Os filmes de terror sempre povoaram o imaginário das pessoas. Geralmente atrelados a produções B, precisam de atrizes de renome e diretores conceituados para ganhar importância e fazer parte do cânone. Foi assim com ‘O Exorcista‘, que trazia Ellen Bursty e Linda Blair, inclusive indicado ao Oscar de melhor filme entre outras tantas produções sofisticadas como ‘O Chamado‘, ‘Os Outros‘, ‘O Sexto Sentido’ e tantos outros exemplares. Os primeiros anos da década de 90 não foram problemáticos apenas para o cinema nacional, que saiu do limbo com as produções do Cinema da retomada.
Os filmes de terror, que fizeram sucesso na década de 80 através dos ícones Jason (‘Sexta-Feira 13’), Freddy (‘A Hora do pesadelo’) e Michael Myres (‘Halloween’) e suas continuações estavam em franca decadência.
Os fãs inveterados do gênero reviam os sucessos da década de 80 para matar a saudade. Foi com ousadia e injetando sangue novo (trocadilho interessante se falando de filmes de terror, não?) que o diretor Wes Craven, responsável pelo primeiro episódio da saga ‘A Hora do Pesadelo‘, em parceria com o roteirista Kevin Willianson trouxe as telas do cinema ‘Pânico‘, a primeira parte de uma trilogia de sucesso.
Com o sucesso, o gênero que estava em queda e que se levantou de uma maneira súbita. Mesmo apelando para remakes bem feitos (O Massacre da Sérra Elétrica, Terror em Amityville), adaptações baseadas o horror japonês (O Chamado, Água Negra) e até brigas entre clássicos vilões do cinema (Freddy X Jason)…
Para comemorar esta sexta-feira 13, o CinePOP decidiu fazer um especial sobre o gênero, primeiro vamos falar sobre os grandes lançamentos. Depois partiremos para os clássicos do gênero que encantaram plateias e ainda fazem muita gente roer as unhas. Confira sem medo!
A Morte do Demônio
Após ficarem presos em uma afastada cabana, cinco amigos de 20 e poucos anos encontram o Livro dos Mortos, e sem saber dos perigos presentes, conjuram demônios adormecidos que vivem na floresta. Os demônios começam a possuir jovem por jovem, deixando apenas um para lutar pela sobrevivência.
O semi-desconhecido diretor uruguaio Federico Alvarez conquista o público ao preferir chocar a plateia, mesmo que isso causasse uma demanda menor de público. É um filme para pessoas fortes e apreciadoras do gênero terror. Alvarez não quis usar efeitos em computação gráfica no filme.
Tudo é explicito, e extremamente realista. Foram longos 70 dias de filmagens, com truques de mágica e ilusionismo para deixar as cenas mais próximas possíveis da realidade. O elenco também demonstra um grande talento, com destaque para a nova protagonista, interpretada pela ótima Jane Levy (da série ‘Suburgatory’).
Shiloh Fernandez (‘A Garota da Capa Vermelha’), Lou Taylor Pucci (‘Vírus’) e Jessica Lucas (‘Cloverfield – Monstro’) também se destacam, deixando apenas Elizabeth Blackmore (da série ‘Legend of the Seeker’) como o elo fraco em termos de atuação.
No roteiro, podemos ver o dedo de Diablo Cody (‘Juno’, ‘Garota Infernal’): falas irreverentes, uma protagonista falha e viciada em cocaína e alguns momentos bastante irônicos, porém não engraçados (positivamente falando). Os fãs do original sentirão falta de algumas coisas, como a risada diabólica da garota possuída durante quase todo o filme, a interação dos jovens, o balanço se movendo sozinho… mas as novidades na trama consegue subverter a atenção para as novas viradas do enredo – e não são poucas.
Pânico 4
Em ‘Pânico 4‘, Sidney Prescott (Neve Campbell) agora é autora de um livro de auto-ajuda, e retorna para Woodsboro na última parada de sua turnê para promover o lançamento. Lá, ela reconecta-se com o sherife Dewey (David Arquette) e Gale (Courteney Cox) – agora casados – assim como sua prima Jill (Emma Roberts) e sua tia Kate (Mary McDonnell). Infelizmente, o retorno de Sidney também traz Ghostface de volta, colocando Sidney, Gale e Dewey, junto com Jill, seus amigos e toda a cidade de Woodsboro, em perigo. Inspirado em vários filmes de terror, o assassino retorna, mas desta vez, as regras são baseadas no novo clichê.
