A atriz Cate Blanchett já demonstrou como será o júri do Festival de Cannes 2018, presidido por ela.
Em uma coletiva de imprensa, que aconteceu nesta quarta-feira (09) e que marca a abertura do evento, a veterana afirmou que a “Palma de Ouro não é o Nobel da Paz”, salientando que não haverá preferências no que diz respeito à escolha dos vencedores.
A afirmação faz uma alusão às atuais circunstâncias vivenciadas pelos cineastas Jafar Panahi e Kirill Serebrennikov, iraniano e russo (respectivamente), que cumprem prisão domiciliar eu seus países.
Sua fala também foi marcada pela necessidade de haver mudanças sem partidarismo, prezando pela qualidade fílmica e não pela pressão de movimentos sociais ou campanhas.
A pontuação é virtude da presença de apenas três mulheres concorrendo à premiação, diante de 21 diretores.
“Para que mudanças significativas aconteçam, precisamos tomar algumas decisões. […]Se eu queria mais mulheres? Sim. Se espero ver mais mulheres? Claro. Mas trabalharemos com o que temos. Elas não estão ali pelo seu gênero, mas pela qualidade do trabalho que fazem. E nós as avaliaremos como cineastas, como realmente tem que ser”.
Sobre os critérios de avaliação, a presidente ainda pontuou:
“Uma Boa Palma de Ouro é aquele filme que tem tudo: perfomance, roteiro, direção, fotografia…é uma produção que espero que fique ao longo do tempo, muito além do festival”.
O juri desta edição do Cannes é também composto por Kristen Stewart, Léa Seydoux, Ava Duvernay, Khadja Nin, Denis Villeneuve, Robert Guédiguian, Andrey Zvyagintsev e Chang Chen.