quinta-feira , 21 novembro , 2024

Franquia Rocky | Do Pior ao Melhor – Incluindo Creed II

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Creed II chegou hoje aos cinemas de todo o Brasil, com a promessa de mais um grande sucesso para a carreira do astro Sylvester Stallone e para a franquia Rocky. Iniciada lá atrás, em 1976 (quando muitos de vocês sequer sonhavam em nascer), Rocky – Um Lutador (uma história tanto de amor quanto de boxe) levou 3 Oscar (melhor filme, diretor para John G. Avildsen e edição) dos 10 aos quais estava indicado – incluindo ator para Stallone -, e gerou sete continuações, incluindo os dois derivados Creed. Inegavelmente, Rocky é a franquia de esporte mais adorada do cinema, funcionando como obra motivacional e de muita inspiração.

Pensando nisso, o CinePOP resolveu revisitar toda a franquia para ranqueá-la, como de costume, do pior ao melhor capítulo. Antes de começar, devemos deixar claro que adoramos todos os episódios desta saga, até mesmo o mais fraquinho (Rocky V) e que a franquia tem muito valor sentimental para nós, que crescemos com tais filmes. Por isso, decidir entre eles é mais do que uma tarefa árdua. E para tanto, resolvemos recorrer a vocês, o público. Fomos buscar na fonte, de nossos colegas do Imdb (a bíblia do cinema na rede) para garantir mais justiça na hora da votação. Afinal, a voz do povo é a voz de Deus (e vivemos numa democracia).



Assim, se não concordar com a maioria, sempre pode deixar abaixo nos comentários a sua ordem de preferência. Vamos conhecer.

Rocky V (1990)

Após a era de pura galhofa dos anos 1980 que a franquia havia se tornado, a ideia de Stallone para o roteiro deste quinto episódio era voltar às raízes, e levar Rocky à pobreza de novo e ao velho bairro. Assim, uma forte conexão é tentada com o primeiro Rocky, inclusive em questão de figurino para o protagonista. Para isso, entre outras coisas, foi trazido de volta para o comando o cineasta John G. Avildsen – que havia ganhado o Oscar em 1977 pelo primeiro. O problema aqui é realmente o roteiro de Stallone, que tira Rocky dos ringues para se tornar treinador de um jovem talento, Tommy Gunn (Tommy Morrison). Rocky vê muito dele mesmo no rapaz, porém, Gunn é ambicioso e começa a não aceitar bem os conselhos do veterano, seduzido por um inescrupuloso empresário. De certa forma, Rocky V é o Creed que deu errado, já que as tramas são parecidas. A “luta final” ocorre nas ruas, de onde o protagonista saiu, entre Rocky e Gunn.

Rocky V recebeu nota 5.2 de mais de 112 mil votantes.

Rocky III – O Desafio Supremo (1982)

E se com Rocky V, Stallone tentava sair de presepada, no início da década de 1980, ele entrava de cabeça com tudo. Apenas Rocky III e IV foram produzidos na década de 80, justamente por isso são os mais “podreiras” da franquia – porém, os mais divertidos. Todo o resumo desta época tão única está impresso nestes filmes. Iniciada no filme anterior, Stallone volta na direção do terceiro filme, novamente assinando também o roteiro. A ideia aqui tem muito de Creed II também em sua estrutura narrativa. No topo do mundo, campeão mundial e cheio de dinheiro, Rocky talvez tenha esquecido às origens para se tornar de vez uma celebridade. Mas as ruas cobram o seu preço e a cada instante chega alguém tentando tomar o que é seu. Acomodado, Rocky é atropelado pelo rolo compressor chamado Clubber Lang (Mr. T), seu novo e cruel oponente – e como queríamos vê-lo de volta à franquia. Assim, Rocky precisa se superar novamente e reconquistar o trono. O filme também marca a parceria da dinâmica mentor- pupilo entre Rocky e Apollo (Carl Weathers), seu adversário nos dois primeiros filmes, após a morte do velho treinador Mickey (Burgess Meredith).

Rocky III recebeu nota 6.8 de mais de 151 mil votantes.

