InícioDestaqueEstudo revela que atores são o principal fator de sucesso dos dramas...

Estudo revela que atores são o principal fator de sucesso dos dramas verticais, aponta estudo


Um novo estudo, divulgado pelo Deadline, revela que a escolha de conteúdo em vídeos verticais, como o microdrama Tudo Por Uma Segunda Chance (um exemplo de novela vertical), é guiada primordialmente pela conexão com os atores favoritos, e aponta uma forte rejeição do público a conteúdos criados por Inteligência Artificial (IA).

A Pesquisa com Fãs da Vertical Drama Love 2025, que entrevistou participantes majoritariamente de países ocidentais, traça um panorama do crescente fenômeno dos dramas verticais.

O estudo aponta a rotina de consumo:



  • Quase 64% dos espectadores assistem a esse tipo de conteúdo todos os dias.
  • 25% assistem “várias vezes” por semana. Muitos chegam a passar várias horas por dia assistindo.
  • Em comparação com o ano anterior, quase 63% dos entrevistados disseram que estão assistindo a mais dramas verticais.

Os motivos citados para o aumento incluem o formato curto e viciante, a lealdade aos atores, a melhoria na qualidade da produção e atuação, e o aumento geral da oferta. Apenas 7,8% disseram estar assistindo menos, citando custos crescentes, histórias repetitivas e temas desagradáveis (como bullying, misoginia e violência).

Os aplicativos mais populares de longe são ReelShort, DramaBox, Vigloo e GoodShort. Um número significativo de fãs tem mais de 40 aplicativos de vídeo vertical instalados em seus celulares.

Jovens preferem YouTube e vídeos curtos à TV e streaming, aponta pesquisa!

A pesquisa deixa claro que os atores são o fator decisivo para a audiência:

  • A presença do ator protagonista é o elemento mais importante, influenciando a decisão de assistir para quase 88% dos entrevistados.
  • Em seguida vêm as atrizes protagonistas (68,8%), o ato de rolar a tela (56%) e o humor geral (41,1%).
  • Títulos em alta foram um fator para apenas 23,4%.

A forte conexão com os artistas humanos é refletida na rejeição ao conteúdo gerado por IA:

  • 70,2% dos entrevistados disseram que não assistiriam a conteúdo criado por IA, mesmo que a história fosse forte.
  • Apenas 5,6% disseram estar abertos a assistir a conteúdos de IA com uma história forte.

O principal motivo da rejeição é a ausência ou perda de atores humanos, o medo da substituição de empregos e a descrição de atuações por IA como “sem vida”, “sem emoção”, “robótica” e incapaz de reproduzir as nuances humanas.

Em termos de enredo, o público busca leveza e romance, mas demanda diversidade e rejeita temas sombrios:

Para quase 44% dos entrevistados, o romance é essencial nos dramas verticais. O tropo “inimigos que se apaixonam” aparece como o mais popular, seguido por “almas gêmeas predestinadas”, bilionários e relacionamentos por contrato.

Por outro lado, há forte rejeição a violência, misoginia e narrativas mais sombrias e perturbadoras, envolvendo temas como violência durante a gravidez, drogas colocadas em bebidas, abortos forçados, humilhação, abuso infantil e animal e exposição pública vexatória. Quase 57% dos participantes acreditam que há violência em excesso nos dramas verticais.

O estudo identificou um forte desejo por “significativamente mais diversidade racial” nas narrativas, especialmente em papéis de protagonistas. Há uma percepção de que muitos aplicativos parecem “exclusivamente brancos”, com minorias sendo frequentemente relegadas a papéis de assistentes, vilões ou figurantes.

  • Narrativas LGBTQ+: Embora a homossexualidade masculina esteja representada, há uma lacuna em histórias sobre mulheres lésbicas, bissexuais, trans, não binárias e queer.
  • Outras Minorias: Fãs também notaram a pouca representação de deficiência e a escassez de exemplos positivos de corpos plus size.

Adolescentes preferem conteúdo com identificação em vez de fantasia, diz pesquisa

A pesquisa, realizada entre 25 de outubro e 10 de novembro, coletou 1.670 respostas completas (e foi oferecida apenas em inglês).

  • Gênero: Quase todos os participantes eram mulheres.
  • Idade: Dois terços estavam na faixa etária de 35 a 64 anos.
  • Localização: Mais da metade era da América do Norte.
  • Novidade: Mais de 20% dos entrevistados assistem há menos de seis meses, e quase 40% entre seis e 12 meses, destacando a recente explosão do formato no Ocidente.
  • Outros Streamings: Quase 84% dos fãs de vídeos verticais usam outros serviços de streaming pagos (como Netflix e Disney+), mas apenas 44% foram ao cinema nos últimos seis meses. Cerca de 25% não pagam por conteúdo.
MATÉRIAS
CRÍTICAS

NOTÍCIAS