bom trabalho. Quando você não gostar de um trabalho, reclame.  Você está pagando pelo produto, então tem o direito de exigir um bom trabalho.

CP: Por fim, mande uma mensagem aos seus fãs.

WL: Meus fãs , queridos! Amo vocês!! É muito importante saber que vocês estão me seguindo nas mídias sociais. O carinho e respeito pelo meu trabalho, as críticas e tudo mais. Tento interagir o máximo que posso! Obviamente não dá para responder a todos.

Me sigam no Instagram! Esse é o meu canal de comunicação com vocês:

@welldublador

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CinePOP: Primeiramente obrigado pelo feedback! Você tem muitos personagens marcantes em sua carreira de dublador como, por exemplo, o Majin Boo (Dragon Ball), Stewie (Family Guy) e Professor Carvalho (Pokemon). Você é mais reconhecido pelos fãs por qual trabalho?

Wellington Lima: Isso depende muito da época. Eu diria que sou reconhecido por Majin Boo, Stewie Griffin, Dohko de Libra, Dr Foreman e Agente Mahone. Esses são o Top 5.

CP: Por falar no vilão de Dragon Ball Z, foi um alívio quando o personagem passou por uma transformação e fez com que você forçasse menos a voz, já que na forma gorda, em tese, te exigia mais em relação ao trabalho vocal? 

WL: Sim! Minha voz  é grave, então fazer a voz aguda (falsete) é muito difícil pra mim. Fazer uma frase é moleza, mas uma temporada inteira é muito difícil. Então, pra fazer o Boo gordo eu saí da minha zona de conforto. Foi difícil.

CP: “Vou te comer” e “vou te transformar em biscoito de chocolate” são frases que até hoje te perseguem? 

WL: Sim!! “vou te comer” vai marcar pro resto da vida. Inclusive foi o nome de um episódio. Sempre pendem pra eu falar.

CP: Dragon Ball é uma série de décadas e isso fez com que você trabalhasse muito tempo com uma equipe fixa como o Wendel Bezerra e a Tânia Gaidarji, por exemplo. Inclusive você é padrinho da filha do dublador de Goku. Até hoje sua relação com os dubladores de Dragon Ball é boa, uma relação forte de amizade?

WL: A minha relação com os dubladores é profissional. Obviamente eu tenho mais afinidade com alguns, isso é super normal. A minha relação profissional com a maioria dos dubladores é bem legal.

CP: Apesar do quarteto formado pelas Tartarugas Ninja ter um viés cômico, seu personagem, o vilão Destruidor tinha uma postura séria. Como era passar este contraste ao dublar no desenho?

WL: Adoro fazer vilão! O Destruidor é maravilhoso.  O típico vilão que sempre se dá mal no final (risos). Foi muito prazeroso. Pena que não fui convidado para fazer o filme.

CP: Além de atuar como dublador, você também é Diretor de Dublagem. É uma tarefa mais difícil?

WL: Ser diretor é muito legal, adoro dirigir e adora dublar, ou seja, não tem “mais fácil”. Claro que dirigir é mais trabalhoso. Você tem que assistir o programa inteiro, estudar o texto, adaptar-se, escalar o elenco e tal. Dublar é “só “chegar, dublar e ir embora”.

CP: Entre seus trabalhos, você se fez presente em Cavaleiros do Zodíaco, Dragon Ball, Pokemon e Naruto, talvez os quatro animes que mais fizeram sucesso no Brasil. Com isso, boa parte do seu público é de otakus, fãs de animes. Como é o relacionamento com eles em eventos?

WL: O meu relacionamento com os otakus é sensacional! Já me apresentei no Brasil inteiro, do Oiapoque ao Chuí, e o carinho que recebo é absurdo. Procuro , na medida do possível, interagir com a galera.

CP: Você gosta de acompanhar os episódios de algum desenho, anime ou série que  fez?

WL: Posso dizer que sou fã. É óbvio que acabo gostando das coisas que eu faço. Eu adoooooro Dragon Ball, The family Guy, Atirador, Dr House, Bungo Stray Dogs e muitas outras séries que dirigi. Sou um profissional dedicado e que trabalha com amor.

CP: Em seu currículo há também séries populares como The Walking Dead e Prison Break em que você atuou como dublador. Há muita diferença em dublar para um desenho/anime se comparado a um trabalho de dublagem em live-action como séries e filmes?

WL: São linguagens diferentes.  Dublar Seres Humanos é realismo, não tem muito o que criar, pois você tem que interpretar bem e eu tento seguir o que o original faz.  Desenho dá pra brincar mais, criar mais.

CP: Já conhecia Family Guy antes de ser apresentado ao desenho para dublar? Foi um susto ver o conteúdo, à época, incomum, com muito humor negro?

WL: Não conhecia. Fui chamado pro teste e achei estranho dublar um bebê! (risos). Ganhei o teste e conforme fui gravando passei a conhecer a série.  Eu só sinto muito a série ser censurada pelo distribuidor. Não podemos falar  tudo que eles falam.

CP: Como é dublar games? Um de seus personagens é o Kano de Mortal Kombat. A experiência é diferente?

WL: Adoro fazer! Game não é dublagem, é localização, ou seja, você grava sem nenhuma imagem, a gente só ouve o original e grava na sequência.  Ver o resultado final depois de pronto é sempre surpreendente.

CP: Como você avalia o trabalho de dublagem atualmente no Brasil?

 WL: A dublagem no Brasil, como todas as profissões, tem um trabalho ótimo, bom, regular, mal e péssimo. Assim como acontece com todas as profissões, cabe ao consumidor exigir um bom trabalho. Quando você não gostar de um trabalho, reclame.  Você está pagando pelo produto, então tem o direito de exigir um bom trabalho.

CP: Por fim, mande uma mensagem aos seus fãs.

WL: Meus fãs , queridos! Amo vocês!! É muito importante saber que vocês estão me seguindo nas mídias sociais. O carinho e respeito pelo meu trabalho, as críticas e tudo mais. Tento interagir o máximo que posso! Obviamente não dá para responder a todos.

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