Rocky IV (1985)

Mais embrenhado na cultura dos anos 1980, o mais galhofeiro de todos os episódios da franquia. Este é o apogeu dos filmes Rocky, o mais excessivamente dramático, o mais enérgico e o que mais se aproxima aos termos de um blockbuster atual – de fato, o longa é quase um filme de super-herói de quadrinhos. Novamente escrito e dirigido por Stallone, a ideia foi pensar em um desafio ainda maior do que Clubber Lang a ser superado. Rocky já havia ido do auge ao fundo do poço e voltado. Superado a morte de seu mentor Mickey. O que sobrava? Que tal mais mortes, mais drama e um conflito internacional entre o capitalismo e o comunismo nos resquícios da Guerra Fria? Nada de uma revanche pelo título entre esportistas locais ou dos EUA, desta vez o roteiro trazia um vilão saído do frio. O russo Ivan Drago (Dolph Lundgren) é o pior pesadelo da carreira de Rocky e a luta entre os dois é mais do que homem contra homem – como diz a canção Burning Heart, da banda Survivor, trilha sonora do filme: é “leste contra oeste”. Assim, Drago mata Apollo numa luta de exibição e Rocky topa sua maior provação, ir até a finada União Soviética, enfrentar a “máquina exterminadora”.

Rocky IV recebeu nota 6.8 de mais de 163 mil votantes.

Rocky II – A Revanche (1979)

Creed II pode ser considerado um amálgama de diversos episódios da franquia Rocky e seus elementos. E se de Rocky III vinha a queda e volta por cima, e de Rocky IV trouxe novamente o antagonista Ivan Drago, de Rocky II ele tira toda a parte do drama familiar. É neste filme de 1979 que Rocky se torna pai de família e tem o filho com Adrian (Talia Shire). O longa é “o dia seguinte”, o próximo capítulo do evento que foi o primeiro e, que me perdoem por favor os puristas, saudosistas e fãs inveterados, um filme que não precisava existir. Mostrando já desde esta época que Hollywood não deixa nada para a imaginação, os envolvidos resolvem nos mostrar tudo o que havia apenas em nossa mente. É claro que o sucesso de Rocky (1976) tem tudo a ver com isto, e a vontade de Stallone em dirigir um filme da franquia – esta é sua estreia em um Rocky atrás das câmeras, e seu segundo longa na direção (depois de Taberna do Inferno, 1978) falou mais alto. Depois da “derrota” do protagonista no filme original – o que para ele foi a maior das vitórias -, vemos as consequências do evento tanto para Rocky, quanto para Apollo Creed, o campeão humilhado. Assim, uma revanche é orquestrada.

Rocky II recebeu nota 7.2 de mais de 167 mil votantes.

Rocky Balboa (2006)

Este é especial. Depois do desfecho nada satisfatório (para o público, os críticos, os fãs e o próprio Stallone) de Rocky V, os envolvidos resolvem tirar o gosto amargo da boca, dezesseis anos depois. Na época, Hollywood abraçava uma nova tendência – que segue a todo vapor hoje – as continuações tardias de produções do passado. E aqui foi quando o astro resgatava Rocky para os novos tempos. O sexto capítulo marca tanto pelo que é visto nas telas, quanto fora delas. Nesta época, Stallone via sua carreira escoar para os lançamentos em vídeo e ao dar um “final” digno a seu querido personagem, recuperava o prestígio e colocava novamente sua vida profissional nos eixos. Rocky Balboa funciona muito na forma de homenagem para a franquia e para o ator também. Ao final, ao vermos a plateia gritando para Rocky, sabemos que estão gritando para Stallone também – então, aos 60 anos de idade. E se dezesseis anos mais novo, o protagonista não subiu aos ringues, ele o faz aqui e enfrenta um oponente muito mais jovem, o campeão Mason ‘The Line’ Dixon (Antonio Tarver) – tudo devido a um programa de computador que avaliou qual entre os dois oponentes de épocas distintas seria o vencedor numa luta. Fora isso, o herói enfrenta a morte da companheira Adrian e os problemas com o filho, agora adulto na pele de Milo Ventimiglia. É pura emoção.

Rocky Balboa recebeu nota 7.2 de mais de 186 mil votantes.

