domingo , 22 dezembro , 2024

Esquenta PÂNICO | 4º filme da franquia teria outra abertura, mais assassinos e final DIFERENTE

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É impossível falar sobre a franquia Pânico (Scream) sem mencionar (sempre) a importância que o original teve para o terror slasher. Escrito por Kevin Williamson e dirigido por Wes Craven (um dos grandes mestres do gênero), Pânico não apenas revitalizou um subgênero saído dos anos 80, mas igualmente foi o responsável pelo uso de muito humor consciente e metalinguagem como nunca anteriormente em filmes assim.

Natural que tamanho sucesso – que fez muitos críticos o terem como um dos melhores filmes da década de 1990 – gerasse uma sequência logo no ano seguinte. Planejada como uma trilogia, o terceiro longa demorou mais a sair do forno devido ao impasse com a protagonista Neve Campbell (Craven não queria fazer o filme sem ela), o que terminou por tirar o roteirista Williamson de jogada, ficando de fora de seu primeiro Pânico. Mas eis que onze anos depois Pânico 4 foi saía papel, com toda a trupe de atores, Craven na direção e Williamson no roteiro, voltando à raízes. Foi a reunião da banda.



E é justamente dele que falaremos aqui. Pânico 4, a sequência tardia e, digamos, subestimada da franquia completa 12 anos de seu lançamento nos cinemas em 2021. O filme teve sua estreia nos cinemas nacionais no dia 15 de abril de 2011.

Começando nosso esquenta para o novo Pânico, que estreia dia 9 de Março de 2023,  resolvemos comentar algumas curiosidades sobre o quarto filme da franquia. Ah sim, devo mencionar também que o texto contém spoilers, com segredos da trama. Caso não tenha assistido ao filme, volte à matéria após tê-lo feito. Confira.

Assista também:
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Bilheteria e Nova Trilogia

Pânico 4 era planejado para ser o início de uma nova trilogia, com um quinto filme já em fase de pré-produção na época após o lançamento deste. Além do trio protagonista (Campbell, David Arquette e Courteney Cox), Marley Shelton (que vive a policial Hicks) e Hayden Panettiere (Kirby) também retornariam. Porém, segundo relatos, a morte de Wes Craven (em 2015) e o programa de TV Scream, da MTV, igualmente lançado em 2015, colocaram um ponto final na sonhada nova trilogia. No entanto, a bilheteria de US$97 milhões mundiais (num orçamento de US$40 milhões) e avaliações de críticas mornas (60% de aprovação) são fatores que também podem ter custado a continuidade do quinto filme na época. O novo capítulo sairá de fato ano que vem, com novos onze anos de diferença.

A história da Nova Trilogia e Final diferente

Em uma entrevista ao Bloody Disgusting, o roteirista Kevin Williamson revelou detalhes sobre os seus planos originais para ‘Pânico 5‘ e ‘Pânico 6‘.

“[Em ‘Pânico 5’], Jill iria para a faculdade, então assassinatos começariam a acontecer no campus. O assassino sabia que ela estava por trás da máscara no filme anterior, então ele estaria tentando expor a verdade. Para esconder o seu passado, a Jill teria que continuar matando para encobrir os fatos. Seria assassino vs. assassino. E a Sidney sofreria de amnésia e seria uma professora na faculdade.”

Ele completa, “O ‘Pânico 6’ iria responder o que aconteceu entre Dewey e Gale. Sidney também iria retornar, mas o filme seria focado na narrativa da Gale.”

Ou seja, no final do filme Jill e Sidney sobreviveriam, e a cena no hospital não aconteceria.

Kevin Williamson Pistola

Embora muitos tenham celebrado o retorno do roteirista original Kevin Williamson à franquia (após ter ficado de fora em Pânico 3), as coisas não correram de forma tão suave como todos possam pensar. Segundo relatos, a relação do escritor era tão ruim com os produtores, os irmãos Weinstein (Bob e Harvey), resultando em inúmeros conflitos, que eles terminaram trazendo Ehren Kruger (roteirista do terceiro) de volta para reescrever trechos e cenas. Williamson expressou seu desagrado no lançamento do filme, porém, o cineasta Wes Craven jogou panos quentes afirmando que a espinha dorsal, ideias principais, conceito e história do colega foram mantidos e que Kruger fez apenas pequenos ajustes.

