O PIOR
O pior. De longe, o pior episódio de Game Of Thrones – GoT. Costumo ser generoso com séries que têm um histórico bacana. Mas, não dá! Foi um ep. arrastado. Pela primeira vez senti sono vendo GoT, algo sintomático numa série como esta.
É natural que em séries haja alternância entre eps. mais movimentados, privilegiando a ação, com outros dedicados ao desenvolvimento de personagens ou arrumando o campo para eventos maiores. Muitas vezes, os roteiristas de GoT conseguiam um equilíbrio perfeito entre ação e reflexão, como no 9º ep. da segunda temporada. Tivemos a adrenalina da batalha de Blackwater e diálogos incríveis como aquele entre Tyrion (Peter Dinklage) e Varys (Conleth Hill), no qual, além de reflexões políticas, tivemos um aprofundamento da personalidade dos dois. Enfim, os roteiristas já provaram a sua capacidade.
Mas… este 5º ep. mandou o equilíbrio para lá da Muralha. As cenas de ação poucas e de dar sono. Nenhum diálogo marcante. E o mais curioso: fatos importantes não vimos, só ouvimos falar. A saída de Stannis (Stephen Dillane) da Muralha, as decisões de Daenerys (Emilia Clarke), as decisões de Jon Snow (Kit Harington), a mensagem de Brienne (Gwendoline Christie) para Sansa (Sophie Tuerner). É como se todos os eventos que assistimos neste ep. tivessem apenas a função de arrumar o tabuleiro para o que virá depois. Se fosse só isso, tudo bem. O que enterra o ep. de vez é a preguiça com que essas peças são arrumadas. A sensação é de os roteiristas tiraram o carro da garagem e desligaram o motor na frente da saída. O único entrecho mais interessante foi o de Sansa reencontrando-se com Greyjoy (Alfie Allen).
Torço para que este 5º ep. não seja o sinal de que os roteiristas estão perdidos, sem saber o que fazer com os atrasos de George R. R. Martin, mas que realmente se prove um ep. seminal para o restante da série. E torço que a segunda metade da temporada decole, caso contrário, o ep. 04, o melhor até aqui, terá sido mesmo um voo de galinha.