Uma Noite de Crime
O ano de 2013 no cinema foi marcante por diversos fatores. Um deles foi a volta do terror como gênero extremamente lucrativo. Isto é, o bom terror, e não as intermináveis franquias dispensáveis que não irei nomear.
Tivemos, por exemplo, Invocação do Mal, que arrecadou mais de $300 milhões mundialmente, e contando, já que continua em cartaz em várias partes do mundo. Do mesmo diretor tivemos também Sobrenatural – Capítulo 2, que ainda não estreou no Brasil, mas já tem quase $130 milhões em caixa ao redor do mundo. Com quase $90 milhões, Uma Noite de Crime também se encaixa na categoria, embora sua qualidade não seja a mesma dos filmes citados.
Uma Noite de Crimes foi um dos filmes mais rentáveis do verão americano desse ano, época extremamente disputada na qual os filmes mais caros de cada estúdio se digladiam pelo gosto popular. Com um orçamento de $3 milhões (muito baixo se comparado com blockbusters inflados como O Cavaleiro Solitário), o thriller se mostrou extremamente lucrativo, com mais de $60 milhões somente nos Estados Unidos.
Escrito e dirigido pelo iniciante James DeMonaco (responsável pelos roteiros de Jack, A Negociação e Assalto à 13ª DP), a trama traz uma história criativa, que se perde da metade em diante. Num futuro não muito distante, o governo americano decidiu legalizar todo e qualquer tipo de crime somente por uma noite.
O evento anual conhecido como “A Purgação” (The Purge, no título original) permite que qualquer pessoa cometa os atos mais vis que desejarem sem punição alguma, somente pela tal noite. Qualquer assistência oficial, seja da polícia, bombeiros, hospitais, ou qualquer outra, será negada. Tais órgãos governamentais nem sequer funcionam na noite da purgação. Ou seja, você estará por conta própria. A proposta conseguiu diminuir muitos problemas, como a criminalidade e o desemprego no país. Tal premissa de uma realidade tão brutal daria um filmaço. Imaginem a possibilidade. De forma inusitada o filme começa sem menção alguma do fato, e quem não leu a sinopse recebe o grande baque quando o governo anuncia na TV o início da fatídica noite. (Por Pablo Bazarello)
Invocação do Mal
Invocação do Mal é um dos maiores sucessos de 2013. Mas ao contrário de diversos outros inexplicáveis, essa obra de terror fez por merecer.
Dirigido pelo especialista James Wan (Jogos Mortais e Sobrenatural), que sai de sua zona de conforto no comando do novo Velozes e Furiosos (a ser lançado em abril de 2015), o filme teve sua estreia bem no meio do verão americano – época de grande concorrência nas bilheterias. Ao realizarem as primeiras exibições teste, os produtores ficaram tão satisfeitos com o resultado e a recepção das pessoas, que decidiram comprar a briga e lançar o projeto no dia 19 de julho, nos EUA.
E o resultado não poderia ser mais encorajador. Com um orçamento de $20 milhões, Invocação do Mal já rendeu quase $260 milhões ao redor do mundo. Mas nada disso significaria muito se a qualidade do filme não se equiparasse. No entanto, a produção recebeu grandes elogios da imprensa, e marca 86% de aceitação da crítica, o que para um filme do gênero é uma ótima coisa.
Invocação do Mal acerta em todos os quesitos do que faz um bom filme de terror. Baseado em fatos reais, somos apresentados aos protagonistas do filme, o casal de investigadores do paranormal Ed e Lorraine Warren, vividos por Patrick Wilson (colaborador de Wan em Sobrenatural e Sobrenatural 2) e a indicada ao Oscar Vera Farmiga (Amor Sem Escalas).
