Em 2020, pouco depois do início da trágica pandemia de COVID-19, Lady Gaga resolveu nos agraciar e nos trazer um pouco de alegria com o lançamento de seu sexto álbum de estúdio, ‘Chromatica’ – um retorno às raízes que a colocou no centro dos holofotes no final dos anos 2000 e que antecipou o ressurgimento do disco e do house no cenário mainstream (ao lado de nomes como Dua Lipa e Kylie Minogue, por exemplo).
Dois anos mais tarde, Gaga embarcou em uma ovacionada turnê para promover o compilado de originais, recebendo inúmeros elogios por parte da crítica e dos fãs – e, em 2024, trouxe um “mimo” para os little monsters e para todos que acompanham seu meticuloso trabalho com o impecável ‘Gaga Chromatica Ball’, que chegou ao catálogo da Max no último dia 25 de maio.
Crítica | ‘Gaga Chromatica Ball’ é tão deliciosamente CAÓTICO quanto a própria Lady Gaga
Para celebrar o recente lançamento do longa-metragem, preparamos uma breve lista elencando os cinco melhores momentos do especial.
Confira abaixo as nossa escolhas:
5. “ANGEL DOWN”
‘Joanne’ continua subestimado mesmo quase uma década depois de seu lançamento – mas, pouco a pouco, vem se mostrando como um dos álbuns mais intimistas e profundos de Gaga. Não é surpresa que, durante o segmento acústico, ela tenha destinado uma parte para cantar “Angel Down” em uma tocante performance que deu destaque à política armamentista dos Estados Unidos e às inúmeras vidas que foram perdidas em virtude disso (não é à toa que a track sirva como arauto de protesto aos homicídios em massa envolvendo contra afro-americanos nos Estados Unidos).
4. “STUPID LOVE”
O lead single de ‘Chromatica’, “Stupid Love”, havia vazado um mês antes de ser lançado oficialmente e, apesar das críticas positivas e de uma quantidade considerável de indicações e prêmios, não causou um impacto tão grande assim no público. Todavia, é notável como a canção recebeu uma roupagem bastante diferenciada nos shows de Gaga, sendo introduzida com um prelúdio disco-funk no melhor estilo Michael Jackson antes de explodir em um demarcado electro-pop e um controle vocal invejável.
3. “REPLAY”
Depois de uma ousada introdução em que nos dá o tom do espetáculo com “Bad Romance”, “Just Dance” e “Poker Face”, Gaga começa a explorar o álbum ‘Chromatica’ com alguns non-singles que caíram no gosto do público – e, após performar “Alice” sob uma cama de pedra, ela vai aos palcos com um comprometido corpo de baile para se entregar de corpo e alma a uma deliciosa e diabólica rendição de “Replay”, levando o público à loucura e convidando-o a acompanhá-la em um delírio escapista e vibrante.
2. “HOLD MY HAND”
Gaga foi aplaudida após encabeçar a música-tema de ‘Top Gun: Maverick’, “Hold My Hand”, conquistando sua quarta indicação ao Oscar pelo trabalho realizado. Dessa forma, é claro que ela não deixaria de incluir a faixa no setlist do show – subindo aos palcos em uma espetacular performance solo incrementada com um espetáculo pirotécnico e um dramático encore que finalizaria a apresentação da melhor maneira possível. E, de quebra, ela aproveitou o encerramento para anunciar seu próximo álbum de estúdio.
1. “THE EDGE OF GLORY”
Gaga e piano sempre foram uma combinação mágica, como se artista e instrumento se fundissem em apenas uma catártica força capaz de emocionar até mesmo os mais céticos. E, após cantar “Free Woman”, ela se dirige para o centro do estádio para dar início à porção acústica – e, no momento em que ela profere as primeiras palavras de “The Edge of Glory”, single do lendário ‘Born This Way’, é notável sua emoção para com o público e para com as mensagens de empoderamento e libertação corporal que menciona em um momento de extrema importância política (algo a que ela não é nenhuma estranha).