Creed – Nascido para Lutar (2015)

Quando todos achavam que Rocky Balboa (2006) havia sido a despedida perfeita para o icônico personagem, eis que surge a ideia de mais um capítulo nesta saga – e o mais importante, vinda não de Stallone, mas do menino prodígio Ryan Coogler (mais conhecido atualmente pelo fenômeno Pantera Negra). A proposta do cineasta, que dirigiu e escreveu o roteiro, é transferir o protagonismo da franquia para Adonis Creed (Michael B. Jordan), o filho de Apollo Creed. O conceito brilhante coloca desta vez Rocky como coadjuvante, apenas ajudando a impulsionar a carreira de seu pupilo – o filho de seu melhor amigo. Assim como Rocky – Um Lutador, Creed é um drama, focado nas vidas de seus personagens. Além de grande peso emocional, que fincou os dois pés no chão, Coogler mostrou porque é um dos grandes nomes em atividade, criando técnicas de filmagem para as cenas de luta dentro do ringue, verdadeiramente impressionantes e nunca antes apresentadas. Trechos em primeira pessoa e tomadas que nos colocam pela primeira vez dentro do quadrado junto com os lutadores, deixaram a plateia extasiada. Um novo romance, entre Adonis e Bianca (a talentosa e carismática Tessa Thompson) deu o tempero e serviu como “Rocky e Adrian” modernos e empoderados. Fora isso, carregava no lado sentimental ao apresentar um Rocky como nunca visto antes, fragilizado e idoso. Prepare os lenços. O filme foi indicado para o Oscar de coadjuvante (Stallone).

Creed recebeu nota 7.6 de mais de 213 mil votantes.

Creed II (2018)

É aqui que a polêmica pega fogo e a controvérsia promete dominar as opiniões. Como dito na introdução do texto, esta lista não reflete nossa opinião aqui no CinePOP ou a minha particular, mas sim a opinião do grande público mundial na internet. Assim, o recém-lançado Creed II (estreou no fim do ano passado nos EUA e no mundo), coloca seu original para o terceiro lugar neste pódio. Mesmo não concordando pessoalmente, não podemos tirar os méritos da continuação, desta vez sim trazendo Stallone de volta ao roteiro (o filme anterior foi o único da franquia sem o envolvimento do astro no texto). Aqui, no entanto, a ideia para o filme veio de Sascha Penn, que orquestrou o retorno de Ivan Drago, desta vez trazendo a tira colo seu filho, o monstruoso Viktor Drago (Florian Munteanu). O roteiro sabiamente humaniza o vilão desta vez e assim como Rocky nos filmes anteriores, agora é Ivan quem precisa dar a volta por cima, após a derrota em 1985 e a humilhação que sentiu de ver seu país lhe virar as costas. Drago perdeu tudo, e deposita no filho a chance de redenção. Por outro lado, Adonis precisa manter o título e tem seus relacionamentos evoluídos.

Creed II recebeu nota 7.7 de mais de 30 mil votantes (ou seja, sua posição ainda pode cair).

Rocky – Um Lutador (1976)

Não tem jeito. Não é surpresa que a primeira posição no pódio ficaria para este clássico imortal. Rocky é a história popular máxima sobre superação no cinema. É a mais icônica história do perdedor que recebe a chance única na vida de mostrar seu valor e corresponde. Vivido por Stallone, o protagonista é um sujeito que nunca teve nada e não tem crédito algum na cidade. Um lutador de segunda linha, para quem a sorte resolve um dia sorrir, na terra das oportunidades. Após perder o oponente, o egocêntrico campeão do mundo Apollo Creed resolve dar a oportunidade de ouro a um ilustre desconhecido. E este desconhecido é o “garanhão italiano” em pessoa, Rocky Balboa. O filme traz um paralelo muito pessoal com a carreira do ator, que na época era um ilustre desconhecido tentando se firmar. Rocky ganha a chance no filme, e Stallone na vida real – se tornando um dos astros mais bem pagos de Hollywood nas décadas de 1980 e 1990. A trama do homem comum e sua jornada até o topo, está entranhada na essência do ser humano, é o que nos motiva e o que nos faz seguir. O tempo passa, mas Rocky permanece intocado. Uma das grandes obras-primas da sétima arte.