Os dois são autoridades quando o assunto é assombração, fantasmas, espíritos malignos e demônios. Logo, eles precisam enfrentar seu maior desafio ao se depararem com a recém adquirida residência campestre dos Perron, uma grande família que conta com um pai (Ron Livingston, de Como Enlouquecer seu Chefe), uma mãe (Lili Taylor, de A Casa Amaldiçoada), e cinco filhas, interpretadas por Shanley Caswell (Pânico na Escola),Hayley McFarland (da série Lie to Me), Joey King (O Ataque), Mackenzie Foy(Amanhecer – Parte 2) e Kyla Deaver. O local vem sofrendo aparições, barulhos, e todo tipo de situação sinistra imaginável. (Por Pablo Bazarello)
Os Suspeitos
Para quem achava que o ano de 2013 terminaria no vermelho em questão da qualidade de seus filmes, pense de novo. A segunda metade do ano chegou para afirma-lo como proeminente em diversos gêneros cinematográficos. E assim tivemos o melhor filme de terror dos últimos anos, com Invocação do Mal; o melhor filme de ficção científica com Gravidade (segundo dizem), e um dos melhores filmes de esporte com Rush – No Limite da Emoção.
Agora podemos juntar à lista esse Os Suspeitos, definitivamente um dos melhores filmes de suspense dos últimos anos. Extremamente elogiado nos Estados Unidos, onde foi comparado a Seven, de David Fincher. Com um grande elenco reunido, Os Suspeitos é encabeçado pelos astros Hugh Jackman (Wolverine: Imortal) e Jake Gyllenhaal (Marcados para Morrer).
Com ótimo roteiro de Aaron Guzikowski (Contrabando), a história apresenta duas famílias vizinhas e amigas, se reunindo para o jantar de Ação de Graças. As duas famílias possuem filhos adolescentes, e cada uma, filhas pequenas.
Os patriarcas dos Dover são Jackman e Maria Bello (Gente Grande 2), e os Birch são interpretados por Viola Davis (Dezesseis Luas) e Terrence Howard (O Mordomo da Casa Branca). Num descuido das duas famílias, suas filhas pequenas saem para brincar na rua, num dia chuvoso, e numa tranquila vizinhança desaparecem sem deixarem vestígios.
Daí começa o pesadelo de todos os familiares envolvidos. A polícia chega para cuidar do caso, na forma do detetive Loki (Gyllenhaal). O sujeito determinado acha logo o principal suspeito, devido a descrição de um veículo próximo a área do desaparecimento, um trailer.
Paul Dano (Ruby Sparks – A Namorada Perfeita) possui um ótimo desempenho, mesmo sem muitos diálogos, na pele do suspeito número 1 da abdução, o deficiente mental Alex Jones. Ele vai preso, mas após a polícia não encontrar nenhuma evidência que ligue o jovem ao caso, é obrigada a soltá-lo. O fato causa desespero, em especial no mais ativo e empenhado a agir por conta própria e fazer absolutamente tudo para encontrar a filha, o personagem de Jackman.
Segredos de Sangue
‘Segredos de Sangue‘ era um dos filmes mais aguardados pelos cinéfilos e fãs do cinema cult. O fato se deve por ser a primeira incursão americana do prestigiado cineasta coreano Park Chan-wook, diretor de “Oldboy”.
O diretor permanece utilizando seu estilo visual único, para contar a história de uma família diferente e muito estranha. India (Mia Wasikowska, de “Alice no País das Maravilhas”) é uma menina incomum, que parece não demonstrar emoções. O relacionamento distante com a mãe, Evelyn (Nicole Kidman), só piora com a morte do pai devido a um acidente de trânsito, no dia do aniversário de 18 anos da jovem. India então se fecha mais para o mundo. C
omo citado diversas vezes no filme por sua mãe, a única diversão da protagonista parecia ser as longas caçadas ao lado do pai, Richard (Dermot Mulroney, em cena apenas através de flashbacks). A vida da família Stoker (título original da obra), em luto, muda com a chegada de Charles (Matthew Goode, de “Watchmen”), o tio de quem India nunca havia ouvido falar.
