O CinePOP entrevistou, com EXCLUSIVIDADE, a bela atriz Rachel McAdams.
A eterna Regina George (‘Meninas Malvadas’) retorna aos cinemas nacionais hoje, 10, com o drama ‘Tudo Vai Ficar Bem‘ (Every Thing Will Be Fine), o novo filme do diretor Wim Wenders (‘Pina’).
Certo dia o escritor Tomas (James Franco) briga com a sua namorada e decide dirigir sem rumo. Nervoso, perde o controle do carro, atropela e mata uma criança. Afetado pelo trágico acidente, ele não consegue mais ter uma vida tranquila. Rachel McAdams interpreta Sara, a namorada do protagonista.
O que a levou a aceitar o papel de Sara?
Eu adoro o Wim, adoro seus filmes e sua sensibilidade. Acho que ele faz arte pelo bem da arte e isso é muito difícil de encontrar. Fiquei muito empolgada por ele ter me oferecido o papel e achei o filme muito interessante.
Como você descreveria a personagem Sara?
Sara é complicada e passa por todos os tipos de coisas em sua vida, então há muito o que explorar. Nós a vemos se desenvolver num período de 12 anos como uma jovem mulher tentando fazer sua relação tumultuada dar certo. Como ela se relaciona com ele? Como ela conduz a relação nos próximos 12 anos? Ela sente muito amor por Tomas e tenta mantê-lo inspirado como artista, mas também quer que ele seja firme como amante e parceiro.
Ela está bem magoada e se sente um pouco deixada para trás por ele, e a ferida ainda – muito para sua surpresa – dói muito quando eles se encontram casualmente pelo caminho. Eles são um pouco como mariposas ao redor da luz, não importa quanto tempo passe, o sentimento não vai embora quando se tem esse tipo de ligação. Meio que dura para a vida inteira. Não significa que você tenha que ficar com aquela pessoa, mas está sempre lá.
Você se preparou para o papel de uma forma especial?
Wim estava muito aberto à questão do sotaque franco-canadense, o que foi ótimo, porque isso informa muito sobre a personagem. Há uma certa sensibilidade que vem com isso. Sem fazer grandes generalizações, o que eu adoro nos franco-canadenses é que eles são pessoas abertas e com o coração muito grande. Era o caso de encontrar um equilíbrio entre ser doce e tratar Tomas com cuidado porque ele está passando por muitas coisas e ser honesta e encontrar a própria verdade.
Como foi trabalhar com James Franco?
Foi breve, mas doce. Eu acho que ele tem um talento imenso, tem tanta alma, ele pode fazer tanto com tão pouco, pode dizer tantas coisas com seus olhos e sua presença. Eu acho que Tomas é um pouco assim também, mas, diferente dele, acho que James tem uma leveza verdadeira. É muito divertido trabalhar com ele, porque ele aceita tudo como vem; é muito maleável, flexível e generoso. Foi engraçado vê-lo habitar uma pessoa tão angustiada, porque ele não é nada assim, foi ótimo vê-lo entrar e sair do personagem com tanta facilidade. Eu queria trabalhar com ele há um tempo, então foi ótimo.
O que há de especial em trabalhar com Wim Wenders?
Foi um grande privilégio, ele é uma pessoa muito agradável e dá aos atores bastante espaço e liberdade. Ele é um visionário, ele realmente tem algo em mente, então você pode contar com isso. Você se sente bem livre para explorar, ao mesmo em que sabe que está sendo guiado por todo o processo de uma forma bem gentil. Wim tem uma voz única no mundo do cinema, ele é sempre muito corajoso ao tentar coisas novas, como a nova abordagem em relação ao 3D. Sou uma grande fã dele e isso só ficou mais forte ao trabalhar com ele.
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