Com os rumores em ascensão sobre a possível fusão entre Warner Bros. Discovery e a Paramount, analistas conduziram uma avaliação minuciosa da situação, concluindo que seria um “erro” para ambas as empresas.

De acordo com um recente relatório do The Hollywood Reporter, diversos analistas financeiros se dedicaram a examinar a possível fusão. Enquanto alguns focavam em como as finanças e a estrutura poderiam funcionar, o analista da TD Cowen, Doug Creutz, destacou vários obstáculos que impossibilitariam o acordo em seu relatório intitulado “Vislumbrar uma Fusão com a Paramount Seria Difícil”.

“É extremamente difícil acreditar que o atual FTC/DOJ, que tem sido muito rigoroso na oposição à consolidação da indústria, aprovaria esse acordo”, afirmou Creutz. “Envolveria a fusão de dois dos cinco principais estúdios de cinema restantes, dois grandes estúdios de televisão, e resultaria em uma concentração significativa de propriedades de redes lineares (que, até onde sabemos, ainda constituem um negócio considerável e lucrativo, mesmo com o declínio da TV a cabo), incluindo uma consolidação substancial de direitos esportivos cruciais.”

O relatório de Creutz concluiu que essa fusão seria “um erro”, argumentando que o aumento de escala não traria benefícios à Warner Bros. Discovery com seu público-alvo, e que a escassez de conteúdo premium da Paramount não atrairia muitos novos usuários.

“Escalar não é a solução para as dificuldades enfrentadas por eles, que estão intimamente ligadas à estrutura da indústria (se a escala fosse a solução mágica, as ações da Disney não estariam mais de 50% abaixo do seu valor máximo histórico)”, destacou Creutz. “A Paramount contribuiria com muito conteúdo, porém com menos franquias premium de longa duração, enquanto a Warner Bros. Discovery já dispõe de uma ampla variedade de conteúdo.”

Por fim, Creutz recomendou que ambas as empresas unissem suas plataformas de streaming como um único produto, mantendo-se, no entanto, como entidades separadas.