domingo , 22 dezembro , 2024

Festival do Rio 2013: Como Não Perder Essa Mulher

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Primeira incursão atrás das câmeras como diretor, do ator Joseph Gordon-Levitt (Lincoln), Como Não Perder Essa Mulher (título nacional estranho) vem chamando a atenção desde o início do ano. O filme, também escrito pelo ator, fez seu debute em janeiro durante o Festival de Sundance. Muito relevante e atual, a obra de Levitt aponta o dedo para uma geração inteira, e para a mudança fenomenal trazida por prazeres virtuais. Don Jon´s Addiction, como era intitulado originalmente, assim como Boogie Nights fez para o auge e declínio do cinema pornográfico, serve como obra quintessencial para a pornografia virtual.

Em especial, Don Jon relata o relacionamento de todos os homens (como o filme afirma) com a facilidade de acesso do substituto do sexo real, e relações humanas. No filme, o diretor vive Jon, um sujeito simplório que vive em função de suas paixões na vida, como ele dita: seu corpo, sua casa, seu carro, sua família, sua igreja, seus amigos, as mulheres e a pornografia. Quem dera a vida fosse tão simples assim, e de certa forma a pouca aspiração do protagonista pode causar inveja. Um elemento ausente de sua rotina é a paixão profissional, que não faz parte de pessoas cujo estereotipo o ator satiriza aqui.



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Tudo muda para o sujeito, quando ele conhece a mulher de seus sonhos numa boate. Barbara Sugarman possui as formas estonteantes da musa Scarlett Johansson, então como não se apaixonar? O protagonista decide abrir mão de seu vício lascivo em nome do amor dessa mulher. Mas como todo viciado, o primeiro passo, assumir a fraqueza, é o mais difícil. Justificar como comportamento natural da modernidade é o mais seguro. No meio do caminho, Jon se relaciona com a família, os amigos, e com a personagem de Julianne Moore, uma colega de turma, no curso que sua namorada lhe faz estudar. A personagem de Moore, inconveniente de início, se mostrará uma espécie de guru para sua atual situação.

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O filme de Gordon-Levitt é simples e de certa forma ingênuo, mas fala com autoridade e pertinência definidoras de uma geração. O interessante na história confeccionada pelo ator é fazer do protagonista a antítese de um viciado em pornografia, geralmente pessoas solitárias, anti-sociais e incapazes de se relacionarem com outras pessoas. A obra deixa claro que seu protagonista é um herói para os amigos, que o admiram e o invejam. Sua vida simplória faz todo o sentido para eles, e creio para muita gente. O sujeito está completamente satisfeito com sua rotina, até perceber que precisa sair de sua autoimposta caixa. A caricatura de ítalo-americanos que o diretor faz é perfeita.

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Moradores de Nova Jérsei, os chamados “guidos” ficaram conhecidos pelo reality show “Jersey Shore”, que explora justamente o tipo de comportamento retratado por Gordon-Levitt em seu filme. Seu personagem poderia fazer parte do programa inclusive. Os sotaques carregados do protagonista, e de Johansson, são por si só um atrativo. Como Não Perder Essa Mulher traz de volta o astro da TV Tony Danza, o único que não precisou forjar um sotaque, no papel do pai do personagem principal. Joseph Gordon-Levitt desabrochou ultimamente como um dos mais talentosos jovens artistas dentro do cinema de Hollywood, e a direção desse filme é seu próximo grande passo dado.

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Primeira incursão atrás das câmeras como diretor, do ator Joseph Gordon-Levitt (Lincoln), Como Não Perder Essa Mulher (título nacional estranho) vem chamando a atenção desde o início do ano. O filme, também escrito pelo ator, fez seu debute em janeiro durante o Festival de Sundance. Muito relevante e atual, a obra de Levitt aponta o dedo para uma geração inteira, e para a mudança fenomenal trazida por prazeres virtuais. Don Jon´s Addiction, como era intitulado originalmente, assim como Boogie Nights fez para o auge e declínio do cinema pornográfico, serve como obra quintessencial para a pornografia virtual.

Em especial, Don Jon relata o relacionamento de todos os homens (como o filme afirma) com a facilidade de acesso do substituto do sexo real, e relações humanas. No filme, o diretor vive Jon, um sujeito simplório que vive em função de suas paixões na vida, como ele dita: seu corpo, sua casa, seu carro, sua família, sua igreja, seus amigos, as mulheres e a pornografia. Quem dera a vida fosse tão simples assim, e de certa forma a pouca aspiração do protagonista pode causar inveja. Um elemento ausente de sua rotina é a paixão profissional, que não faz parte de pessoas cujo estereotipo o ator satiriza aqui.

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Tudo muda para o sujeito, quando ele conhece a mulher de seus sonhos numa boate. Barbara Sugarman possui as formas estonteantes da musa Scarlett Johansson, então como não se apaixonar? O protagonista decide abrir mão de seu vício lascivo em nome do amor dessa mulher. Mas como todo viciado, o primeiro passo, assumir a fraqueza, é o mais difícil. Justificar como comportamento natural da modernidade é o mais seguro. No meio do caminho, Jon se relaciona com a família, os amigos, e com a personagem de Julianne Moore, uma colega de turma, no curso que sua namorada lhe faz estudar. A personagem de Moore, inconveniente de início, se mostrará uma espécie de guru para sua atual situação.

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O filme de Gordon-Levitt é simples e de certa forma ingênuo, mas fala com autoridade e pertinência definidoras de uma geração. O interessante na história confeccionada pelo ator é fazer do protagonista a antítese de um viciado em pornografia, geralmente pessoas solitárias, anti-sociais e incapazes de se relacionarem com outras pessoas. A obra deixa claro que seu protagonista é um herói para os amigos, que o admiram e o invejam. Sua vida simplória faz todo o sentido para eles, e creio para muita gente. O sujeito está completamente satisfeito com sua rotina, até perceber que precisa sair de sua autoimposta caixa. A caricatura de ítalo-americanos que o diretor faz é perfeita.

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Moradores de Nova Jérsei, os chamados “guidos” ficaram conhecidos pelo reality show “Jersey Shore”, que explora justamente o tipo de comportamento retratado por Gordon-Levitt em seu filme. Seu personagem poderia fazer parte do programa inclusive. Os sotaques carregados do protagonista, e de Johansson, são por si só um atrativo. Como Não Perder Essa Mulher traz de volta o astro da TV Tony Danza, o único que não precisou forjar um sotaque, no papel do pai do personagem principal. Joseph Gordon-Levitt desabrochou ultimamente como um dos mais talentosos jovens artistas dentro do cinema de Hollywood, e a direção desse filme é seu próximo grande passo dado.

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