O Dia Internacional da Mulher é hoje, 8 de março, porém, o direito ao protagonismo feminino é uma luta diária. Embora muitos direitos já tenham sido conquistados, a verdade é que o caminho ainda é longo, e a luta é passada de geração a geração. No cinema, nossa trajetória tem sido retratada de inúmeras formas, por isso nós do CinePOP fizemos uma seleção de filmes com protagonismo feminino que inspiram a gente a ser mais fortes. Junte as amigas, porque ninguém larga a mão de ninguém!
‘Suprema’ (2019, cinema)
O filme estreia nos cinemas brasileiros dia 14/03, e é uma desculpa ótima para reunir as manas num programinha só das garotas. Baseado em fatos reais, conhecemos a história de Ruth Bader Ginsburg (Felicity Jones), uma das primeiras mulheres a entrar para a Suprema Corte Norte-Americana e advogar em prol da igualdade de gêneros. Uma curiosidade: a verdadeira Ruth Bader segue viva e inspirando as novas gerações de feministas.
‘Capitã Marvel’ (2019, cinema)
Essa é a grande estreia do Dia Internacional das Mulheres, e é o primeiro filme do Universo Marvel a jogar luz numa protagonista mulher. Carol Danvers (Brie Larson) é ensinada a sempre controlar suas emoções – o velho jargão de que “mulher não age com a cabeça, age com o coração” –, até o dia em que descobre seus poderes de verdade, e, agora, consciente deles e os dominando, a Capitã Marvel se torna uma das mulheres mais fortes da galáxia!
‘Mulher-Maravilha’ (2017, HBO)
Claro que não poderia faltar a super-heroína mais icônica dos quadrinhos e cujo filme arrancou aplausos (e respeito) tanto do público quanto da crítica. Diana Prince (Gal Gadot) é a princesa das amazonas que foi treinada desde pequena para ser uma guerreira imbatível, em uma ilha oculta do mundo dos humanos. Um dia, o jovem piloto Steve Trevor (Chris Pine) aparece na praia e lhe conta que o mundo está em guerra. Diana, então, assume o compromisso de acabar com a guerra dos homens e, no campo de batalha, ninguém nem nada consegue pará-la. As sequências das cenas de luta nesse filme são realmente lindas e, ao considerarmos que o filme foi dirigido por uma mulher, Patty Jenkins, é possível enxergar o quanto ela se preocupou em ter uma visão feminina para narrar essa história. É de aplaudir de pé!
‘As Sufragistas’ (2015, Studio Universal)
Embora a palavra ‘sufragista’ pareça estranha, ela designa as mulheres que lutaram pelo direito ao voto. Neste filme, conhecemos um grupo de mulheres que está sendo oprimido em fábricas, onde trabalham até a exaustão. Aos poucos elas tomam conhecimento de um grupo oculto que está se rebelando para exigir do governo inglês a igualdade dos direitos entre homens e mulheres, especificamente pelo direito ao voto. Baseado em fatos reais, uma das cenas mais bonitas é o discurso de Emmeline Pankhurst (Meryl Streep), embora seja bem curtinho.
‘Megarrromântico’ (2019, Netflix)
Pode não parecer, mas essa comédia tem um discurso direto com o auto-boicote feminino. Rebel Wilson interpreta Natalie, uma mulher que desde pequena foi ensinada a aceitar que mulheres como ela – gordas – não têm direito a sequer sonhar com um final feliz. Logo, Natalie se torna uma jovem com profundos problemas de autoestima, que não consegue conceber a ideia de que um homem, seja ele quem for, possa se interessar por ela. É um desses filmes que diverte muito, mas também emociona e faz refletir. Ah, e assim que acabar você vai querer vê-lo de novo!
‘Dumplin’ (2018, Netflix)
Baseado em um livro de mesmo nome, ‘Dumplin’ também aborda a questão da aceitação do próprio corpo, porém, no universo adolescente. Se as regras estéticas sociais são rigorosas, quando somos jovens o peso dessa regulação se torna maior ainda. É por isso que Willowdean Dickson (Danielle Macdonald) e suas amigas “fora do padrão” decidem se inscrever no concurso de beleza da cidade: para protestar contra a imposição de padrões estéticos que só tornam os jovens infelizes. Uma comédia com pitada de drama que emociona e dialoga com o nosso eu mais jovem.
‘Estrelas Além do Tempo’ (2017)
Enquanto os Estados Unidos e a Rússia disputavam quem chegaria primeiro à Lua na década de 1960, um grupo de mulheres trabalhou nos bastidores para fazer com que a NASA fosse a primeira. Essas mulheres fizeram e refizeram os cálculos que permitiram aos cientistas traçar as rotas espaciais dos astronautas. Essas mulheres, todas negras, precisavam percorrer QUILÔMETROS para ir ao banheiro, porque os banheiros “das pessoas de cor” eram separados. Essas mulheres, engenheiras, foram as verdadeiras responsáveis pelo sucesso das Apollos. Baseado em fatos reais, a história dessas mulheres finalmente ganhou voz – em livro e nos cinemas – e emociona em cada situação de luta por direitos iguais dentro da NASA.
‘Histórias Cruzadas’ (2011, Netflix)
Mississippi, anos 1960. Segregação racial e discriminação de gênero. É nesse contexto que a jovem branca Skeeter (Emma Stone) quer se tornar escritora e, para tal, tenta entrevistar as mulheres negras da sua comunidade que trabalham como babás dos filhos da elite branca, deixando suas próprias famílias de lado. Apesar da resistência inicial, finalmente Aibileen (Viola Davis) decide começar a falar, o que encoraja outras mulheres negras a darem seus depoimentos. Aos poucos, a coleta das vivências para o que inicialmente seria um livro se torna a plataforma que dá voz às mulheres invisíveis da tradicional família norte-americana. E a cena da torta é inesquecível!
‘Colette’ (2018, NOW e Amazon Prime)
Estrelado por Keira Knightley, o longa joga luz na vida da escritora francesa Sidonie-Gabrielle Collete, que, ao casar-se com o escritor oportunista Willy (Dominic West), conhece a boemia do mundo artístico da Paris dos anos 1920. Dona do próprio pensamento, Collete interage no mundo dos homens de igual para igual, o que os intimida. Com uma veia artística nata, Collete aos poucos começa a rascunhar suas primeiras histórias, que, por serem baseadas em suas vivências como mulher, passam a fazer muito sucesso – mas quem assina os livros é seu marido. Baseado numa história real, o filme retrata a luta de Collete em reaver os direitos de sua obra, intitulada ‘Chéri’, e de obter o respeito do meio artístico predominantemente masculino.