O Bebê de Dewey e Gale

Numa das primeiras versões do roteiro, o casal Dewey e Gale teria um filho no quarto filme: um bebê. No entanto, lembrando a máxima do quão problemático pode ser trabalhar com crianças e animais num set de filmagem, a ideia foi alterada. E você, gostaria de ter visto o casal como pais de uma criança?

Término Numa Boa

Como todos sabem os atores David Arquette e Courteney Cox, intérpretes do policial Dewey e da repórter Gale Weathers, se conheceram nos bastidores do primeiro Pânico (1996) e após o segundo (1997) se casaram em 1999. No terceiro (2000), Cox inclusive usa o nome do então companheiro nos créditos. Porém, todo sonho um dia acaba e a relação do casal chegou ao fim, com o anúncio da separação já em 2010. Ou seja, durante as gravações de Pânico 4, a dupla de atores precisou ser profissional e passar por cima do sofrimento a fim de concluir a produção. Podemos notar que Courteney Cox já não usa mais o sobrenome Arquette nos créditos do quarto filme.

A Abertura Original

Segundo Wes Craven num comentário do diretor, a abertura do filme seria diferente. Originalmente, o começo do longa se passaria numa festa comemorando o término do livro de Sidney. No local, Ghostface apareceria e atacaria Sidney, a ferindo seriamente. O resto do filme se passaria três anos após o ocorrido. No entanto, mais uma vez os irmãos Weinstein, os produtores, entraram em cena interferindo. Segundo eles, um pulo no tempo perturbaria o ritmo do filme. E você, o que acha?

Abertura Alternativa

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A abertura original filmada seria muito mais assustadora e sangrenta, mas foi refilmada após as exibições-teste retornarem negativas.

A Rede Antissocial

Pânico 4 é o primeiro da franquia a estar mais intimamente ligado com o mundo que temos hoje. Nos primeiros filmes, celulares e a internet estavam engatinhando ainda. Já no quarto temos blogs, webcams, Facebook e Twitter no meio da sociedade. Porém, esse elemento seria ainda mais forte no roteiro. Numa das primeiras versões do texto, ao invés dos já icônicos telefonemas, o assassino usaria as redes sociais, em especial o Facebook, para se comunicar e apavorar suas vítimas – coisa que ocorre numa das cenas na abertura. Na abertura também as personagens Rachel e Chloe (Anna Paquin e Kristen Bell) brincam com o fato numa gag do diálogo.

A Rainha do Grito Emma Roberts

Hoje, a jovem Emma Roberts, sobrinha de Julia Roberts, possui inúmeros trabalhos no gênero terror em sua carreira, ao ponto de alguns fãs a considerarem uma nova Rainha do Grito. Séries como American Horror Story e Scream Queens, e filmes como A Enviada do Mal e a Caçada provam isso. No entanto, tudo começou aqui com Pânico 4, que foi a primeira incursão de Emma Roberts no gênero terror em sua carreira. E que papel! Podemos dizer que a moça começou com o pé direito.

Policial Hicks Cortada

Acima comentei que embora pareça ter sido morta no filme, Kirby (Hayden Panetierre) fez surgir uma dúvida, pela primeira vez na franquia, sobre um personagem ter sobrevivido. Os fãs a querem de volta e até o saudoso Wes Craven afirmou que ela tinha ficado viva. No entanto, com outra loirinha do terror, ocorre algo diferente. A policial Judy Hicks (Marley Shelton) embora tenha claramente sobrevivido ao desfecho do filme, essa não era a ideia inicial. Numa primeira versão do roteiro, a oficial da polícia seria eliminada off-screen (quando um personagem é morto sem que vejamos) e seu cadáver apareceria achado por Sidney no clímax da história. A policial Judy Hicks está confirmada no quinto filme, ainda bem, pois foi uma das boas adições aqui.

Outros Ghostfaces

Deve ser o maior barato participar da criação do roteiro de um filme Pânico e poder acompanhar de perto quem será o assassino da vez na trama. Na maioria das vezes faz todo o sentido na história e a revelação é sempre uma surpresa (cof cof – tirando você Pânico 3 – cof cof). E no quarto filme isso não é diferente. Porém, nem sempre foi assim. Num dos tratamentos do roteiro, seria revelado que Ghostface, ou um deles, seria Trevor (Nico Tortorella), o namorado de Jill (Emma Roberts), emulando ainda mais o primeiro filme. Justamente por isso, por ser muito próximo ao longa original, a ideia foi vetada.

