sábado , 21 dezembro , 2024

Entrevista | Marco Ricca – Cinepop conversou com esse grande artista criador de personagens marcantes!

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Paulista de 61 anos, Marco Ricca ao longo do tempo logo se tornou um rosto conhecido no teatro, televisão e cinema, sempre com personagens profundos, marcantes. Na televisão estreou no início da década de 90, numa obra de tremendo sucesso: Renascer, e hoje já tem no currículo mais de 20 trabalhos em novelas. No teatro, esteve em várias peças, como ator e também diretor. Nos cinemas, iniciou pelos curtas-metragens Zuleika, Tango e Batimam e Robim, por esse último ganhou o prêmio de melhor ator em curtas-metragens no Festival de Gramado.

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Durante a primeira edição do Festival Internacional de Cinema de Paraty, o Cinepop conversou com o experiente ator que compareceu ao evento para lançar seu novo trabalho nas telonas, De Pai para Filho, novo filme de Paulo Halm:

 

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1) Qual a importância de ter mais um festival de cinema nascendo no Brasil? O que você tá achando do Festival Internacional de Cinema de Paraty?

Marco Ricca: “Paraty eu acho lindo, tô adorando. Esse festivais tem peculiaridades porque além dos filmes que tão passando na mostra competitiva tem muita coisa passando em paralelo. Assisti aqui uma mostra em homenagem ao José Wilker, que é uma coisa sensacional, três filmes lindos que passaram e eu sou muito fã do trabalho dele. Assisti ao filme Bye Bye Brasil que pra mim é emblemático, um dos maiores filmes que assisti na vida e que já tinha visto muitas outras vezes. Festival tem isso de encontros e mesas de debates muito legais, e tem essa coisa de fomentar, os festivais proporcionam esses reencontros de quem faz cinema.”

Marco Ricca entrevistado pelo Cinepop no Festival Internacional de Cinema de Paraty
Marco Ricca entrevistado pelo Cinepop no Festival Internacional de Cinema de Paraty

2) ‘De Pai para Filho’, novo filme que você participa vai ter uma exibição aqui no festival. Nós vamos rir, vamos chorar? O que podemos esperar? Conta um pouco do seu personagem?

Marco Ricca: “Eu faço o pai, o Juan Paiva faz o filho. É a história de um garoto que volta pro seu lar e reencontra o pai depois de 20 anos de distância. Meu personagem é um pianista clássico mas que em determinado momento da vida vai pra uma banda de rock e assim acaba ficando distante do filho por optar em viajar o mundo inteiro e o filho mora no interior de São Paulo. É um reencontro de pai e filho de uma forma muito especial que só o Paulo Halm (diretor do filme) faria e também o crescimento emocional desse jovem, além de encontros dele com o amor, o lado afetivo e uma série de coisas. É um filme muito bonito, é engraçado mas também emocionante. Eu me emocionei bastante.”

 

3) Você fez um personagem forte, cruel, em ‘Justiça 2’ série do Globoplay. Como foi pra você realizar esse trabalho com grande repercussão num dos principais streamings disponíveis no Brasil?

Marco Ricca: “De alguma forma, esses personagens tão muito na cara da gente, tão muito na nossa vida cotidiana, esses milicianos violentos, a ascensão dessas pessoas tá muito na cara da gente. Um pouco é o que a gente observa, também o que o texto nos pede. É um fundamento não tão racional, há um jogo ali também, claro que tem uma hora que se você ficar seis meses convivendo com isso, com esse envolvimento, não dá. Vai lá, trabalha, faz, mas é difícil no sentido que você vasculha dentro de você coisas que não são agradáveis. Mas é um trabalho, um jogo, eu gosto muito do que faço.”

 

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4)Canastra Suja’ de Caio Sóh, foi um dos seus mais impactantes personagens. Como foi a composição pra esse papel? Uma pena que o filme andou pouco pelos cinemas mas tá disponível lá na página do Caio no YouTube.

Marco Ricca: “É um filme que fizemos quase de uma forma coletiva, muito baixo orçamento de verdade. Eu fiz muito filmes de baixo orçamento, e adoro fazer também. Esse filme tem um elenco muito amoroso onde as pessoas se gostavam muito. Mas é um filme difícil, uma família disfuncional e mostrando aquela trajetória ali não é fácil. O Caio Sóh (diretor do longa-metragem) estava muito inspirado nesse roteiro, que é muito bacana, profundo. É um filme que gosto bastante, passou em alguns lugares, muita gente fala desse filme pra mim.”

 

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5) Você lê o que escrevem sobre seus trabalhos? Qual sua relação com a crítica de cinema? Você lê ou prefere não ler?

Marco Ricca: “Eu não me incomodo no cinema não, o trabalho já tá feito, você não vai errar o texto. No teatro me incomoda um pouco mais porque você tem que seguir fazendo. Às vezes você lê algo que não concorda um pouco, mas é um opinião. Ao longo do tempo de carreira que tenho já tenho, tô calejado. Depois que você fica velho as pessoas tem um pouco mais de cuidado pra falar de você (risos).”

 

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6) O que você pode adiantar pra gente sobre seus próximos projetos no cinema?

Marco Ricca: “Eu vou lançar agora o novo filme do Marcelo Lordello, ainda nesse semestre, um filme que fiz antes da pandemia e só agora vai conseguir ser lançado. O Marcelo Lordello é de Recife, filmamos lá, o elenco é espetacular. Chama-se Paterno. Ainda estou fechando outras coisas mas ainda não tem nada cravado.”

