segunda-feira , 23 dezembro , 2024

Fantastic Fest | Suspiria – O polêmico remake é boicotado por um clímax mal executado

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Quando Dario Argento lançou ‘Suspiria‘ em 1977, o terror se transformou em um cult instantâneo por trazer uma inovadora e extremamente sombria trama, trazendo um estilo onírico e surreal que foi replicado em diversos filmes de terror posteriormente.

Era o cinema em sua melhor forma de arte, trazendo diversas metáforas poderosas sobre a sociedade e sua relação com as mulheres, transformando a sétima arte de uma maneira similar ao realizado por Hitchcock com ‘Psicose‘ – mas com escala menor, é claro!



Os cineastas parecem não entender que os clássicos devem permanecer intactos, mesmo após o micão que Gus Van Sant passou com o remate de ‘Psicose‘ em 1998. É praticamente impossível uma refilmagem chegar aos pés do original, então tentar é uma audácia.

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Após surpreender com ‘Me Chame pelo seu Nome‘ (Call Me by Your Name), o diretor italiano Luca Guadagnino decidiu realizar um remake do clássico ‘Suspiria‘. E o resultado é pra lá de polêmico, e promete polarizar opiniões.

Na trama, Susie Bannion (Dakota Johnson) é uma jovem bailarina americana que vai para a prestigiada companhia de balé Markos Tanz, em Berlim. Ela chega assim que Patricia (Chloë Grace Moretz) desaparece misteriosamente. Tendo um progresso extraordinário, com a orientação de Madame Blanc (Tilda Swinton), Susie acaba fazendo amizade com outra dançarina, Sara (Mia Goth), que compartilha com ela todas suas suspeitas obscuras e ameaçadoras.

Aos poucos, Sara e Susie começam a descobrir um obscuro segredo das mulheres que comandam o local, no coração de Berlim.

O filme começa muito bem, com uma interpretação espetacular de Chloë Grace Moretz em um surto psicótico, deixando um suspense no ar o tempo todo e fazendo perguntas sem respostas, que nos deixam bastante intrigado.

Quando Dakota Johnson entra em cena, ela demonstra uma linguagem corporal absurdamente bem desenvolvida durante suas cenas de balé e se destaca. Mas não demora muito para que sua personagem seja submetida a uma carga dramática maior, e a atriz não consegue entregar. Com uma atuação insossa, Dakota parece estar incorporando Anastasia Steele, sua personagem na infame franquia ‘Cinquenta Tons de Cinza‘. Em alguns momentos esqueci que estava assistindo ‘Suspiria‘ – parecia “Anastasia Steele entra para o balé demoníaco“. Foi um grande erro de casting dar um papel tão desafiador para uma atriz sem muitas expressões.

Tilda Swinton está sempre sensacional e dá um show interpretando a Madame Blanc, mas é boicotada por alguns momentos vergonha alheia que o roteiro e o diretor proporcionam.

Em seu segundo ato, ‘Suspiria‘ começa a perder seu encanto. O ambiente de tensão sufocante criado por Guadagnino vai dando espaço para um show de horrores mal executado, com atuações risíveis e situações que estragam tudo aquilo de positivo que havia sido construído.

O climax tão aguardado, baseado no conceito horripilante de ‘Suspiria di Profundis‘, é extremamente piegas e faz rir ao invés de assustador. Mal dirigido e cafona, usa litros de sangue e efeitos especiais duvidosos no momento que deveria ser mais épico, estragando tudo aquilo que havia sido realizado.

Porém, vale lembrar que cinema é arte e está aberto a diversas interpretações. Como eu havia mencionado no início dessa crítica, ‘Suspiria‘ é um filme que irá polarizar opiniões: ou você ama, ou odeia. Não existe meio termo aqui. E por isso, o remake é notório. Ele irá causar sensações em você, pelo bem ou pelo mal.

Fantastic Fest – Dia 1 – ‘Suspiria’ é um dos piores do ano; ‘Overlord’ é terrorzão em toda sua glória!

 

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Era o cinema em sua melhor forma de arte, trazendo diversas metáforas poderosas sobre a sociedade e sua relação com as mulheres, transformando a sétima arte de uma maneira similar ao realizado por Hitchcock com ‘Psicose‘ – mas com escala menor, é claro!

Os cineastas parecem não entender que os clássicos devem permanecer intactos, mesmo após o micão que Gus Van Sant passou com o remate de ‘Psicose‘ em 1998. É praticamente impossível uma refilmagem chegar aos pés do original, então tentar é uma audácia.

Após surpreender com ‘Me Chame pelo seu Nome‘ (Call Me by Your Name), o diretor italiano Luca Guadagnino decidiu realizar um remake do clássico ‘Suspiria‘. E o resultado é pra lá de polêmico, e promete polarizar opiniões.

Na trama, Susie Bannion (Dakota Johnson) é uma jovem bailarina americana que vai para a prestigiada companhia de balé Markos Tanz, em Berlim. Ela chega assim que Patricia (Chloë Grace Moretz) desaparece misteriosamente. Tendo um progresso extraordinário, com a orientação de Madame Blanc (Tilda Swinton), Susie acaba fazendo amizade com outra dançarina, Sara (Mia Goth), que compartilha com ela todas suas suspeitas obscuras e ameaçadoras.

Aos poucos, Sara e Susie começam a descobrir um obscuro segredo das mulheres que comandam o local, no coração de Berlim.

O filme começa muito bem, com uma interpretação espetacular de Chloë Grace Moretz em um surto psicótico, deixando um suspense no ar o tempo todo e fazendo perguntas sem respostas, que nos deixam bastante intrigado.

Quando Dakota Johnson entra em cena, ela demonstra uma linguagem corporal absurdamente bem desenvolvida durante suas cenas de balé e se destaca. Mas não demora muito para que sua personagem seja submetida a uma carga dramática maior, e a atriz não consegue entregar. Com uma atuação insossa, Dakota parece estar incorporando Anastasia Steele, sua personagem na infame franquia ‘Cinquenta Tons de Cinza‘. Em alguns momentos esqueci que estava assistindo ‘Suspiria‘ – parecia “Anastasia Steele entra para o balé demoníaco“. Foi um grande erro de casting dar um papel tão desafiador para uma atriz sem muitas expressões.

Tilda Swinton está sempre sensacional e dá um show interpretando a Madame Blanc, mas é boicotada por alguns momentos vergonha alheia que o roteiro e o diretor proporcionam.

Em seu segundo ato, ‘Suspiria‘ começa a perder seu encanto. O ambiente de tensão sufocante criado por Guadagnino vai dando espaço para um show de horrores mal executado, com atuações risíveis e situações que estragam tudo aquilo de positivo que havia sido construído.

O climax tão aguardado, baseado no conceito horripilante de ‘Suspiria di Profundis‘, é extremamente piegas e faz rir ao invés de assustador. Mal dirigido e cafona, usa litros de sangue e efeitos especiais duvidosos no momento que deveria ser mais épico, estragando tudo aquilo que havia sido realizado.

Porém, vale lembrar que cinema é arte e está aberto a diversas interpretações. Como eu havia mencionado no início dessa crítica, ‘Suspiria‘ é um filme que irá polarizar opiniões: ou você ama, ou odeia. Não existe meio termo aqui. E por isso, o remake é notório. Ele irá causar sensações em você, pelo bem ou pelo mal.

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