Outra que terminou de fora foi a que traria o policial Hoss (Adam Brody) como um dos assassinos. Essa proposta é até interessante. Primeiro porque daria uma importância maior ao personagem, que praticamente entra mudo e sai calado, e inclusive podemos notar certo comportamento suspeito de sua parte em algumas cenas (o que corrobora com o  fato) – se bem que aqui todos agem de forma suspeita propositalmente. No entanto, ter um agente da lei como um dos criminosos traria ineditismo à franquia.

A Cena de Wes Craven

Muitos podem não se dar conta, mas era uma espécie de tradição para a franquia Pânico trazer uma ponta do diretor Wes Craven, dando seu melhor de Alfred Hitchcock (outro que adorava aparecer em pontas mudas nos seus filmes). Isto é, tirando no primeiro Pânico, que todos estão cansados de reconhece-lo como o faxineiro Freddy (com as vestimentas de Freddy Krueger) no corredor do colégio. Porém, o diretor também apareceu em Pânico 2, como um médico no hospital, e em Pânico 3, como um turista no estúdio atrás de Jay e Silent Bob (Jason Mewes e Kevin Smith). O gracejo voltaria a ocorrer em Pânico 4, com Craven inclusive perguntando aos fãs no Twitter qual ponta deveria fazer no filme. No final, o cineasta terminou interpretando o legista numa cena do necrotério em que examina os cadáveres de Jenny (Aimee Teergarden) e Marnie (Britt Robertson). Mas você lembra desta cena? Nem eu. Acontece que ela terminou deletada do filme, e pode ser vista apenas no material extra do DVD e Blu-ray do filme.

A Despedida de Wes Craven

Wes Craven é um verdadeiro mestre do terror. Além da franquia Pânico, ele foi o responsável pela criação de um dos maiores maníacos do cinema, ninguém menos que Freddy Krueger em A Hora do Pesadelo, franquia da qual dirigiu dois longas, incluindo o primeiro. São muitas pérolas, mas também algumas escorregadas. Nada que tire seu brilho como realizador proeminente e eternizado do gênero. Seu último trabalho no cinema, soando como despedida, foi aqui em Pânico 4, em 2011, doze anos atrás. O diretor nos deixaria quatro anos depois, em 2015.

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Esquenta PÂNICO | 4º filme da franquia teria outra abertura, mais assassinos e final DIFERENTE

É impossível falar sobre a franquia Pânico (Scream) sem mencionar (sempre) a importância que o original teve para o terror slasher. Escrito por Kevin Williamson e dirigido por Wes Craven (um dos grandes mestres do gênero), Pânico não apenas revitalizou um subgênero saído dos anos 80, mas igualmente foi o responsável pelo uso de muito humor consciente e metalinguagem como nunca anteriormente em filmes assim.

Natural que tamanho sucesso – que fez muitos críticos o terem como um dos melhores filmes da década de 1990 – gerasse uma sequência logo no ano seguinte. Planejada como uma trilogia, o terceiro longa demorou mais a sair do forno devido ao impasse com a protagonista Neve Campbell (Craven não queria fazer o filme sem ela), o que terminou por tirar o roteirista Williamson de jogada, ficando de fora de seu primeiro Pânico. Mas eis que onze anos depois Pânico 4 foi saía papel, com toda a trupe de atores, Craven na direção e Williamson no roteiro, voltando à raízes. Foi a reunião da banda.

E é justamente dele que falaremos aqui. Pânico 4, a sequência tardia e, digamos, subestimada da franquia completa 12 anos de seu lançamento nos cinemas em 2021. O filme teve sua estreia nos cinemas nacionais no dia 15 de abril de 2011.

Começando nosso esquenta para o novo Pânico, que estreia dia 9 de Março de 2023,  resolvemos comentar algumas curiosidades sobre o quarto filme da franquia. Ah sim, devo mencionar também que o texto contém spoilers, com segredos da trama. Caso não tenha assistido ao filme, volte à matéria após tê-lo feito. Confira.

Bilheteria e Nova Trilogia

Pânico 4 era planejado para ser o início de uma nova trilogia, com um quinto filme já em fase de pré-produção na época após o lançamento deste. Além do trio protagonista (Campbell, David Arquette e Courteney Cox), Marley Shelton (que vive a policial Hicks) e Hayden Panettiere (Kirby) também retornariam. Porém, segundo relatos, a morte de Wes Craven (em 2015) e o programa de TV Scream, da MTV, igualmente lançado em 2015, colocaram um ponto final na sonhada nova trilogia. No entanto, a bilheteria de US$97 milhões mundiais (num orçamento de US$40 milhões) e avaliações de críticas mornas (60% de aprovação) são fatores que também podem ter custado a continuidade do quinto filme na época. O novo capítulo sairá de fato ano que vem, com novos onze anos de diferença.