Rocky recebeu nota 8.1 de mais de 461 mil votantes.

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Creed II chegou hoje aos cinemas de todo o Brasil, com a promessa de mais um grande sucesso para a carreira do astro Sylvester Stallone e para a franquia Rocky. Iniciada lá atrás, em 1976 (quando muitos de vocês sequer sonhavam em nascer), Rocky – Um Lutador (uma história tanto de amor quanto de boxe) levou 3 Oscar (melhor filme, diretor para John G. Avildsen e edição) dos 10 aos quais estava indicado – incluindo ator para Stallone -, e gerou sete continuações, incluindo os dois derivados Creed. Inegavelmente, Rocky é a franquia de esporte mais adorada do cinema, funcionando como obra motivacional e de muita inspiração.

Pensando nisso, o CinePOP resolveu revisitar toda a franquia para ranqueá-la, como de costume, do pior ao melhor capítulo. Antes de começar, devemos deixar claro que adoramos todos os episódios desta saga, até mesmo o mais fraquinho (Rocky V) e que a franquia tem muito valor sentimental para nós, que crescemos com tais filmes. Por isso, decidir entre eles é mais do que uma tarefa árdua. E para tanto, resolvemos recorrer a vocês, o público. Fomos buscar na fonte, de nossos colegas do Imdb (a bíblia do cinema na rede) para garantir mais justiça na hora da votação. Afinal, a voz do povo é a voz de Deus (e vivemos numa democracia).

Assim, se não concordar com a maioria, sempre pode deixar abaixo nos comentários a sua ordem de preferência. Vamos conhecer.

Rocky V (1990)

Após a era de pura galhofa dos anos 1980 que a franquia havia se tornado, a ideia de Stallone para o roteiro deste quinto episódio era voltar às raízes, e levar Rocky à pobreza de novo e ao velho bairro. Assim, uma forte conexão é tentada com o primeiro Rocky, inclusive em questão de figurino para o protagonista. Para isso, entre outras coisas, foi trazido de volta para o comando o cineasta John G. Avildsen – que havia ganhado o Oscar em 1977 pelo primeiro. O problema aqui é realmente o roteiro de Stallone, que tira Rocky dos ringues para se tornar treinador de um jovem talento, Tommy Gunn (Tommy Morrison). Rocky vê muito dele mesmo no rapaz, porém, Gunn é ambicioso e começa a não aceitar bem os conselhos do veterano, seduzido por um inescrupuloso empresário. De certa forma, Rocky V é o Creed que deu errado, já que as tramas são parecidas. A “luta final” ocorre nas ruas, de onde o protagonista saiu, entre Rocky e Gunn.

Rocky V recebeu nota 5.2 de mais de 112 mil votantes.

Rocky III – O Desafio Supremo (1982)

E se com Rocky V, Stallone tentava sair de presepada, no início da década de 1980, ele entrava de cabeça com tudo. Apenas Rocky III e IV foram produzidos na década de 80, justamente por isso são os mais “podreiras” da franquia – porém, os mais divertidos. Todo o resumo desta época tão única está impresso nestes filmes. Iniciada no filme anterior, Stallone volta na direção do terceiro filme, novamente assinando também o roteiro. A ideia aqui tem muito de Creed II também em sua estrutura narrativa. No topo do mundo, campeão mundial e cheio de dinheiro, Rocky talvez tenha esquecido às origens para se tornar de vez uma celebridade. Mas as ruas cobram o seu preço e a cada instante chega alguém tentando tomar o que é seu. Acomodado, Rocky é atropelado pelo rolo compressor chamado Clubber Lang (Mr. T), seu novo e cruel oponente – e como queríamos vê-lo de volta à franquia. Assim, Rocky precisa se superar novamente e reconquistar o trono. O filme também marca a parceria da dinâmica mentor- pupilo entre Rocky e Apollo (Carl Weathers), seu adversário nos dois primeiros filmes, após a morte do velho treinador Mickey (Burgess Meredith).

Rocky III recebeu nota 6.8 de mais de 151 mil votantes.

