domingo , 22 dezembro , 2024

Fallout | Próxima Série da Amazon será baseada na franquia famosa de games

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“Como eu aprendi a parar de me preocupar e amar a bomba”

Recentemente o serviço de streaming Amazon Prime Video e a desenvolvedora Bethesda Game Studios confirmaram por meio de suas redes sociais que uma adaptação da saga de jogos Fallout estava em planos de ser adaptada. À frente dela estarão os roteiristas Lisa Joy (Westworld) e Jonathan Nolan (Westworld, Batman: O Cavaleiro das Trevas, Interestelar).

Através de um release para anunciar o projeto, Jonathan e Joy foram enfáticos ao ressaltar o peso que a franquia de jogos da Bethesda possui. “Fallout é uma das grandes séries de jogos de todos os tempos. Cada capítulo dessa história insanamente criativa nos custou incontáveis horas que poderíamos ter tido com família e amigos. Por isso estamos  incrivelmente animados de trabalhar com Todd Howard (diretor dos jogos Fallout e The Elder Scrolls)  e o resto dos lunáticos brilhantes na Bethesda para trazer esse universo sombriamente divertido à vida com a Amazon Studios”.



Até o momento, apenas um pequeno teaser de anúncio foi liberado pela Bethesda com um estilo similar aos tradicionais trailers da franquia. A presença do estúdio Kilter Films também foi confirmada para auxiliar na produção do seriado, é mais um nome pertencente à produção de Westworld a se juntar na empreitada.

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“Guerra. A guerra nunca muda”

A história de Fallout, apesar de variar os anos conforme os jogos vão saindo, possui um início básico: após atingir um ápice tecnológico notável o mundo começou a brigar por recursos naturais. A escalada das hostilidades eventualmente levou a uma guerra nuclear em que não só grande parte da raça humana foi dizimada, mas também deixou o mundo em frangalhos. Por ser um RPG, o jogador controla o personagem que irá personalizar e que é inserido nesse mundo de pouquíssimos recursos, relações humanas selvagens, risco de ser atacado por criaturas que sofreram mutações com a radiação e até de se infectar com a própria.

Esteticamente o mundo de Fallout pré-guerra nuclear possui uma identidade única, pois lembra muito as antigas artes de propaganda dos anos 50 e 60 quando diversas novas tecnologias surgiam (principalmente para o lar) e havia essa empolgação de que o futuro era algo palpável. Isso se traduziu na enxurrada de obras de ficção científica da época (a animação Os Jetsons e o filme O Dia em que a Terra Parou, por exemplo), no designer futurista de alguns carros e até na criação de um movimento estético chamado “futurismo” nos anos 60.

Já o cenário pós-guerra e predominante nos jogos lembra em muito os filmes de Mad Max principalmente pela vastidão desolada que se tornaram as cidades e pelas incontáveis facções que permeiam o ambiente. Esses grupos, aliás, geralmente possuem características únicas em sua estética para se diferenciarem uns dos outros. Outro fator notável da saga é a presença de uma grande variedade de raças que habitam aquele mundo, algo que não pode faltar em nenhum RPG.

Há humanos (única raça que o jogador pode escolher), ciborgues, robôs, cachorros, ghouls e super mutantes. Esses dois últimos já foram humanos que, infectados pela radiação, se deformaram em graus variados tanto de aparência quanto força e racionalidade. O primeiro Fallout foi desenvolvido pela Black Isle Studios e lançado em novembro de 1997 com a premissa de que o protagonista, vivendo em comunidade com outros sobreviventes dentro de um vault (uma espécie de abrigo nuclear no subterrâneo), deve ir para a superfície buscar um novo chip de purificação de água o mais rápido possível. Atualmente ele conta com uma avaliação profissional de 89 no Metacritic.

Um ano depois a Black Isle Studios lançou Fallout 2, cuja história se passa oitenta anos após o primeiro. O protagonista, um descendente do anterior, vive em um agrupamento de costumes tribais e, tal como no jogo anterior, deve abandonar a segurança de sua comunidade para encontrar um recurso que garantirá a sobrevivência da mesma. O jogo foi tão bem recebido quanto o anterior, tendo a crítica ressaltado o aumento de NPCs (personagens não jogáveis) ativos na história.