A história da Nova Trilogia e Final diferente

Em uma entrevista ao Bloody Disgusting, o roteirista Kevin Williamson revelou detalhes sobre os seus planos originais para ‘Pânico 5‘ e ‘Pânico 6‘.

“[Em ‘Pânico 5’], Jill iria para a faculdade, então assassinatos começariam a acontecer no campus. O assassino sabia que ela estava por trás da máscara no filme anterior, então ele estaria tentando expor a verdade. Para esconder o seu passado, a Jill teria que continuar matando para encobrir os fatos. Seria assassino vs. assassino. E a Sidney sofreria de amnésia e seria uma professora na faculdade.”

Ele completa, “O ‘Pânico 6’ iria responder o que aconteceu entre Dewey e Gale. Sidney também iria retornar, mas o filme seria focado na narrativa da Gale.”

Ou seja, no final do filme Jill e Sidney sobreviveriam, e a cena no hospital não aconteceria.

Kevin Williamson Pistola

Embora muitos tenham celebrado o retorno do roteirista original Kevin Williamson à franquia (após ter ficado de fora em Pânico 3), as coisas não correram de forma tão suave como todos possam pensar. Segundo relatos, a relação do escritor era tão ruim com os produtores, os irmãos Weinstein (Bob e Harvey), resultando em inúmeros conflitos, que eles terminaram trazendo Ehren Kruger (roteirista do terceiro) de volta para reescrever trechos e cenas. Williamson expressou seu desagrado no lançamento do filme, porém, o cineasta Wes Craven jogou panos quentes afirmando que a espinha dorsal, ideias principais, conceito e história do colega foram mantidos e que Kruger fez apenas pequenos ajustes.

O Bebê de Dewey e Gale

Numa das primeiras versões do roteiro, o casal Dewey e Gale teria um filho no quarto filme: um bebê. No entanto, lembrando a máxima do quão problemático pode ser trabalhar com crianças e animais num set de filmagem, a ideia foi alterada. E você, gostaria de ter visto o casal como pais de uma criança?

Término Numa Boa

Como todos sabem os atores David Arquette e Courteney Cox, intérpretes do policial Dewey e da repórter Gale Weathers, se conheceram nos bastidores do primeiro Pânico (1996) e após o segundo (1997) se casaram em 1999. No terceiro (2000), Cox inclusive usa o nome do então companheiro nos créditos. Porém, todo sonho um dia acaba e a relação do casal chegou ao fim, com o anúncio da separação já em 2010. Ou seja, durante as gravações de Pânico 4, a dupla de atores precisou ser profissional e passar por cima do sofrimento a fim de concluir a produção. Podemos notar que Courteney Cox já não usa mais o sobrenome Arquette nos créditos do quarto filme.

A Abertura Original

Segundo Wes Craven num comentário do diretor, a abertura do filme seria diferente. Originalmente, o começo do longa se passaria numa festa comemorando o término do livro de Sidney. No local, Ghostface apareceria e atacaria Sidney, a ferindo seriamente. O resto do filme se passaria três anos após o ocorrido. No entanto, mais uma vez os irmãos Weinstein, os produtores, entraram em cena interferindo. Segundo eles, um pulo no tempo perturbaria o ritmo do filme. E você, o que acha?

Abertura Alternativa

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A abertura original filmada seria muito mais assustadora e sangrenta, mas foi refilmada após as exibições-teste retornarem negativas.

A Rede Antissocial

Pânico 4 é o primeiro da franquia a estar mais intimamente ligado com o mundo que temos hoje. Nos primeiros filmes, celulares e a internet estavam engatinhando ainda. Já no quarto temos blogs, webcams, Facebook e Twitter no meio da sociedade. Porém, esse elemento seria ainda mais forte no roteiro. Numa das primeiras versões do texto, ao invés dos já icônicos telefonemas, o assassino usaria as redes sociais, em especial o Facebook, para se comunicar e apavorar suas vítimas – coisa que ocorre numa das cenas na abertura. Na abertura também as personagens Rachel e Chloe (Anna Paquin e Kristen Bell) brincam com o fato numa gag do diálogo.

