domingo , 22 dezembro , 2024

Festival do Rio | A Ciambra – O Representante da Itália no Oscar

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Em uma Itália distante das belezas e farturas turísticas, conhecemos Pio (Pio Damato), um jovem de 14 anos que vive cercado pelas austeridades do mundo adulto, insistente em cobrar sua presença, ainda que de forma indireta. O fato deixa o menino constantemente pressionado entre as suas questões de amadurecimento e escolhas que interferem diretamente em sua família. Pio vê em seu irmão mais velho um exemplo, não só de força, mas de um grau de liberdade, o qual ele almeja por estar associado a uma espécie de sucesso máximo que ele poderia alcançar, em vista as possibilidades e horizontes que sua vida o oferece.



Do diretor e roteirista italiano Jonas Carpignano, A Ciambra , que inicialmente fora um curta-metragem lançado em 2014, é uma retomada não somente ao curta mas a uma perspectiva do cineasta, que já possui em sua trajetória outro longa que traz para o cinema essa Itália tão pouco vista e discutida – sobretudo fora dela – como é visto em Mediterranea (ANO –  apresentando as dificuldades e dores que passam os imigrantes africanos seguindo para o país). Em Mediterranea, Carpignano  também conta com o ator Koudous Seihon como protagonista. Já em seu mais recente trabalho o ator volta ao papel de imigrante com o personagem Krauss. Apesar de não ser o protagonista aqui,  ele desempenha um forte papel dentro da trama, servindo para Pio como o mentor durante a ausência do irmão mais velho.

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Uma das características mais ricas do longa é sua fotografia que combina as sombras de um povoado que parece abandonado a própria sorte, com as faíscas luminosas de povos que, apesar de tudo, continua resistindo. Essa forma de sobrevivência não está carregada por uma transcendência, mas de raízes do real que a escancaram sem pretensões o que é funcional para a comunicação e credibilidade com seu espectador. Por mais que o público se encontre impactado, também entende que não há espaço para condenações pequenas perante ao quadro apresentado. Portanto, se torna no mínimo compreensível e –quase – natural a velocidade com a qual aquelas crianças crescem e também a sua ansiedade para isso, já que a infância ali não tem seu espaço e é invisibilizada.

A Ciambra é um filme de muitos méritos e não à toa concorre a vaga de filme estrangeiro representando a Itália. Além disso, conta com o poderoso nome de Martin Scorsese figurando entre seus produtores, o que pode lhe ajudar a de fato vir a ser um dos selecionados.

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Do diretor e roteirista italiano Jonas Carpignano, A Ciambra , que inicialmente fora um curta-metragem lançado em 2014, é uma retomada não somente ao curta mas a uma perspectiva do cineasta, que já possui em sua trajetória outro longa que traz para o cinema essa Itália tão pouco vista e discutida – sobretudo fora dela – como é visto em Mediterranea (ANO –  apresentando as dificuldades e dores que passam os imigrantes africanos seguindo para o país). Em Mediterranea, Carpignano  também conta com o ator Koudous Seihon como protagonista. Já em seu mais recente trabalho o ator volta ao papel de imigrante com o personagem Krauss. Apesar de não ser o protagonista aqui,  ele desempenha um forte papel dentro da trama, servindo para Pio como o mentor durante a ausência do irmão mais velho.

Uma das características mais ricas do longa é sua fotografia que combina as sombras de um povoado que parece abandonado a própria sorte, com as faíscas luminosas de povos que, apesar de tudo, continua resistindo. Essa forma de sobrevivência não está carregada por uma transcendência, mas de raízes do real que a escancaram sem pretensões o que é funcional para a comunicação e credibilidade com seu espectador. Por mais que o público se encontre impactado, também entende que não há espaço para condenações pequenas perante ao quadro apresentado. Portanto, se torna no mínimo compreensível e –quase – natural a velocidade com a qual aquelas crianças crescem e também a sua ansiedade para isso, já que a infância ali não tem seu espaço e é invisibilizada.

A Ciambra é um filme de muitos méritos e não à toa concorre a vaga de filme estrangeiro representando a Itália. Além disso, conta com o poderoso nome de Martin Scorsese figurando entre seus produtores, o que pode lhe ajudar a de fato vir a ser um dos selecionados.

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