Um dos cineastas brasileiros que vem conquistando um importante espaço no maior dos streamings, o mairiporense Diego Freitas, emplacou dois sucessos em sequência na Netflix. Um dos filmes, O Lado de Bom de ser Traída, ficou no top 10 da plataforma em mais de 30 países, já Depois do Universo até hoje é o filme brasileiro que tem mais views por lá.
Mas antes de chegar até esse sucesso todo, começou como a maioria dos realizadores inicia a carreira: pelos curtas-metragens. 13 anos atrás deu o pontapé inicial na profissão com o curta-metragem Aline Alone, depois dirigiu o grande Lima Duarte no filme A Volta para Casa. Em 2018, realizou seu primeiro longa-metragem, o suspense O Segredo de Davi, protagonizado por Nicolas Prattes.
Durante sua passagem pelo Festival Internacional de Cinema de Paraty, onde participou da mesa ‘Os rumos das produções de cinema e a influência dos streamings’, o Cinepop conversou com o diretor que inclusive contou pra gente um pouco sobre seu novo projeto:
Qual a importância de mais um festival de cinema nascendo no circuito brasileiro de festivais?
Diego Freitas: “Eu sou apaixonado por festivais de cinema. Frequentei muito antes de fazer os filmes de streaming que estou fazendo atualmente. Rodei muitos curtas, um longa. Conheci muita gente importante na minha trajetória pelos festivais e esses filmes alcançaram um público e isso é muito legal, principalmente os curtas-metragens algo que o Brasil faz com excelência.”
Você fez ‘O Lado bom de ser Traída’ e ‘Depois do Universo’ em parcerias vitoriosas com o mais famoso dos streamings, como tem sido essas experiências com a Netflix?
Diego Freitas: “Tem sido muito desafiador mas também prazeroso e recompensador. Os filmes tem chegado nas pessoas. A Netflix acaba dando essa visibilidade de num mesmo dia o filme chegar pra quase 200 países e você chegar em pé de igualdade, na mesma plataforma, no mesmo lugar, que filmes de todo o mundo. E os filmes que eu fiz conseguiram uma repercussão, os dois foram muito bem: O Lado Bom de ser Traída ficou no top 10 em mais de 86 países além de ter sido o primeiro lugar em mais de 30 países e até terceiro lugar no Estados Unidos. E o Depois do Universo é o filme brasileiro que tem mais views até hoje na Netflix. Agora estou fazendo meu terceiro filme com eles, é um filme sobre o vira-lata caramelo, o primeiro filme de cachorro brasileiro da plataforma, eu apresentei o projeto ano passado e a Netflix logo aprovou, estamos em pré-produção e em breve nós rodamos. O filme deve estrear ano que vem.”
Tem conseguido acompanhar as produções brasileiras? O que está achando do nosso cinema?
Diego Freitas: “Eu procuro acompanhar tudo. Nós como realizadores precisamos no unir mais e assistir aos trabalhos dos outros. Por exemplo, a série Pedaço de Mim, da Netflix, foi um grande sucesso mundial, assim como várias outras, como Os Outros do Globoplay, também o Sob Pressão. Tem muitas pessoas fazendo coisas boas. Sobre o cinema brasileiro, estou muito animado pra ver O Auto da Compadecida 2, também fiquei feliz com o sucesso de Farofeiros 2. Sou um grande entusiasta do nosso cinema, tento ver tudo que posso e aplaudir sempre.”
Que dica você pode dar pra galera que tá começando ou quer começar no audiovisual?
Diego Freitas: “O que posso dar de dica pra quem tá começando é você fazer seu portfólio, com o recurso que você tiver, com seu celular, sua câmera. As pessoas precisam fazer e colocar seu trabalho pra ser visto, é a melhor dica que posso dar exatamente porque foi isso que eu fiz.”