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Paulista de 61 anos, Marco Ricca ao longo do tempo logo se tornou um rosto conhecido no teatro, televisão e cinema, sempre com personagens profundos, marcantes. Na televisão estreou no início da década de 90, numa obra de tremendo sucesso: Renascer, e hoje já tem no currículo mais de 20 trabalhos em novelas. No teatro, esteve em várias peças, como ator e também diretor. Nos cinemas, iniciou pelos curtas-metragens Zuleika, Tango e Batimam e Robim, por esse último ganhou o prêmio de melhor ator em curtas-metragens no Festival de Gramado.

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Durante a primeira edição do Festival Internacional de Cinema de Paraty, o Cinepop conversou com o experiente ator que compareceu ao evento para lançar seu novo trabalho nas telonas, De Pai para Filho, novo filme de Paulo Halm:

 

1) Qual a importância de ter mais um festival de cinema nascendo no Brasil? O que você tá achando do Festival Internacional de Cinema de Paraty?

Marco Ricca: “Paraty eu acho lindo, tô adorando. Esse festivais tem peculiaridades porque além dos filmes que tão passando na mostra competitiva tem muita coisa passando em paralelo. Assisti aqui uma mostra em homenagem ao José Wilker, que é uma coisa sensacional, três filmes lindos que passaram e eu sou muito fã do trabalho dele. Assisti ao filme Bye Bye Brasil que pra mim é emblemático, um dos maiores filmes que assisti na vida e que já tinha visto muitas outras vezes. Festival tem isso de encontros e mesas de debates muito legais, e tem essa coisa de fomentar, os festivais proporcionam esses reencontros de quem faz cinema.”

Marco Ricca entrevistado pelo Cinepop no Festival Internacional de Cinema de Paraty
Marco Ricca entrevistado pelo Cinepop no Festival Internacional de Cinema de Paraty

2) ‘De Pai para Filho’, novo filme que você participa vai ter uma exibição aqui no festival. Nós vamos rir, vamos chorar? O que podemos esperar? Conta um pouco do seu personagem?

Marco Ricca: “Eu faço o pai, o Juan Paiva faz o filho. É a história de um garoto que volta pro seu lar e reencontra o pai depois de 20 anos de distância. Meu personagem é um pianista clássico mas que em determinado momento da vida vai pra uma banda de rock e assim acaba ficando distante do filho por optar em viajar o mundo inteiro e o filho mora no interior de São Paulo. É um reencontro de pai e filho de uma forma muito especial que só o Paulo Halm (diretor do filme) faria e também o crescimento emocional desse jovem, além de encontros dele com o amor, o lado afetivo e uma série de coisas. É um filme muito bonito, é engraçado mas também emocionante. Eu me emocionei bastante.”

 

3) Você fez um personagem forte, cruel, em ‘Justiça 2’ série do Globoplay. Como foi pra você realizar esse trabalho com grande repercussão num dos principais streamings disponíveis no Brasil?

Marco Ricca: “De alguma forma, esses personagens tão muito na cara da gente, tão muito na nossa vida cotidiana, esses milicianos violentos, a ascensão dessas pessoas tá muito na cara da gente. Um pouco é o que a gente observa, também o que o texto nos pede. É um fundamento não tão racional, há um jogo ali também, claro que tem uma hora que se você ficar seis meses convivendo com isso, com esse envolvimento, não dá. Vai lá, trabalha, faz, mas é difícil no sentido que você vasculha dentro de você coisas que não são agradáveis. Mas é um trabalho, um jogo, eu gosto muito do que faço.”

 

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4)Canastra Suja’ de Caio Sóh, foi um dos seus mais impactantes personagens. Como foi a composição pra esse papel? Uma pena que o filme andou pouco pelos cinemas mas tá disponível lá na página do Caio no YouTube.

Marco Ricca: “É um filme que fizemos quase de uma forma coletiva, muito baixo orçamento de verdade. Eu fiz muito filmes de baixo orçamento, e adoro fazer também. Esse filme tem um elenco muito amoroso onde as pessoas se gostavam muito. Mas é um filme difícil, uma família disfuncional e mostrando aquela trajetória ali não é fácil. O Caio Sóh (diretor do longa-metragem) estava muito inspirado nesse roteiro, que é muito bacana, profundo. É um filme que gosto bastante, passou em alguns lugares, muita gente fala desse filme pra mim.”

 

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5) Você lê o que escrevem sobre seus trabalhos? Qual sua relação com a crítica de cinema? Você lê ou prefere não ler?

Marco Ricca: “Eu não me incomodo no cinema não, o trabalho já tá feito, você não vai errar o texto. No teatro me incomoda um pouco mais porque você tem que seguir fazendo. Às vezes você lê algo que não concorda um pouco, mas é um opinião. Ao longo do tempo de carreira que tenho já tenho, tô calejado. Depois que você fica velho as pessoas tem um pouco mais de cuidado pra falar de você (risos).”

 

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6) O que você pode adiantar pra gente sobre seus próximos projetos no cinema?

Marco Ricca: “Eu vou lançar agora o novo filme do Marcelo Lordello, ainda nesse semestre, um filme que fiz antes da pandemia e só agora vai conseguir ser lançado. O Marcelo Lordello é de Recife, filmamos lá, o elenco é espetacular. Chama-se Paterno. Ainda estou fechando outras coisas mas ainda não tem nada cravado.”

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