A adaptação do vencedor do Prêmio Pulitzer, ‘O Pintassilgo’, conta a história de um garoto que está tentando sobreviver após a trágica morte de sua mãe. Sem família, sua única lembrança que mantém a memória dela viva é o quadro que dá nome ao longo.
Com uma extensão da beleza e graciosidade de sua mãe, a obra de arte é um lembrete de que mesmo que eles esteja sozinho ou sofra em contextos traumático, ela permanece consigo. E para os protagonistas do filme, o longa tenta canalizar toda a profundidade das inúmeras temáticas emocionais e psicológicas abordadas no livro original.
Em uma entrevista EXCLUSIVA ao nosso editor-chefe do CinePOP, Renato Marafon, Ansel Elgort, Oakes Fegley, Aneurin Barnard e Finn Wolfhard fizeram uma reflexão profunda sobre a profundidade narrativa de ‘O Pintassilgo‘, pontuando o que o drama ficcional tem para ensinar à audiência.
Para Elgort, é difícil condensar com tanta clareza a densidade do longa, resumindo-a em poucas palavras:
“Eu diria que muito da história do filme tem a ver com objetos e objetos físicos. O Pintassilgo se trata de um quadro e após Theo perder a sua mãe quando era criança, ele praticamente a coloca dentro de um objeto, dentro do Pintassilgo. Nós temos esse objetos que são passados de geração em geração e colocamos tanta importância neles. Ele leva esse quadro consigo e o abraça como se ele fosse sua própria mãe. E quando ele perde o quadro, perde também suas esperanças e se sente como se tivesse perdido tudo. É interessante quanto valor humano colocamos em objetivos. Eu vejo como esse filme é para pessoas espertas. Talvez não para nós [risos], mas tem muitas mensagens lindas e profundas no filme e isso tem a ver com a escrita da Donna Tartt. e John Crowley e Peter Straughan capturaram isso muito bem para o filme. A trama pode ser sombria, mas também pode ser esperançosa e honrar esses objetos e celebrar a vida que veio antes de nós. Me perdoe pela resposta ambígua, eu queria que fosse algo mais fácil de ser claro, mas talvez isso seja algo bom”.
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Barnard complementou o colega de elenco, explanando sobre a mensagem central do drama:
“Esse filme possui um coração enorme e tem muita esperança sobre tentar encontrar um jeito de sobreviver e eu creio que todos nós, de algum jeito, nos conectamos com esse tipo de história. Quando esses dois personagens se conhecem, ambos sofreram perdas, ambos vieram de backgrounds problemáticos e eles encontram um no outro algo que os faz se conectar e os leva adiante, a fim de tentar achar um jeito em suas complexas vidas. E todos nós fazemos isso o tempo todo na natureza da nossa vida e essa é a essência, o coração que vai fazer as pessoas se conectarem com a história. E eu espero que o público torça para que Theo consiga vencer, reconstruir a sua vida e ser bem-sucedido”.
Os jovens intérpretes de Theo e Boris, Oakes Fegley e Finn Wolfhard também refletiram sobre a profundidade que o filme traz em sua trama, dentro de seus questionamentos apresentados em tela.
Para Fegley:
“A história é muito diferente do que você já viu. É uma trama coming of age, sim, mas há também vários tipos de sentimentos ao longo de todo o filme. E eu acho que todo mundo que assistir vai viver todas essas emoções tão distintas, justamente enquanto assiste a produção. Eu creio que esse é um dos aspectos que me atraiu para o projeto, bem como o elenco e a equipe de produção, que são incríveis. Todos eram muito apaixonados pelo filme e isso é algo incrível que você almeja quando procura um projeto”.
Para Finn:
“O filme é sobre pessoas que deixam a sua vida e sobre aquelas que retornam para ela, o que acontece com muita frequência. Além disso, a produção lida com vários temas, como saúde mental – de maneira geral. É uma história sobre… obviamente não é uma sátira, mas a maior coisa que poderia acontecer é a morte da mãe do Theo. E aqui isso é quase como uma reflexão: o mundo está girando ao redor de Theo e quando essa explosão acontece, é como se tudo ruísse. Tudo muda, como ele vivia, onde ele vivia. Ele está nessa cidade enorme. Nova York é uma das maiores cidades do mundo e é como se ele estivesse no meio do nada, em uma Las Vegas. E esse filme é sobre perdas. Perder coisas, pessoas e como elas retornam para sua vida. Eu creio que é uma maneira muito interessante de contar uma história”.
Dirigido por John Crowley, o filme é baseado no livro homônimo escrito por Donna Tartt, que ganhou o prêmio Pulitzer em 2014.
Theodore “Theo” Decker tinha 13 anos quando sua mãe foi morta em um ataque a bomba no Metropolitan Museum of Art. A tragédia muda o curso de sua vida, enviando-lhe para uma emocionante odisseia de tristeza e culpa, reinvenção e redenção, e até mesmo amor. Apesar de tudo, ele segura um pedaço de esperança tangível desse dia terrível… uma pintura de um pequeno pássaro acorrentado a seu poleiro. O Pintassilgo.
O elenco inclui Ansel Elgort, Oakes Fegley, Aneurin Barnard, Finn Wolfhard, Sarah Paulson, Luke Wilson, Jeffrey Wright e Nicole Kidman.