O Último Exorcismo – Parte 2
Os produtores não imaginavam que o original, intitulado ·O Último Exorcismo·, faria tanto sucesso: custou míseros US$ 1,8 milhão, e arrecadou mais de US$ 62,5 milhões mundialmente. Com uma potencial franquia em mãos, a Strike Entertainment não se importou em passar mico com o título e resolveu investir em uma sequência. A produção aposta no clichê para assustar: é o gato que surge do nada, pássaros que se jogam contra janelas, um mendigo que persegue a protagonista, efeitos sonoros que aumentam sempre que algo de ruim vai acontecer… Apesar de usar os artifícios mais batidos do gênero, o diretor novato Ed Gass-Donnelly consegue assustar a plateia com sucesso, e a produção embala um ritmo de sustos e acontecimentos bizarros que não deixa o espectador ficar entediado em nenhum momento.
Mama
Nikolaj Coster-Waldau vive os gêmeos Lucas e Jeffrey, esse último é pai de duas garotinhas, e, por um fator desconhecido, mata sua esposa, sequestra suas duas filhas e foge desesperadamente. Na escapada, o carro do homem derrapa num barranco e a família vai parar numa floresta. Lá eles encontram uma cabana e se refugiam. Após cinco anos de incessantes buscas, o tio Lucas encontra as meninas, sozinhas, nesse casebre, em um estado primal.
Completamente desumanizadas, como atos semelhantes à de um animal assustado. Seguindo os moldes do cinema de terror espanhol, em títulos como O Orfanato e Os Outros, o diretor engendra uma narrativa bastante soturna e elegante. E, apesar de abusar dos clichês, Muschietti consegue criar um clímax de suspense, em quase todas as cenas, justamente por saber utilizar bem trucagens cinematográficas minimalistas, vista em vários contos de terror, que são fundamenteis para aguçar a atenção do espectador e prendê-lo totalmente na poltrona. Pequenos detalhes no canto da tela ou reflexos em objetos funcionam perfeitamente. Ele ganha mais um ponto positivo, por não utilizar o velho truque do impacto sonoro, para forçar o susto na plateia.
Killer Joe – Matador de Aluguel
A trama é uma adaptação da peça de Tracy Letts, e foca em uma família desestruturada: Chris (Emile Hirsch) propõe ao pai, Ansel (Thomas Haden Church), matar sua mãe, de quem Ansel é separado. Assim, eles podem resgatar um seguro de vida que está no nome de sua irmã mais nova, Dottie (Juno Temple). Para fazer o serviço sujo contratam um matador, o detetive Joe Cooper (Matthew McConaughey), que exige o pagamento à vista. Como dependem da grana do seguro para pagar o matador, Chris vê o negócio indo por água abaixo, mas Joe tem a solução: quer Dottie como empréstimo.
João e Maria: Caçadores de Bruxas
Depois de pegarem um gostinho por sangue quando crianças, João (Jeremy Renner) e Maria (Gemma Arterton) se tornaram vigilantes extremos, determinados a defender seu povo . Agora, sem que eles saibam, João e Maria passaram a ser a caça e têm que enfrentar um mal muito maior do que as bruxas… seu passado.
Possessão
Baseado em fatos reais, Clyde (Jeffrey Dean Morgan) e Stephanie Brenek (Kyra Sedgwick) veem pouco motivo para preocupação quando sua filha mais nova Em se torna estranhamente obsessiva por uma caixa de madeira antiga que comprou em um brechó. Mas conforme o comportamento de Em fica ainda mais bizarro, o casal começa a temer a presença de uma força malévola. Trata-se de um dibbuk, um espírito que habita na caixa e que pode devorar a alma de quem a possui.
Evocando Espíritos 2
Ao encontrar uma nova casa, que consideravam ser o lugar ideal para viver, o casal não contava que a filha caçula começaria a ter misteriosas visões de pessoas estranhas, que só ela consegue enxergar. Mas um temor muito maior se concretiza quando eles começam a testemunhar estes apavorantes fenômenos ao redor da nova casa, dando indícios de que isso poderá, na verdade, liberar um arrepiante mistério, que foi mantido em segredo durante gerações.