Rocky IV (1985)

Mais embrenhado na cultura dos anos 1980, o mais galhofeiro de todos os episódios da franquia. Este é o apogeu dos filmes Rocky, o mais excessivamente dramático, o mais enérgico e o que mais se aproxima aos termos de um blockbuster atual – de fato, o longa é quase um filme de super-herói de quadrinhos. Novamente escrito e dirigido por Stallone, a ideia foi pensar em um desafio ainda maior do que Clubber Lang a ser superado. Rocky já havia ido do auge ao fundo do poço e voltado. Superado a morte de seu mentor Mickey. O que sobrava? Que tal mais mortes, mais drama e um conflito internacional entre o capitalismo e o comunismo nos resquícios da Guerra Fria? Nada de uma revanche pelo título entre esportistas locais ou dos EUA, desta vez o roteiro trazia um vilão saído do frio. O russo Ivan Drago (Dolph Lundgren) é o pior pesadelo da carreira de Rocky e a luta entre os dois é mais do que homem contra homem – como diz a canção Burning Heart, da banda Survivor, trilha sonora do filme: é “leste contra oeste”. Assim, Drago mata Apollo numa luta de exibição e Rocky topa sua maior provação, ir até a finada União Soviética, enfrentar a “máquina exterminadora”.

Rocky IV recebeu nota 6.8 de mais de 163 mil votantes.

Rocky II – A Revanche (1979)

Creed II pode ser considerado um amálgama de diversos episódios da franquia Rocky e seus elementos. E se de Rocky III vinha a queda e volta por cima, e de Rocky IV trouxe novamente o antagonista Ivan Drago, de Rocky II ele tira toda a parte do drama familiar. É neste filme de 1979 que Rocky se torna pai de família e tem o filho com Adrian (Talia Shire). O longa é “o dia seguinte”, o próximo capítulo do evento que foi o primeiro e, que me perdoem por favor os puristas, saudosistas e fãs inveterados, um filme que não precisava existir. Mostrando já desde esta época que Hollywood não deixa nada para a imaginação, os envolvidos resolvem nos mostrar tudo o que havia apenas em nossa mente. É claro que o sucesso de Rocky (1976) tem tudo a ver com isto, e a vontade de Stallone em dirigir um filme da franquia – esta é sua estreia em um Rocky atrás das câmeras, e seu segundo longa na direção (depois de Taberna do Inferno, 1978) falou mais alto. Depois da “derrota” do protagonista no filme original – o que para ele foi a maior das vitórias -, vemos as consequências do evento tanto para Rocky, quanto para Apollo Creed, o campeão humilhado. Assim, uma revanche é orquestrada.

Rocky II recebeu nota 7.2 de mais de 167 mil votantes.

Rocky Balboa (2006)

Este é especial. Depois do desfecho nada satisfatório (para o público, os críticos, os fãs e o próprio Stallone) de Rocky V, os envolvidos resolvem tirar o gosto amargo da boca, dezesseis anos depois. Na época, Hollywood abraçava uma nova tendência – que segue a todo vapor hoje – as continuações tardias de produções do passado. E aqui foi quando o astro resgatava Rocky para os novos tempos. O sexto capítulo marca tanto pelo que é visto nas telas, quanto fora delas. Nesta época, Stallone via sua carreira escoar para os lançamentos em vídeo e ao dar um “final” digno a seu querido personagem, recuperava o prestígio e colocava novamente sua vida profissional nos eixos. Rocky Balboa funciona muito na forma de homenagem para a franquia e para o ator também. Ao final, ao vermos a plateia gritando para Rocky, sabemos que estão gritando para Stallone também – então, aos 60 anos de idade. E se dezesseis anos mais novo, o protagonista não subiu aos ringues, ele o faz aqui e enfrenta um oponente muito mais jovem, o campeão Mason ‘The Line’ Dixon (Antonio Tarver) – tudo devido a um programa de computador que avaliou qual entre os dois oponentes de épocas distintas seria o vencedor numa luta. Fora isso, o herói enfrenta a morte da companheira Adrian e os problemas com o filho, agora adulto na pele de Milo Ventimiglia. É pura emoção.

Rocky Balboa recebeu nota 7.2 de mais de 186 mil votantes.

