quinta-feira, abril 25, 2024

Festival do Rio | Tom of Finland – Belíssimo filme sobre a arte de amar

Arte do amar. Biografia de um dos mais influentes artistas do cenário homossexual de todos os tempos, Tom of Finland é um retrato delicado, envolvente e tocante de um homem que lutou contra o preconceito em uma Finlândia que caçava e proibia o homossexualismo. Encontrou em sua arte uma maneira de ajudar outros que vivem o mesmo drama e assim inspirou uma geração com uma obra que virou eterna. Dirigido por Dome Karukoski, o filme é uma jornada de emoções, um grande tapa na cara do preconceito.

Na trama, conhecemos o até então tenente do exército finlandês Touko Laaksonen (Pekka Strang), que mais tarde se tornaria um dos mais icônicos artistas homossexuais do século XX.

O filme conta a trajetória de Tom desde os tempos em que foi Tenente finlandês na Segunda Guerra Mundial, seu relacionamento cheio de tensão com sua irmã, seus intensos (alguns escondidos) relacionamentos sexuais amorosos e o gosto pela arte, com parte de sua obra voltada ao público gay, conquistando uma legião de fãs, principalmente nos Estados Unidos. Muito bem roteirizado, os arcos são detalhistas e nos apresentam um grande raio-x desse finlandês que virou sensação nos Estados Unidos.

Durante a guerra, quando Stalin resolveu invadir a Finlândia, Tom foi Tenente e passou por várias situações dramáticas como quando teve que matar um soldado soviético que acabara de aterrissar de paraquedas. Esse acontecimento mudou sua vida, assim como as pausas da guerra quando se reunia em bosques com outros soldados homossexuais. Após o conflito, Tom seguiu clandestinamente nas ruas de uma grande cidade finlandesa, se relacionando com outros homens e tentando vender sua obra em lugares reservados e escondidos. Seu caminho sempre foi repleto de preconceito e grandes obstáculos, mas sempre lutando por suas ideias e sua maneira de amar.

Tom, sempre solitário em seus pensamentos, viveu sonhos eróticos e resolveu desenhá-los. Quando o amor apareceu na sua porta, ganhou forças para investir em suas ideias e passou a tentar realizar mais publicações de seus pequenos livretos. Sua obra baseia-se em uniformes colocados em homens musculosos em situações desinibidas e repletas de sexualidade. Teve a sorte de uma editora norte-americana lançar seus desenhos e logo virou sensação em um lugar onde o homossexualismo tinha maior liberdade. Chegando aos Estados Unidos, percebe as diferenças de sua terra natal e a América, ganhando e inspirando apoio de fãs, assim conseguindo cravar de vez seu nome na histórica luta contra o preconceito homossexual.

Tom of Finland é um dos bons filmes da edição 2017 do Festival do Rio.

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