Não Tenha Medo doEscuro
Não tenha Medo do Escuro é a mais nova produção do mexicano Guillermo Del Toro, que também assina o roteiro. Para quem não o conhece, o produtor/roteirista/diretor é o responsável por produções como O Labirinto do Fauno.
Em sua nova produção, ele abusa do susto e gritos e de uma fórmula utilizada anteriormente em sua filmografia: o terror infantil.
Na história, Sally é filha de pais separados, e tem um traço depressivo e hipocondríaco. Seu pai (Guy Pearce) a convida a morar com ele e sua nova namorada Kim (Katie Holmes). A incompreensão dos pais faz a menina se sentir não querida por eles e um tanto melancólica. Com isso, seres que habitam a casa que deles, a convida e incita-a a entrar no seu mundo.Tais seres são revelados logo no prólogo do filme, quando há uma brutal morte – típica de filmes do gênero-.
O longa funcionaria melhor sem a introdução dos seres no prólogo e sem a excessiva enfatização do horror. Pois a direção de arte e fotografia por si só compõem a atmosfera de mistério e horror. Tal prólogo tira o suspense da revelação dos seres ; mas mesmo com este excesso narrativo, os espectadores terão muitos sustos e suspiros de terror.
A Hora do Espanto
O veterano Charlie Brewster (Anton Yelchin) finalmente conseguiu o que queria: está com a turma mais popular e namorando a garota mais desejada de sua escola. Na verdade, ele está tão por cima que chega a desprezar seu melhor amigo. Mas os problemas começam quando Jerry (Colin Farrell) se muda para a casa ao lado. A princípio, ele parece um cara legal, mas há algo não muito certo – e todos, inclusive a mãe de Charlie (Toni Collette), não percebem. Depois de observar algumas atitudes bastante estranhas, Charlie chega a uma clara conclusão, Jerry é um vampiro em busca de presas no bairro. Incapaz de convencer alguém, Charlie precisa achar um meio de se livrar do monstro por conta própria nesta clássica comédia de terror dirigida por Craig Gillespie.
Filmes Clássicos
O Massacre da Serra Elétrica (2005)
Sinopse: Quatro amigos vão ao México assistir a um show. Quando eles dão carona a uma garota louca que se mata dentro do furgão, eles pedem socorro numa cidade no meio do nada. Só que ali moram Vilmer e sua família de psicopatas canibais, incluindo o mascarado Leatherface, que costuma matar as pessoas com uma serra elétrica. Elegido pelo CinePOP como um dos melhores filmes de terror de todos os tempos, ‘O Massacre’ consegue unir todos elementos que um assustador filme de terror precisam. Realmente um dos filmes mais fortes e chocantes de todos os tempos.
Jogos Mortais (2005)
Sinopse: O mistério começa quando os dois presos tentam juntar as provas deixadas para decifrar como chegaram lá, e mais importante ainda, de como eles poderão fugir. As pistas se desvendam à medida que suas identidades verdadeiras são expostas e eles percebem que são as próximas vítimas do assassino Jigsaw. ‘Jogos Mortais’ é um filme de terror muito bem elaborado, com inúmeras situações que levam o espectador a adivinhar o final, até o derramamento da última gota de sangue. A cada ato uma reviravolta, a cada reviravolta uma surpresa. O espectador vai ficando cada vez mais assustado e confuso, até chegar em um dos mais finais mais inteligentes já vistos. Um filme que vai deixar seus olhos abertos por um mês. E a luz do quarto acesa por dois. ‘Jogos Mortais’ é a retomada do verdadeiro cinema Terror.
O Amigo Oculto (2005)
Sinopse: Quando a mulher de David e mãe de Emily morre, pai e filha decidem se mudar para uma casa afastada da civilização. É quando a garotinha então cria o amigo imaginário Charlie. Tudo vai bem, até que todos começam a morrer. Quem será Charlie?
Mesmo partindo para o suspense psicológico, ‘O Amigo Oculto’ consegue fazer todos ficarem com as pernas bambas imaginaram como termina esta história um tanto complexa. Vale a pena pela atuação de Robert De Niro e Dakota Fanning.
Extermínio (2003)
Homem acorda do coma, e descobre que um vírus transformou a cidade inteira em zumbis. Ele recruta um grupo para lutar por suas vidas.