Creed – Nascido para Lutar (2015)

Quando todos achavam que Rocky Balboa (2006) havia sido a despedida perfeita para o icônico personagem, eis que surge a ideia de mais um capítulo nesta saga – e o mais importante, vinda não de Stallone, mas do menino prodígio Ryan Coogler (mais conhecido atualmente pelo fenômeno Pantera Negra). A proposta do cineasta, que dirigiu e escreveu o roteiro, é transferir o protagonismo da franquia para Adonis Creed (Michael B. Jordan), o filho de Apollo Creed. O conceito brilhante coloca desta vez Rocky como coadjuvante, apenas ajudando a impulsionar a carreira de seu pupilo – o filho de seu melhor amigo. Assim como Rocky – Um Lutador, Creed é um drama, focado nas vidas de seus personagens. Além de grande peso emocional, que fincou os dois pés no chão, Coogler mostrou porque é um dos grandes nomes em atividade, criando técnicas de filmagem para as cenas de luta dentro do ringue, verdadeiramente impressionantes e nunca antes apresentadas. Trechos em primeira pessoa e tomadas que nos colocam pela primeira vez dentro do quadrado junto com os lutadores, deixaram a plateia extasiada. Um novo romance, entre Adonis e Bianca (a talentosa e carismática Tessa Thompson) deu o tempero e serviu como “Rocky e Adrian” modernos e empoderados. Fora isso, carregava no lado sentimental ao apresentar um Rocky como nunca visto antes, fragilizado e idoso. Prepare os lenços. O filme foi indicado para o Oscar de coadjuvante (Stallone).

Creed recebeu nota 7.6 de mais de 213 mil votantes.

Creed II (2018)

É aqui que a polêmica pega fogo e a controvérsia promete dominar as opiniões. Como dito na introdução do texto, esta lista não reflete nossa opinião aqui no CinePOP ou a minha particular, mas sim a opinião do grande público mundial na internet. Assim, o recém-lançado Creed II (estreou no fim do ano passado nos EUA e no mundo), coloca seu original para o terceiro lugar neste pódio. Mesmo não concordando pessoalmente, não podemos tirar os méritos da continuação, desta vez sim trazendo Stallone de volta ao roteiro (o filme anterior foi o único da franquia sem o envolvimento do astro no texto). Aqui, no entanto, a ideia para o filme veio de Sascha Penn, que orquestrou o retorno de Ivan Drago, desta vez trazendo a tira colo seu filho, o monstruoso Viktor Drago (Florian Munteanu). O roteiro sabiamente humaniza o vilão desta vez e assim como Rocky nos filmes anteriores, agora é Ivan quem precisa dar a volta por cima, após a derrota em 1985 e a humilhação que sentiu de ver seu país lhe virar as costas. Drago perdeu tudo, e deposita no filho a chance de redenção. Por outro lado, Adonis precisa manter o título e tem seus relacionamentos evoluídos.

Creed II recebeu nota 7.7 de mais de 30 mil votantes (ou seja, sua posição ainda pode cair).

Rocky – Um Lutador (1976)

Não tem jeito. Não é surpresa que a primeira posição no pódio ficaria para este clássico imortal. Rocky é a história popular máxima sobre superação no cinema. É a mais icônica história do perdedor que recebe a chance única na vida de mostrar seu valor e corresponde. Vivido por Stallone, o protagonista é um sujeito que nunca teve nada e não tem crédito algum na cidade. Um lutador de segunda linha, para quem a sorte resolve um dia sorrir, na terra das oportunidades. Após perder o oponente, o egocêntrico campeão do mundo Apollo Creed resolve dar a oportunidade de ouro a um ilustre desconhecido. E este desconhecido é o “garanhão italiano” em pessoa, Rocky Balboa. O filme traz um paralelo muito pessoal com a carreira do ator, que na época era um ilustre desconhecido tentando se firmar. Rocky ganha a chance no filme, e Stallone na vida real – se tornando um dos astros mais bem pagos de Hollywood nas décadas de 1980 e 1990. A trama do homem comum e sua jornada até o topo, está entranhada na essência do ser humano, é o que nos motiva e o que nos faz seguir. O tempo passa, mas Rocky permanece intocado. Uma das grandes obras-primas da sétima arte.

Rocky recebeu nota 8.1 de mais de 461 mil votantes.

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