A Rainha do Grito Emma Roberts

Hoje, a jovem Emma Roberts, sobrinha de Julia Roberts, possui inúmeros trabalhos no gênero terror em sua carreira, ao ponto de alguns fãs a considerarem uma nova Rainha do Grito. Séries como American Horror Story e Scream Queens, e filmes como A Enviada do Mal e a Caçada provam isso. No entanto, tudo começou aqui com Pânico 4, que foi a primeira incursão de Emma Roberts no gênero terror em sua carreira. E que papel! Podemos dizer que a moça começou com o pé direito.

Policial Hicks Cortada

Acima comentei que embora pareça ter sido morta no filme, Kirby (Hayden Panetierre) fez surgir uma dúvida, pela primeira vez na franquia, sobre um personagem ter sobrevivido. Os fãs a querem de volta e até o saudoso Wes Craven afirmou que ela tinha ficado viva. No entanto, com outra loirinha do terror, ocorre algo diferente. A policial Judy Hicks (Marley Shelton) embora tenha claramente sobrevivido ao desfecho do filme, essa não era a ideia inicial. Numa primeira versão do roteiro, a oficial da polícia seria eliminada off-screen (quando um personagem é morto sem que vejamos) e seu cadáver apareceria achado por Sidney no clímax da história. A policial Judy Hicks está confirmada no quinto filme, ainda bem, pois foi uma das boas adições aqui.

Outros Ghostfaces

Deve ser o maior barato participar da criação do roteiro de um filme Pânico e poder acompanhar de perto quem será o assassino da vez na trama. Na maioria das vezes faz todo o sentido na história e a revelação é sempre uma surpresa (cof cof – tirando você Pânico 3 – cof cof). E no quarto filme isso não é diferente. Porém, nem sempre foi assim. Num dos tratamentos do roteiro, seria revelado que Ghostface, ou um deles, seria Trevor (Nico Tortorella), o namorado de Jill (Emma Roberts), emulando ainda mais o primeiro filme. Justamente por isso, por ser muito próximo ao longa original, a ideia foi vetada.

Outra que terminou de fora foi a que traria o policial Hoss (Adam Brody) como um dos assassinos. Essa proposta é até interessante. Primeiro porque daria uma importância maior ao personagem, que praticamente entra mudo e sai calado, e inclusive podemos notar certo comportamento suspeito de sua parte em algumas cenas (o que corrobora com o  fato) – se bem que aqui todos agem de forma suspeita propositalmente. No entanto, ter um agente da lei como um dos criminosos traria ineditismo à franquia.

A Cena de Wes Craven

Muitos podem não se dar conta, mas era uma espécie de tradição para a franquia Pânico trazer uma ponta do diretor Wes Craven, dando seu melhor de Alfred Hitchcock (outro que adorava aparecer em pontas mudas nos seus filmes). Isto é, tirando no primeiro Pânico, que todos estão cansados de reconhece-lo como o faxineiro Freddy (com as vestimentas de Freddy Krueger) no corredor do colégio. Porém, o diretor também apareceu em Pânico 2, como um médico no hospital, e em Pânico 3, como um turista no estúdio atrás de Jay e Silent Bob (Jason Mewes e Kevin Smith). O gracejo voltaria a ocorrer em Pânico 4, com Craven inclusive perguntando aos fãs no Twitter qual ponta deveria fazer no filme. No final, o cineasta terminou interpretando o legista numa cena do necrotério em que examina os cadáveres de Jenny (Aimee Teergarden) e Marnie (Britt Robertson). Mas você lembra desta cena? Nem eu. Acontece que ela terminou deletada do filme, e pode ser vista apenas no material extra do DVD e Blu-ray do filme.

A Despedida de Wes Craven

Wes Craven é um verdadeiro mestre do terror. Além da franquia Pânico, ele foi o responsável pela criação de um dos maiores maníacos do cinema, ninguém menos que Freddy Krueger em A Hora do Pesadelo, franquia da qual dirigiu dois longas, incluindo o primeiro. São muitas pérolas, mas também algumas escorregadas. Nada que tire seu brilho como realizador proeminente e eternizado do gênero. Seu último trabalho no cinema, soando como despedida, foi aqui em Pânico 4, em 2011, doze anos atrás. O diretor nos deixaria quatro anos depois, em 2015.

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