É, com certeza, um dos melhores filmes de terror de todos os tempos. As cenas, atuações e histórias são bem elaboradas.
A Bruxa de Blair (1999)
Sinopse: Três estudantes de cinema se dirigem à Floresta Black Hills com o objetivo de rodarem um documentário sobre a lenda local, a bruxa Blair. Eles nunca mais são vistos. Um ano depois, seus equipamentos e os negativos de seu filme são encontrados.
O século termina justamente com um dos filmes mais lucrativos da história do cinema e essa produção é justamente um filme de terror. A Bruxa de Balir custou miseráveis U$ 30 mil e rendeu U$ 150 milhões. E você deve estar de perguntando, como isso foi
Frankenstein de Mary Shelley (1994)
Sinopse: Após à morte da mãe, o jovem Victor Frankenstein deixa sua casa para estudar na Universidade. Em meio ao caos causado pela cólera, ele descobre o segredo da vida, e anima criatura que será eventualmente responsável por sua perdição. Adaptação do clássico de Mary Shelley. O estilo aqui é barroco e bem carregado, e tem uma direção no mínimo curiosa, a do inglês (que ficou célebre por dirigir filmes baseados nos livros de Willian Shakespeare) Kenneth Brannagh. É muito interessante ver também Robert De Niro, um dos maiores astros de Hollywood, no papel de monstro, coberto por muita maquiagem.
Drácula de Bram Stocker (1992)
Sinopse: Francis Ford Coppola retorna à fonte original do mito de Drácula e fez questão inclusive de manter o nome do escritor no nome do filme. Gary Oldman faz o papel do conde apaixonado que pensa ter reencontrado sua amada que fora assassinada séculos antes e não mede esforços para tê-la de volta. Classificar esta fita apenas como mais um filme de terror seria no mínimo injusto. Coppola criou uma verdadeira obra de arte. A começar pelo visual deslumbrante e arrebatador. O elenco é de primeira, com Winona Ryder fazendo o papel de objeto do desejo de Drácula e Anthony Hopkins no de caça vampiros. A produção ganhou 3 merecidíssmos Oscars: de figurinos, maquiagem e efeitos sonoros.
O Silêncio dos Inocentes (1991)
Sinopse: Agente do FBI é destacada para encontrar assassino que tira a pele de suas vítimas. Para entender como ele pensa, ela procura um perigoso psicopata, encarcerado sob a acusação de canibalismo. Esta produção de Johnatan Demme é uma espécie de divisor de águas dos filmes de terror pois foi o primeiro filme do gênero a ganhar o prêmio máximo da cinematografia mundial, o Oscar de Melhor filme daquele ano. Além deste levou a estatueta de direção, ator para Anthony Hopkins, atriz para Jodie Foster e roteiro, feito só conseguido por 3 filmes até agora. A adaptação do bestseller de Thomas Harris é ousada e foi copiado inesgotavelmente nos anos seguintes por inúmeras produções. Deu cria a mais dois filmes Hannibal e Dragão Vermelho, ambos não chegam nem aos pés do original.
Evil Dead – A Morte do Demônio (1983)
Sinopse: Grupo de jovens passa fim de semana numa cabana na floresta. Lá eles descobrem o diário de um arqueólogo e inadvertidamente liberam uma terrível maldição.Esta produção (que também é conhecida como ‘Uma Noite Alucinante’) é cultuada por muitos apreciadores de filmes de terror e produções B. O orçamento foi realmente baixíssimo, os efeitos especiais escassos, mas o resultado simplesmente apavorante. O clima que o diretor Sam Raimi cria é de arrepiar os cabelos do mais duro machão. Não assista este Evil Dead sozinho e à noite, você vai morrer de medo. Há mais duas sequências, mas não se igualam ao original, enveredando inclusive para a linha do humor. A boa notícia é que Raimi já declarou em entrevistas que estaria interessado em fazer uma quarta parte da franquia.
