Adentrando os bastidores da indústria fonográfica, a partir da tumultuada vida da cantora Skye Riley, Sorria 2 está em exibição nos cinemas com uma proposta bem diferente de seu antecessor. Saindo das quatro paredes de um atendimento psiquiátrico, a sequência migra para os holofotes dos palcos, sob a promessa de entregar uma trama ainda mais assustadora e ousada.
E dessa vez, Naomi Scott assume o protagonismo, encarando a persona dessa mega popstar que enfrenta um momento bem delicado em sua vida pessoal e profissional. E em uma entrevista EXCLUSIVA ao CinePOP, a atriz e cantora revelou detalhes da aguardada continuação e contou como sua parceria com o cineasta Parker Finn nasceu de uma antiga admiração por um de seus curtas.
“Eu já era fã do original e meu relacionamento com Sorria vem de anos atrás, logo quando assisti ao curta-metragem de Parker, ‘Laura Hasn’t Slept’, de 2020. Eu simplesmente fiquei impressionada com essa ideia, que ninguém havia pensado antes. Pra mim, havia alguma coisa fascinante no vilão ser o sorriso. Eu achei isso tão bom! Desde a minha infância meu irmão tentava me assustar me encarando com esse amplo sorriso no rosto, então pensei que a proposta incrível. Fora isso, também o trabalho de direção é muito belo e bem executado”.
E para encarar Skye Riley, Scott se inspirou até mesmo no próprio cenário artístico do qual faz parte. Buscando referências de diversos lugares, a atriz observou os meandros de Hollywood, os vícios e demais particularidades que norteiam tal contexto, à medida em que também se concentrou em criar uma protagonista que fosse identificável. De acordo com a atriz, era importante também trazer um olhar mais clínico sobre a fama e todos os altos e baixos que a englobam:
“Particularmente, eu peguei partes diferentes de coisas diferentes que observei ao longo da minha vida profissional e realmente senti que essa personagem é alguém que eu entendia. Não necessariamente por ter vivido experiências semelhantes, mas por ter crescido nesse ramo, vendo o quanto a fama isola as pessoas e as deixa ainda mais solitárias e receosas. É difícil de explicar o meu processo, mas foi muito divertido interpretar alguém que tem tantos dilemas internos. Ela está sempre presa na sua própria mente e não se preocupa com aqueles que a cercam. Foi legal encarar isso nas telas”, ponderou.
E parte da complexidade de Skye reside justamente na sua vida profissional e no insano universo que a cerca, sempre a levando ao limite. Para trazer ainda mais realismo para essa construção, o diretor e roteirista Parker Finn reiterou o quão importante era garantir que a protagonista não fosse apenas uma cantora, mas que sua carreira impactasse diretamente no terror e no desenvolvimento da trama.
Isso implicava em tornar a persona de Skye Riley extremamente viva e palpável para audiência e é aí que o talento musical de Naomi Scott entrou em cena. Além de cantar, a atriz também compôs duas canções originais para a artista, conforme revelou:
“Foi bem divertido. Quando entrei nesse processo, já haviam três canções escritas para Skye, duas de autoria da produtora Ida Rose. Alexis foi a artista que compôs. Sua voz está na demo e realmente nos ajudou a criar o esqueleto do que seria a sonoridade da personagem. Isso também me ajudou a criá-la, porque óbvio, eu estou cantando aqui como Skye Riley, não como eu mesma. Então nós conseguimos encontrar a voz dessa protagonista e desenvolvê-la em tela. E eu ainda escrevi duas músicas para o filme, então foi bem legal me envolver diretamente nessa parte”.
O novo filme conta com 2 horas e 12 minutos de duração (2h1min + créditos).
Na trama…
Prestes a embarcar em uma turnê mundial, a cantora pop Skye Riley começa a viver experiências aterrorizantes e inexplicáveis. Tomada pelo horror e pela pressão da fama, Skye é forçada a confrontar seu passado para retomar o controle de sua vida antes que seja tarde demais.
Parker Finn retorna à direção.
Kyle Gallner é o único que reprisa o papel do primeiro filme. O elenco ainda contará com Lukas Gage (‘The White Lotus’), Dylan Gelula (‘O Homem dos Sonhos’), Rosemarie DeWitt (‘La La Land: Cantando Estações’) e Peter Jacobson (‘Dr. House’).