Após o fechamento da Black Isle Studios em 2003, os direitos de Fallout foram obtidos pela Bethesda, que a esta altura já era referência no gênero de RPG com a saga The Elder Scrolls, e em 2008 era lançado Fallout 3. Se passando 36 anos depois do segundo jogo, foi mais um sucesso de público e crítica para a franquia. A edição também se tornou a mais lucrativa da série até então, com mais de 12 milhões de unidades vendidas até 2015 segundo a Eletronic Entertainment Design and Research.

Em outubro de 2010 veio aquele que para muitos é o melhor saga, Fallout: New Vegas. Desenvolvido pela Obsidian Entertainment o jogo se tornou memorável para muitos devido a nova mecânica de relações sociais que foi retrabalhada pelos desenvolvedores, pela profundidade moral que algumas escolhas carregavam e pela maior personalidade que as novas facções apresentavam, em especial a cruel Caesar’s Legion.

Já em 2015, foi lançado o aguardado Fallout 4, novamente pela Bethesda. Seria o primeiro Fallout da empresa a usar o novo motor gráfico Creation Engine que já havia sido utilizado no clássico Skyrim, quatro anos antes. Enquanto que abraçado pela crítica especializada, a avaliação dos usuários do Metacritic foi bem abaixo dos outros jogos da franquia, com uma nota de 6,7. O jogo também se tornou infame por seus bugs (eventuais problemas que surgem na programação), tornando-o muitas vezes praticamente não jogável.

O ponto baixo da saga veio, porém, em 2018, com o lançamento de Fallout 76; a primeira incursão da franquia no terreno do multiplayer (algo que a Bethesda já vinha testando com The Elder Scrolls Online). Os primeiros meses pós-lançamento foram verdadeiramente terríveis para o jogo, que apresentava problemas de servidor, os mesmos bugs presentes no Fallout 4, relacionados à possibilidade de ter seus itens roubados por outros jogadores, microtransações (prática de gastar dinheiro real para comprar algum item no jogo), e por aí vai. As avaliações do game no Metacritic são terríveis também: nota 52 no metascore (avaliação da crítica especializada) e 2,7 no User Score (avaliação popular).

Resta saber de quais narrativas os produtores tirarão inspiração para a série.

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Através de um release para anunciar o projeto, Jonathan e Joy foram enfáticos ao ressaltar o peso que a franquia de jogos da Bethesda possui. “Fallout é uma das grandes séries de jogos de todos os tempos. Cada capítulo dessa história insanamente criativa nos custou incontáveis horas que poderíamos ter tido com família e amigos. Por isso estamos  incrivelmente animados de trabalhar com Todd Howard (diretor dos jogos Fallout e The Elder Scrolls)  e o resto dos lunáticos brilhantes na Bethesda para trazer esse universo sombriamente divertido à vida com a Amazon Studios”.

Até o momento, apenas um pequeno teaser de anúncio foi liberado pela Bethesda com um estilo similar aos tradicionais trailers da franquia. A presença do estúdio Kilter Films também foi confirmada para auxiliar na produção do seriado, é mais um nome pertencente à produção de Westworld a se juntar na empreitada.

“Guerra. A guerra nunca muda”

A história de Fallout, apesar de variar os anos conforme os jogos vão saindo, possui um início básico: após atingir um ápice tecnológico notável o mundo começou a brigar por recursos naturais. A escalada das hostilidades eventualmente levou a uma guerra nuclear em que não só grande parte da raça humana foi dizimada, mas também deixou o mundo em frangalhos. Por ser um RPG, o jogador controla o personagem que irá personalizar e que é inserido nesse mundo de pouquíssimos recursos, relações humanas selvagens, risco de ser atacado por criaturas que sofreram mutações com a radiação e até de se infectar com a própria.