Poltergeist – O Fenômeno (1982)
Sinopse: Uma família inteira se vê ameaçada por estranhos fenômenos que se sucedem em sua casa. A filha mais nova desaparece dentro de uma tela de TV e só a intervenção de uma médium poderá revelar o mistério.O clima de pavor aqui é acentuado pelo fato de uma menina muito pequena viver as piores situações. O fato dela ficar presa numa tela de TV também faz com que sintamos muito medo mesmo, inclusive do próprio aparelho em que vemos o filme. Pensa-se seriamente em jogar a televisão pela janela. As continuações (obviamente mais fracas) são Poltergeist (2) – O Outro Lado e Poltergeist (3) – O Capítulo Final.
O Iluminado (1980)
Sinopse: Homem enlouquece e tenta matar mulher e filho em um assustador Hotel.Stanley Kubrick era genial e seu “O Iluminado” não é apenas uma das melhores adaptações de Stephen King, é também um dos grandes filmes de terror do cinema. Inexplicavelmente, King não ficou satisfeito com essa adaptação (existe uma outra versão – muito inferior a essa primeira – de “O Iluminado” feita em 1997, não sei se com essa King ficou feliz). Kubrick fez um filme impecável, e quem já assistiu deve se lembrar do mórbido hotel (locação das mais geniais) no qual a família Torrance passa pelas mais horripilantes situações.
Halloween (1978)
Sinopse: Michael Myers foge de um hospital psiquiátrico, depois de 15 anos de tratamento, por causa da morte da irmã, e volta à cidade onde ocorreu o crime para continuar com o banho de sangue. Este é um clássico (custou parcos U$300 mil e rendeu mais de U$ 55 milhões só nos EUA) por vários motivos, o primeiro por que transformou Jamie Lee Curte (então com apenas 19 anos) em diva das produções de terror, ela virou parâmetro de atuação neste tipo de filme (muitos, muitos gritos). O segundo motivo é por que foi dirigido por ninguém menos que John Carpenter, responsável por muitos outros bons filmes de horror como Vampiros, Eles Vivem, A Cidade dos Amaldiçoados e O Enigma do Outro Mundo. E por último por ter a trilha sonora mais hipnotizante que se tem notícia. Depois vieram inúmeras e cansativas sequências. A última é Halloween:Ressurreição.
O Exorcista (1973)
Sinopse: Menina de 12 anos (Linda Blair) é possuída pelo demônio. Sua mãe pede ajuda para a igreja e recebe a visita do religioso Damien Karras, um padre psicologicamente perturbado por questionar sua própria crença e que não se sente capaz de executar a tarefa sozinho, pede ajuda a um outro padre mais experiente. Juntos tentarão exorcizar o mal que controla a garota.A partir deste filme considerado como o clássico absoluto de terror o gênero nunca mais foi o mesmo recebendo inclusive 10 indicações ao Oscar, vencendo a de melhor som e de roteiro adaptado. A fita ficou tão boa quanto o livro e deixou muita gente sem dormir durante muito tempo.
A Noite dos Mortos Vivos (1968)
Sinopse: Meteorito radioativo traz os mortos de volta à vida. Sete seres humanos são encurralados numa fazenda pelos zumbis canibais, vivendo noite apavorante.Este genial filme de George Romero (de baixíssimo orçamento) revolucionou o cinema. Tanto é que sua fórmula foi copiada inúmeras vezes. A sensação de claustrofobia vivida pelos personagens é passada fielmente aos espectadores, o que nos faz sentir quase que na pele todo o horror que eles vivem. Depois vieram Zombie – O Despertar dos Mortos e Dia dos Mortos, muito inferiores a este primeiro.
O Bebê de Rosemary (1968)
Sinopse: Jovem casal muda para prédio habitado por estranhas pessoas. Quando ela engravida, passa a ter estranhas alucinações e vê seu marido se envolver com os vizinhos.Os típicos personagens dos filmes de terror saem de cena e entra o pavor no dia-a-dia de pessoas comuns como você ou sua tia. Tudo começa como um filme leve e até romântico e pouco o pouco Roman Polanski vai carregando o ambiente até deixá-lo totalmente sufocante. Imagine que uma indefesa grávida tem de lutar contra uma demoníaca seita que quer roubar o seu bebê. Completamente apavorante mesmo tendo mais de 30 anos.