SERÁ QUE AGORA VAI?
Depois do concentra mais não sai dos primeiros episódios, este 6º ep. parece indicar que agora a temperatura desta 5º temporada de Game Of Thrones – GoT vai subir. Adrenalina, diálogos emocionantes, intrigas palacianas, tragédias, reviravoltas, momentos sensíveis, tensão, dor, enfim, tudo que um ep. padrão de GoT tem. Estruturalmente, o 6º ep. foi montado de maneira bem harmônica, num crescente dramático como ainda não se tinha visto neste ano – o sétimo ep. conseguiu ser ainda melhor.
A primeira parte teve um ritmo mais lento, acompanhando os núcleos de Arya (Maisie Williams) e da dupla Tyrion (Peter Dinklage) e Jorah (Iain Glen). Arya parece estar aprendendo a dança no Templo do Deus de Muitas Faces. O jogo para entrar na irmandade dos Homens Sem Rosto parece envolver uma noção bem particular de mentira. Não basta ser mentira, ela precisa ter algum propósito (nobre?…). Jaqen H’ghar (Tom Wlaschiha) só deu um upgrade para Arya quando ela mentiu para ajudar uma garota.
Jorah descobriu por Tyrion o falecimento de seu pai. Foi um instante sensível de ambos os lados. A dor de Jorah – Iain Glen soube dosar a interpretação – era aquela de quando percebemos que acabaram as chances de reencontrar o que já estava perdido. A reação de Tyrion ao perceber a gafe confirma o quanto ele é o mais digno dos Lannister. Em seguida, eles foram presos por um grupo de traficantes de escravos. O nosso querido anão já ia para a faca, mas sua lábia o salvou! Estes últimos eps. têm algumas das falas mais saborosa de Tyrion.
O ep. prosseguiu para Westeros. Baelish (Aidan Gillen) retornou para Porto Real. A sua conversa com Cersei (Lena Headey) deixou claro que ele só é fiel a si mesmo! Sua estratégia e tornar-se senhor protetor do Vale, após ter matado Lysa. E o lance mais espetacular, tornar-se protetor do Norte. Sua ideia é deixar os Boltons e os Baratheons se matarem, usar o exército do Ninho da Águia e tomar Winterfell. Cersei exigiu a cabeça de Sansa (Sophie Turner) na ponta de uma lança. Aí sim, saberemos até aonde Baelish é capaz de ir por seus interesses.
Corta pra Dorne. Jaime (Nikolaj Coster-Waldau) e Bronn (Jerome Flynn) bem que tentaram, mas Myrcella (Nell Tiger Free) deu uma de princesa da Disney e quis seu príncipe. Bom mesmo foi o confronto de Bronn e Jaime com as Serpentes de Areia (Sand Snakes). Quem ganhou a briga foi o BOPE de Dorne. Acabou todo mundo preso!
Volta pra Porto Real. Olenna Tyrell (Diana Rigg) chegou na capital para tentar salvar Loras (Finn Jones). Da conversa entre Olenna e Cersei pipocaram insinuações, vale acompanhar o diálogo com atenção. Depois, assistimos ao tenso julgamento de Loras, que terminou com a prisão dele e de Margaery (Natalie Dormer). A sequência do julgamento foi tensa, com uma montagem que deu grande agilidade para cena.
O encerramento do ep. foi trágico com o casamento de Sansa com Ramsay (Iwan Rheon). Tudo foi triste. Mas, a sequência final foi indigesta. Digo só isso: mais uma vez, os roteiristas mexem com os sentimentos do público e fazem a gente sentir pena daqueles já odiava. Já tem até gente nas redes sociais sentindo saudades de Joffrey (Jack Gleeson), páginas de volta Joffrey foram criadas e já foram curtidas por Sansa e Margaery.