domingo , 22 dezembro , 2024

Filme de ação com Jennifer Garner no estilo ‘John Wick’ faz sucesso no HBO Max; Mas é bom?

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No cinema de horror existe o subgênero dos filmes de vampiros, onde criaturas sugam o sangue de suas vitimas. No terreno do audiovisual, existem as produções “vampiras”: filmes e séries que apenas sugam de uma fórmula ou gênero sem acrescentar ou entregar ao público nada em troca. Este é exatamente o caso com A Justiceira, filme estrelado pela sempre maravilhosa Jennifer Garner que está no TOP 10 dos filmes mais assistidos da HBO Max.

Existem dois tipos de pensamento ao se produzir uma obra cinematográfica. O primeiro é o pensamento do artista, que deseja uma quantia para o orçamento a fim de criar algo novo, poder usar a sétima arte para uma mensagem, mesmo que ela venha através de imagens num filme de entretenimento. Atuações, direção, roteiro e qualquer outro elemento que compõe o todo podem ser este tal diferencial.



Por outro lado, existe a mentalidade daqueles que apenas querem usar uma produção como meio de faturar uma grana (muitas vezes alta). Neste segmento, entrega-se um filme rápido, totalmente banhado numa fórmula que deu certo no passado, sem acrescentar qualquer novidade ou originalidade naqueles itens citados acima. Aqui, faz-se o básico na esperança de que o público não perceba a diferença – já que para eles ação é ação, terror é terror e comédia é comédia. É, inclusive, uma forma de tripudiar da inteligência do espectador.

Assista ao trailer:

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Até mesmo os filmes ruins muitas vezes trazem um elemento que sobressai, o que pode não mudar nossa opinião sobre tal obra (ela continua sendo ruim), mas ao menos existe algo para se admirar. Justamente por isso, na humilde opinião deste que vos fala, o pior tipo de filme é o que tenta se misturar com os demais dentro de um gênero, sem acrescentar nenhum elemento no qual possa ser enaltecido – apenas escorado no fato de “ser um filme de gênero”.

Sim, existe muita ideia maluca por aí para roteiros que não dão certo. Mas estas ao menos ousam, arriscando tudo para que a coisa funcione. E muitas vezes conquistam seu objetivo, isso é algo que o espectador que assiste a muitos filmes sempre busca, um atrativo de frescor. Infelizmente, A Justiceira não tem nada disso a oferecer. Esse é um dos filmes mais genéricos e esquecíveis de 2018.

O roteiro absurdo recicla Desejo de Matar (1974) – que ganhou refilmagem com Bruce Willis no início deste ano – e o anti-herói O Justiceiro, da Marvel, colocando como protagonista uma dona de casa com seus 50 quilos, papel de Jennifer Garner. Em cinco anos ela passa de mãe de família dos subúrbios americanos para assassina letal e imortal, que deixaria Ripley e Nikita no chinelo, após sua família ser assassinada. E aí estão bons exemplos de personagens femininas fortes e duronas que funcionam, através de um pseudo realismo.

Nada é explicado e tudo é jogado para que aceitemos como faríamos em qualquer outro filme de ação. O problema é que aqui também não existe o senso divertido do exagero. Esta é uma obra que se leva mais a sério do que deveria. Em um momento, a mulher amarra três criminosos mortos de ponta cabeça numa roda gigante. Não me pergunte como ela fez isso. Ademais, a falta de expressão no texto é tão grande que no decorrer parecemos estar assistindo a uma sátira de tais filmes, já que o longa perpassa todos os itens da cartilha, com momentos para lá de novelescos e atuações ruins. Até mesmo o título original soa como paródia: Peppermint – algo como hortelã. Não é engraçado dar um título assim a um filme de ação?