Esteticamente o mundo de Fallout pré-guerra nuclear possui uma identidade única, pois lembra muito as antigas artes de propaganda dos anos 50 e 60 quando diversas novas tecnologias surgiam (principalmente para o lar) e havia essa empolgação de que o futuro era algo palpável. Isso se traduziu na enxurrada de obras de ficção científica da época (a animação Os Jetsons e o filme O Dia em que a Terra Parou, por exemplo), no designer futurista de alguns carros e até na criação de um movimento estético chamado “futurismo” nos anos 60.

Já o cenário pós-guerra e predominante nos jogos lembra em muito os filmes de Mad Max principalmente pela vastidão desolada que se tornaram as cidades e pelas incontáveis facções que permeiam o ambiente. Esses grupos, aliás, geralmente possuem características únicas em sua estética para se diferenciarem uns dos outros. Outro fator notável da saga é a presença de uma grande variedade de raças que habitam aquele mundo, algo que não pode faltar em nenhum RPG.

Há humanos (única raça que o jogador pode escolher), ciborgues, robôs, cachorros, ghouls e super mutantes. Esses dois últimos já foram humanos que, infectados pela radiação, se deformaram em graus variados tanto de aparência quanto força e racionalidade. O primeiro Fallout foi desenvolvido pela Black Isle Studios e lançado em novembro de 1997 com a premissa de que o protagonista, vivendo em comunidade com outros sobreviventes dentro de um vault (uma espécie de abrigo nuclear no subterrâneo), deve ir para a superfície buscar um novo chip de purificação de água o mais rápido possível. Atualmente ele conta com uma avaliação profissional de 89 no Metacritic.

Um ano depois a Black Isle Studios lançou Fallout 2, cuja história se passa oitenta anos após o primeiro. O protagonista, um descendente do anterior, vive em um agrupamento de costumes tribais e, tal como no jogo anterior, deve abandonar a segurança de sua comunidade para encontrar um recurso que garantirá a sobrevivência da mesma. O jogo foi tão bem recebido quanto o anterior, tendo a crítica ressaltado o aumento de NPCs (personagens não jogáveis) ativos na história.

Após o fechamento da Black Isle Studios em 2003, os direitos de Fallout foram obtidos pela Bethesda, que a esta altura já era referência no gênero de RPG com a saga The Elder Scrolls, e em 2008 era lançado Fallout 3. Se passando 36 anos depois do segundo jogo, foi mais um sucesso de público e crítica para a franquia. A edição também se tornou a mais lucrativa da série até então, com mais de 12 milhões de unidades vendidas até 2015 segundo a Eletronic Entertainment Design and Research.

Em outubro de 2010 veio aquele que para muitos é o melhor saga, Fallout: New Vegas. Desenvolvido pela Obsidian Entertainment o jogo se tornou memorável para muitos devido a nova mecânica de relações sociais que foi retrabalhada pelos desenvolvedores, pela profundidade moral que algumas escolhas carregavam e pela maior personalidade que as novas facções apresentavam, em especial a cruel Caesar’s Legion.

Já em 2015, foi lançado o aguardado Fallout 4, novamente pela Bethesda. Seria o primeiro Fallout da empresa a usar o novo motor gráfico Creation Engine que já havia sido utilizado no clássico Skyrim, quatro anos antes. Enquanto que abraçado pela crítica especializada, a avaliação dos usuários do Metacritic foi bem abaixo dos outros jogos da franquia, com uma nota de 6,7. O jogo também se tornou infame por seus bugs (eventuais problemas que surgem na programação), tornando-o muitas vezes praticamente não jogável.

O ponto baixo da saga veio, porém, em 2018, com o lançamento de Fallout 76; a primeira incursão da franquia no terreno do multiplayer (algo que a Bethesda já vinha testando com The Elder Scrolls Online). Os primeiros meses pós-lançamento foram verdadeiramente terríveis para o jogo, que apresentava problemas de servidor, os mesmos bugs presentes no Fallout 4, relacionados à possibilidade de ter seus itens roubados por outros jogadores, microtransações (prática de gastar dinheiro real para comprar algum item no jogo), e por aí vai. As avaliações do game no Metacritic são terríveis também: nota 52 no metascore (avaliação da crítica especializada) e 2,7 no User Score (avaliação popular).

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