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Executivo acredita que donos de cinemas estavam com MEDO de se oporem à Disney durante a aquisição da Fox


Com a fusão entre a Paramount Skydance e a Warner Bros. em iminência, um outro acordo entre grandes companhias, ainda que mais antigo, voltou a ser tema de discussão.

O acordo em questão refere-se a uma das maiores aquisições da história do entretenimento: a fusão da Walt Disney Studios com a 20th Century Fox (que foi remodelada como 20th Century Studios). Dada a magnitude do acordo entre os gigantes do entretenimento de David Ellison e David Zaslav, a aquisição de 2019 está sendo citada como um exemplo do que pode dar errado em megafusões. Para ilustrar, o TheWrap publicou uma reportagem sobre o estado da indústria enquanto ela se prepara para a venda da Warner Bros. Discovery.

O artigo explora a preocupação que se estabeleceu em Hollywood com uma possível diminuição na produção de filmes da WBD e apresenta uma possibilidade interessante sobre por que a fusão Disney-Fox não encontrou tanta oposição quanto a que a WBD enfrenta atualmente.



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Embora o CEO da Paramount, David Ellison, afirme estar comprometido com o modelo de exibição nos cinemas, um executivo de uma grande rede de cinemas, em entrevista ao site, expressou dúvidas sobre a possibilidade de haver algum tipo de interrupção na geralmente prolífica programação de filmes da WBD.

“A Disney prometeu que não reduziria o número de filmes lançados pela 20th Century, e depois reduziu. E sim, vemos isso agora, e há muita frustração, mas ninguém disse nada na época”, ele afirma.

O declínio no número de projetos foi, de fato, significativo. Como mostra o relatório, a 20th Century Fox lançou 16 filmes em 2017 e 15 em 2018, antes de sofrer uma desaceleração drástica após ser absorvida pela Disney, lançando apenas dois filmes em 2024 e cinco em 2025.

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Questionado sobre o motivo de haver pouca resistência por parte dos donos de cinemas à época da fusão Fox-Disney, o executivo, que preferiu não ser identificado, teorizou que isso se devia ao fato de eles “confiarem na Disney ou terem medo da Disney.

Como mencionado pelo TheWrap, durante a fusão, a Disney era indiscutivelmente a empresa mais poderosa de Hollywood. Só no período de 2018-2019, o estúdio teve vários sucessos estrondosos, incluindo ‘Pantera Negra’ (US$1,3 bilhão), ‘Vingadores: Guerra Infinita’ (US$2 bilhões), ‘Os Incríveis 2’ (US$1,2 bilhão) e ‘Capitã Marvel (US$1,1 bilhão). A Disney parecia estar dominando a indústria na época – daí a teoria de que os donos de cinemas confiavam e temiam a empresa ao mesmo tempo.

Ainda que o executivo especule sobre os motivos, é importante considerar que os comentários vêm de alguém com experiência direta do ambiente da indústria cinematográfica durante a fusão Disney-Fox.

A percepção sobre a Disney na época da aquisição era bem diferente da atual – afinal, como pudemos ver nos últimos anos, várias propriedades sob a tutela da Casa Mouse falharam em conquistar o público e tornaram-se decepções de bilheteria, incluindo títulos do Universo Cinemático Marvel (uma das propriedades mais rentáveis da companhia).

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Thiago Nolla
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.
Thiago Nolla
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.
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