A direção é de Pierre Morel, cineasta francês apadrinhado de Luc Besson, que sob a tutela do grande diretor entregou trabalhos mais sólidos, como o primeiro Busca Implacável (2008), e sem ele deu belas escorregadas, como O Franco-Atirador (2015), com Sean Penn. O próprio Besson, inclusive, como mestre incontestável que é, sabe como criar personagens femininas fortes e identificáveis, até em filmes que não dão completamente certo, vide Colombiana (2011 – do qual foi produtor) e Lucy (2014). Já A Justiceira não passa de uma cópia carbono que já perdeu sua legibilidade.

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Existem dois tipos de pensamento ao se produzir uma obra cinematográfica. O primeiro é o pensamento do artista, que deseja uma quantia para o orçamento a fim de criar algo novo, poder usar a sétima arte para uma mensagem, mesmo que ela venha através de imagens num filme de entretenimento. Atuações, direção, roteiro e qualquer outro elemento que compõe o todo podem ser este tal diferencial.

Por outro lado, existe a mentalidade daqueles que apenas querem usar uma produção como meio de faturar uma grana (muitas vezes alta). Neste segmento, entrega-se um filme rápido, totalmente banhado numa fórmula que deu certo no passado, sem acrescentar qualquer novidade ou originalidade naqueles itens citados acima. Aqui, faz-se o básico na esperança de que o público não perceba a diferença – já que para eles ação é ação, terror é terror e comédia é comédia. É, inclusive, uma forma de tripudiar da inteligência do espectador.

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Até mesmo os filmes ruins muitas vezes trazem um elemento que sobressai, o que pode não mudar nossa opinião sobre tal obra (ela continua sendo ruim), mas ao menos existe algo para se admirar. Justamente por isso, na humilde opinião deste que vos fala, o pior tipo de filme é o que tenta se misturar com os demais dentro de um gênero, sem acrescentar nenhum elemento no qual possa ser enaltecido – apenas escorado no fato de “ser um filme de gênero”.

Sim, existe muita ideia maluca por aí para roteiros que não dão certo. Mas estas ao menos ousam, arriscando tudo para que a coisa funcione. E muitas vezes conquistam seu objetivo, isso é algo que o espectador que assiste a muitos filmes sempre busca, um atrativo de frescor. Infelizmente, A Justiceira não tem nada disso a oferecer. Esse é um dos filmes mais genéricos e esquecíveis de 2018.

O roteiro absurdo recicla Desejo de Matar (1974) – que ganhou refilmagem com Bruce Willis no início deste ano – e o anti-herói O Justiceiro, da Marvel, colocando como protagonista uma dona de casa com seus 50 quilos, papel de Jennifer Garner. Em cinco anos ela passa de mãe de família dos subúrbios americanos para assassina letal e imortal, que deixaria Ripley e Nikita no chinelo, após sua família ser assassinada. E aí estão bons exemplos de personagens femininas fortes e duronas que funcionam, através de um pseudo realismo.

Nada é explicado e tudo é jogado para que aceitemos como faríamos em qualquer outro filme de ação. O problema é que aqui também não existe o senso divertido do exagero. Esta é uma obra que se leva mais a sério do que deveria. Em um momento, a mulher amarra três criminosos mortos de ponta cabeça numa roda gigante. Não me pergunte como ela fez isso. Ademais, a falta de expressão no texto é tão grande que no decorrer parecemos estar assistindo a uma sátira de tais filmes, já que o longa perpassa todos os itens da cartilha, com momentos para lá de novelescos e atuações ruins. Até mesmo o título original soa como paródia: Peppermint – algo como hortelã. Não é engraçado dar um título assim a um filme de ação?

A direção é de Pierre Morel, cineasta francês apadrinhado de Luc Besson, que sob a tutela do grande diretor entregou trabalhos mais sólidos, como o primeiro Busca Implacável (2008), e sem ele deu belas escorregadas, como O Franco-Atirador (2015), com Sean Penn. O próprio Besson, inclusive, como mestre incontestável que é, sabe como criar personagens femininas fortes e identificáveis, até em filmes que não dão completamente certo, vide Colombiana (2011 – do qual foi produtor) e Lucy (2014). Já A Justiceira não passa de uma cópia carbono que já perdeu sua legibilidade.

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