O ano era 1975, quando Tubarão, de Steven Spielberg se tornou o primeiro blockbuster da história. Coincidentemente, ou não, o filme fazia uso de muitos efeitos técnicos, para criar o visual do vilão mecânico que movia a trama. Em 1977, Star Wars, de George Lucas, chegava para mudar de vez o jogo, nos transportando completamente para uma nova dimensão. Um mundo novo e mágico era criado do zero. No ano seguinte, em 1978, não menos importante para história técnica da sétima arte, o cineasta Richard Donner fazia você acreditar que um homem podia verdadeiramente voar, em Superman – O Filme.
Com a chegada da década de 1980, os blockbusters se consolidaram na indústria do cinema criando o que conhecemos de Hollywood. Daí seguiram verdadeiros clássicos modernos adorados, cujos efeitos especiais eram necessários para a trama. Filmes como Indiana Jones, De Volta para o Futuro, E.T. – O Extraterrestre, Poltergeist, Tron: Uma Odisseia Eletrônica, Os Caça-Fantasmas, O Exterminador do Futuro, Gremlins e tantos outros. Os chamados efeitos práticos (tudo o que é criado fisicamente e usado durante as filmagens) já começavam a dar lugar ao Chroma Key – efeitos colocados durante a pós-produção.
Na realidade, a técnica citada não é nova e era muito utilizada nos filmes de Alfred Hitchcock, por exemplo – no geral apenas sobrepondo imagens, com uma localidade externa. No fim da década de 1980 e início da década de 1990, os efeitos visuais criados por computadores já eram uma realidade. Cenários, objetos, localidades e personagens eram criados artificialmente pelas máquinas e inseridos em cena posteriormente. Assim, dinossauros voltavam à vida, robôs de metal líquido se desfaziam e recompunham-se, e encontros atemporais de personalidades falecidas eram possíveis.
Na década passada, ainda existia certa resistência, no sentido de que os filmes “virtuais” eram a minoria. Jogo que foi mudado com a chegada da nova década, na qual a tecnologia paira em tal patamar onde é difícil encontrar uma superprodução que não faça uso de cenários que não estão verdadeiramente lá. O fundo verde se tornou uma realidade tão presente no cinema atual de Hollywood quanto qualquer outro elemento pertencente a um filme. A praticidade veio junto com a artificialidade, e os profissionais da velha guarda, que valorizam mais os efeitos práticos, são cada vez mais raros. Nos EUA, é difícil encontrar um ator que ainda não tenha atuado com uma tela verde e precisado fingir um encontro com algo ou alguém que não está presente, ou estar em um lugar o qual apenas imagina.
O processo da captura de movimento também é uma realidade moderna e inovadora, na qual o ator é usado apenas como molde para a criação virtual. A atriz Zoe Saldana não aparecia em carne e osso na mega produção Avatar, por exemplo, embora seja a segunda em destaque na trama. O mesmo ocorre com o veterano na técnica, Andy Serkis, muito mais um ator virtual do que real. Há muito se fala em trazer atores de volta à vida para novas produções. A ideia é usada como tema central no importante O Congresso Futurista. Imaginem assistir a um novo filme estrelado por Audrey Hepburn ou Marilyn Monroe. Ou ao menos suas cópias digitais. Enquanto isso não acontece, veja abaixo imagens de produções recentes que usaram a técnica da já essencial tela verde.