ORGANIZANDO A CASA
Bom. Bom. Esse primeiro episódio de Game Of Thrones – GoT foi bom. Explicou como ficaram os principais personagens da série e, em graus diversos, apontou alguns rumos possíveis. Enfim, organizou a casa depois daquele final cheio de perguntas.
Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) ganhou um big fone de última hora e vai para o quarto branco dos Dothraki. Devem reciclar o que aconteceu com ela no começo da série, buscando conquistar essa nova tribo. Fiquei sentido com a reação de Cersei Lannister (Lena Headey) ao ver a filha morta. Esta temporada promete ser dedicada a sua busca por vingança. Brienne de Tarth (Gwendoline Christie), depois da figuração de luxo em Star Wars – O Despertar da Força, finalmente foi aceita por Sansa Stark (Sophie Turner); agora ela terá alguém para servir. Ao menos neste começo, o foco delas será na fuga. Ficou no ar se elas irão seguir para a Muralha ou procurar a Arya.
Tyrion Lannister (Peter Dinklage) andou por Meeren com Lord Varys (Conleth Hill); eles queriam sentir o espírito da cidade. Tudo indica que Tyrion voltará a assumir seu papel natural de político, porque o de andarilho não lhe caiu bem na temporada passada.
No geral, foi um episódio superior ao primeiro da temporada passada, apontando caminhos que parecem mais interessantes do que o da morna quinta temporada. Contudo, que fique claro, costumo achar os três primeiros episódios GoT mais lentos, menos emocionantes, como se fosse um esquentar de turbinas. Espero que, a partir do quarto episódio, esta temporada apague as más lembranças da quinta – que, para muitos, foi uma temporada que pouco levou a narrativa para frente.
Queria destacar dois momentos deste primeiro episódio. Comecemos por Dorne…
Ah, Dorne! Não li o livro. Dizem que é muito bom por lá. Na série, tem decepcionado. Neste primeiro episódio, o núcleo de Dorne foi incoerente. Se era tão simples tomar o poder, por que as mulheres não se empoderaram (a sonoridade dessa palavra é tão cafona!) antes?! Como conseguiram matar Areo Hotah (Deobia Oparei), maior guerreiro de Dorne, de forma tão simples? Como elas conseguiram fazer os demais soldados não reagirem? E nem vou continuar a me perguntar sobre a morte de Trystane Martell (Toby Sebastian). Parece que os roteiristas tem profunda preguiça com Dorne.
Vamos falar sobre o que interessa. Tudo tem apontando para que Melisandre (Carice van Houten) seja peça chave para ressuscitar Jon Snow (Kit Harington). Pergunto-me até que ponto esse caminho será bom para a série. Seria o primeiro grande caso em GoT de um personagem que volta a vida. Ao contrário dos livros, só em um caso tivemos ressurreição, e mesmo assim de personagem secundário. Assim, sempre que estamos falando de mudar o padrão de uma narrativa, esta mudança deve ser feita de forma sólida. Por seus elementos de magia, que crescem a cada temporada, GoT tem condições de fazer da volta de Jon Snow algo memorável, basta os roteiristas não se fiarem apenas no desejo do público de rever seu personagem favorito – por favor, isto é uma série, não uma novela!
O momento que provocou maior falatório foi a outra face de Melisandre. Isto lhe conferiu um grau de humanidade omitido ao longo da série. Ela sempre foi uma personagem gélida, obcecada por suas profecias. Desde o final da quinta temporada, ela percebeu seus enganos. Muitos especulam – e eu concordo – que os deuses de Melisandre estavam falando sobre Jon Snow, e não sobre Stannis. Enfim, esse exame de consciência por qual passará a Mulher de Vermelho deve marcar esses primeiros episódios.
E, ai, o que achou do episódio? Também torce pela volta de Jon Snow? Você também quer um colar como o da Melisandre para vocês? Comente, compartilhe e curta nossas redes sociais: